Angel sempre foi a garota exemplar, vem de uma família considerada perfeita, mas a verdade é que ninguém sabe como sua vida é um inferno dentro de casa.
Sendo filha do único pastor da pequena cidade de Lancaster, ela tinha que se mostrar ser a garo...
Por favor, fique Eu te quero, preciso de você, oh, Deus Não tire Essas coisa linda que tenho.
Beautiful Things-Benson Boone.
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Os olhos de Kayla se voltam para mim, um tanto amedrontado, porém, ela ainda mantinha sua postura.
— Solta ela agora, não estou brincando, Kayla.— digo devagar, tentando manter a calma.
Posso não ser uma boa pessoa, mas nunca toquei um dedo sequer em uma mulher, apesar de destruir seus frágeis corações. Tocar em uma moça sem consentimento ou para machucar não faz o meu tipo.
O medo se transforma em raiva mais rápidos que o flash, suas iris castanhas me encaravam e, lentamente, ela soltou o braço de Angel, que veio para o meu lado.
— O que está acontecendo aqui?— Anika se aproximou, segurando um livro nas mãos. Ela olha preocupada para amiga, que agora, segurava o punho.— Angel, o que aconteceu?
Olho para o punho de Angel, vendo estar ainda mais vermelho. Era o mesmo local em que Lucca apertou.
Cerro o punho com força, ainda tentando me manter calmo.
— Por que fez isso?— me volto para a loira a minha frente.
Kayla cruza os braços abaixo do peito.
— Soube que saiu com ela.— contou, sem hesitação.— Por que?
— Não te interessa se eu saio com ela ou qualquer outra pessoa, Kayla!
— Não me interessa? Que tipo de brincadeira é essa, Tom?— sua voz se altera.— Está brincando com a minha cara? Pensa que sou palhaça?
— Kayla, por favor — deixo um riso irônico escapar.—, você sabe que o que rolou entre nós era diversão!
— Diversão?— vejo seus olhos marejados.— É isso que pensa de mim?
— Eu sempre deixei isso claro, te dei vários foras, mas você sempre vinha atrás e eu dava o que você queria.
— Então, tudo o que nós vivemos...
— Não existe nós, Kayla. Nunca existiu.
Um silêncio reina entre nós, ficando apenas seu olhar raivoso sobre mim. Kayla passa a mão por seus olhos, limpando as lágrimas que insistiam em cair.
— Engraçado, que quando você estava lá me comendo de quatro, não parecia pensar nisso.
— Cala a merda da boca, Kayla!— exclamo, já sentindo raiva de si.
