Fallen Angel.

Capítulo 18.

Você é tão hipnotizante.

E.T- Katy Perry.

Olho para Tom, me sentindo um pouco ansiosa pelas próximas palavras.

Depois de ele dizer que precisava me ver, ofereceu que fossemos até o café onde trabalho para conversarmos sobre o ocorrido da noite passada. Concordei e avisei a Anika, que me desejou boa sorte.

Ambos pedimos um café simples gelado, o dia estava bastante ensolarado, o que acabava causando a pouca clientela pelo café, já que a maioria das pessoas devem estar na praia neste momento.

— Hoje é seu dia de folga?— Tom perguntou, quebrando o silêncio.

Aceno em concordância, tomando um gole de minha bebida.

— Sim. Eu pedi, precisava espairecer um pouco.— confesso em meio a um sorriso tímido.

Tom desvia seus olhos de mim por alguns segundos, mas logo voltam.

— Precisava espairecer.— repetiu, seguido de um riso frouxo.— Por minha causa, não é?

— Por causa do beijo.— afirmo.— A forma como você reagiu foi...

— Idiota.— me interrompeu, seus olhos pareciam agoniados.— Eu fui um verdadeiro idiota.— Balança a cabeça.— Mas te vejo como uma pessoa tão frágil, pura, como um verdadeiro anjinho, enquanto eu sou impuro, um monstro que não tinha o direito de lhe dar o seu primeiro beijo.

— Você não é um monstro!— exclamo, desesperada. Será que ele nunca entenderá isso?— Tom, a partir do momento em que eu retribuí o beijo, você deveria ter entendido que eu, eu — dou ênfase — também queria. E gostei, gostei muito do meu primeiro, principalmente por ser com você.

— Angel, não diz isso...

— Se você fosse um monstro — sou rápida em dizer.—, teria deixado aquele homem me estuprar naquela noite. Se fosse mesmo um monstro, teria assistido aquela cena e gostado, mas você me defendeu.

— Porque sou obcecado por você, anjinho.— resmungou, não me olhando.

— Não me importo.— minhas palavras o surpreende, fazendo com que seus olhos escuros voltem para meu rosto.— Você me salvou do mesmo jeito e sempre serei grata. Entenda que, depois que me fez o conhecer, que fez com que eu gostasse da sua companhia, não tem mais como me afastar.

Carson fica em silêncio, me encarando com um pequeno brilho no fundo de seus olhos. Sua expressão era séria, eu não sabia no que ele poderia estar pensando.

— Você é maluca, Angel.

— Só agora percebeu?— Solto um riso divertido.— Desde o dia em que me salvou naquela festa, eu lhe disse que queria ser uma diabinha. Pensei que já me achasse maluca desde já.

— Na verdade, pensei que estava bêbada. Mas depois percebi que estava falando sério. Porém, você sempre será um anjinho para mim.— e, finalmente, abriu um sorriso de lado, que o deixa tão bonito e sexy.— Me desculpe por não ter lhe dado ouvidos. Acho que fiquei em choque com minha própria ação.

— Está tudo bem, Tom. É compreensível essa reação, já que você realmente tem a ideia de que sou um anjo. Porém, eu só o desculpo com duas condições.

— Duas condições? E quais seriam?

Abro um pequeno sorriso divertido. Tomo um gole de meu café enquanto vejo a curiosidade estampada em seu rosto.

— A primeira, é que você aceite um convite meu.

— E sobre o que seria esse convite?

— Viajar comigo e Anika até a minha cidade natal.

A surpresa brilhou em suas íris escuras.

— Ir para sua casa? Onde seu pai é pastor?

— Sim.

— Está falando sério?— Ri.

— Estou.

— Caralho anjinho, você deve estar querendo mesmo irritar seu pai.— Ri novamente.— Por que quer minha companhia?

— Como você mesmo disse, quero irritar meu pai, confrontar o pastor Colin. Ele me fez muito mal, Tom. Não quero ir sozinha.

Tom passa a mão por seu queixo, parecendo pensativo. Mas logo responde, me fazendo sorrir como uma boba:

— Tudo bem! Eu aceito! Falei que ia te proteger, então, tenho que estar em todos os lugares.

— Obrigada, Tom! Você é incrível!

— Não precisa exagerar, anjo.— Sorri torto, mas vejo suas bochechas corar de leve.— E qual a outra condição?

— Bem, essa talvez você não aceite...

Desde o beijo, fiquei bastante pensativa e decidi que estava na hora de conhecer um pouco mais sobre o mundo, sobre os desejos e as vontades que tenho. Por isso, tomei uma decisão um tanto inusitada.

— Está me deixando curioso.

— Olha, antes que pense que isso é precipitado, quero dizer que pensei muito até chegar nessa decisão.— me apressei em explicar.— Desde o beijo, eu fiquei bem pensativa. Realmente gostei daquela sensação, era como se tivesse artifícios explodindo dentro de mim, foi uma sensação maravilhosa e quero conhecer mais. Então, eu queria pedir para que você me ensine, Tom, que seja o meu professor.

— Angel, o que você tá falando?

— Estou dizendo que quero mais, Tom. Que além do beijo, você me ensine a...Sentir prazer. Que assim como o meu primeiro beijo, seja o primeiro a me tocar.

Os olhos de Carson estavam arregalados, porém, havia um brilho selvagem neles. Ele se remexeu na cadeira, parecendo estar raciocinando minhas palavras.

— Porra! Quer que eu tire sua virgindade?— falou baixo, se inclinando na mesa.

Me inclino na mesa, ficando perto de seu rosto. Posso sentir sua respiração desregulada se misturar com a minha.

— Isso mesmo. Quero que seja o primeiro a transar comigo.

— Angel... Caralho, isso é demais.

— É a minha condição, Tom.— Sorrio de lado.— Você não quer me tocar?

— Não é isso...

— Vai me rejeitar mais uma vez, Carson?— minha voz sai baixa e falha.

A grande mão de Tom toca meu rosto, agora ele me olhava com ternura.

— Anjinho, eu nunca te rejeitei.

— Foi o que pareceu ontem.

— Mas eu nunca faria essa atrocidade. A verdade é que eu sou louco para te tocar desde a primeira vez que te vi.— confessa, fazendo meu coração acelerar no peito.— Foi como eu disse, a maneira que penso...— parou de falar, olhando fixamente para meus olhos. Um pequeno sorriso se abriu no canto de sua boca.— Mas foda-se a forma como eu penso. Desde o início você está dizendo que quer e eu apenas criando problemas.

— Então, vai aceitar?

— Vou te ensinar tudo, Angel. Inclusive — se inclina mais, deixando sua boca perto de meu ouvido.— a como se dar prazer. Vou torná-la a diabinha que tanto quer.

E sem dizer mais, Tom cola seus lábios aos meus, puxando o inferior levemente com seus dentes. Ele volta a se ajeitar na cadeira, me deixando com um gostinho de quero mais.

Nesse momento, sei que tudo entre nós mudará. E tenho certeza que para melhor e...intenso.