Angel sempre foi a garota exemplar, vem de uma família considerada perfeita, mas a verdade é que ninguém sabe como sua vida é um inferno dentro de casa.
Sendo filha do único pastor da pequena cidade de Lancaster, ela tinha que se mostrar ser a garo...
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Quando estou com Angel, sinto algo diferente dentro de mim. Essa tarde apenas serviu para eu perceber o quanto a quero por perto.
Agora, já é tarde, não tem como ela se livrar de mim.
Por mais que meus pensamentos gritem para beijar seus lábios rosados, para tomá-la em meus braços e que desejo intensamente fodê-la até ela gritar meu nome, tenho que me manter firme e cumprir com a minha palavra. Disse a ela que seria apenas seu amigo, e é isso que preciso ser. A merda de um amigo.
Depois de nosso momento na praia, chamei a Angel para irmos até o próximo local.
Dessa vez, ela aproveitou a boa sensação que andar de moto traz, abriu os braços sentindo a brisa fresca bater em seu rosto e riu de maneira alta e divertida, como se fosse uma criança. E isso, me deixou profundamente confortável e feliz.
Mesmo que eu não seja uma boa pessoa, o sentimento de alegria dominou meu corpo nesse domingo, por um momento, acreditei que eu poderia ser outra pessoa, sorrir livremente e apenas curtir o momento em vez de sempre ficar relembrando do meu tenebroso passado com a mulher que se dizia minha mãe.
A subida até a placa de Hollywood não estava muito boa, porém, consegui chegar lá antes que o sol fosse embora, pois é um dos meus momentos favoritos, ver as estrelas a forrar o imenso céu dessa cidade, o quão são bonitas é espetacular.
Quando descemos da moto, Angel sorriu boba, admirando a paisagem. Me aproximei dela, também olhando o imenso céu azul, a bela cidade a nossa frente que logo estaria completamente ilminada.
- O que achou?
- Completamente lindo.- Me olhou.- Eu queria muito vir até aqui, imaginava que a vista era linda, mas agora que posso ver, é muito melhor.
- Vai gostar ainda mais quando o sol se pôr.- comentei.- Aqui é meu segundo lugar favorito, sempre quando quero pensar e preciso de um lugar silencioso, venho para cá.
- Me sinto lisonjeada por ser apresentada aos seus lugares especiais da idade.
- É a primeira que trago aqui.- confesso, sentindo meu coração bater pouco mais forte no peito.
Um riso contido escapa dos lábios de Angel. Olho para a ruiva, querendo rir por sua reação. Sei muito bem o que ela pensa sobre minha fala.
Que estou mentindo.
- Tom, está mentindo.- Balança a cabeça.- Não devo ser a primeira que você trás aqui.
- Por que pensa isso?
- Qual é, você é o cara mais popular da UCLA, todas as garotas morrem de amores por você, já deve ter saído com várias delas.
- Nem todas as garotas morrem de amores por mim.- meu tom é baixo. Nossos olhos se encontram.- A que eu quero não faz isso.
