Capítulo 13.

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Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.

Pablo Nerudo.

Olho para Tom, com os olhos arregalados e sentido-me confusa por suas palavras

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Olho para Tom, com os olhos arregalados e sentido-me confusa por suas palavras. Meu coração disparou no peito, quase podia jurar que a qualquer momento ele sairia pela boca e correria pelo chão.

Não conseguia absorver totalmente sua fala, estava sem acreditar naquilo. Esse tempo todo era ele, por todos esses meses.

— O quê? Por que?— balbucio.— Por que fez isso?

Alguns segundos de silêncio se fez presente entre nós. Era angustiante, queria saber logo sua resposta.

Minha cabeça girava e vários pensamentos me perturbavam. Será que Tom é alguém enviado por Colin? Não, não pode ser... por outro lado, se fosse, o pastor saberia da minha ida á festa na sexta.

— Nem mesmo eu sei, Angel.— declarou, me tirando de pensamentos.— Eu... não sei.

— Como não sabe? Me seguia e ficava me observando! Como não sabe? Por que se aproximou? Quem é você? O que quer comigo?

— Angel! Se acalma, porra!— pediu, parecendo desesperado ao ver minha confusão.— Eu não sei, eu só... argh!— Passou a mão por seus cabelos, bagunçando os fios.— Me desculpa, Angel.— Suspirou, derrotado.— É que não sei como explicar tudo isso.

— Pois dê um jeito de começar, Tom.

Novamente o silêncio se fez presente. Carson parecia angustiado, sem saber como ou o que falar. Balançando a cabeça, ele solta um suspiro longo.

— Me desculpa, Angel.— iniciou.— Desde a primeira vez que te vi pelo campus, senti algo diferente, um interesse forte, mas algo me dizia que você não era garota para mim. E estava certo. Te observei de longe por vários dias, Angel — deu uma pausa —, eu percebi o quanto você era quietinha, que só ia para as aulas e depois entrava na República, nunca estava em nenhuma festa ou tinha  interesse por mim. Só esse fato já me deixou intrigado, você era literalmente uma santa para mim.

Tom para de falar por alguns segundos, esperando por uma resposta, porém, eu não sabia o que dizer, estava praticamente sem voz. O que mais me surpreende, é de saber que deveria sentir raiva e medo dele, mas tudo o que consigo sentir é... proteção. A sensação de estar protegida ao seu lado, isso é tão bom que quando experimentei, não quero mais soltar.

— Foi então, que — continuou — a cada dia que se passava, eu ficava mais interessado por você, uma vontade louca de te proteger dos perigos do mundo me veio a tona, então, comecei a te seguir de longe, observava você, sem entender o porquê de eu estar fazendo isso. Nem mesmo frequentava aquela cafeteria até você começar a trabalhar lá.

Fallen Angel.Where stories live. Discover now