Capítulo 2

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S/n narrando 

Recebi uma mensagem mais cedo do secretário do Jeon com um convite para jantarmos, tive que aceitar pois não tive escolhas.

— Pelo menos ele tem bom gosto. — Falo observando a fachada do restaurante, era um dos mais lindos e famosos da cidade.

Caminhei até a entrada sem vontade nenhuma, se não fosse os seguranças do meu pai, eu iria fugir daqui. Adentro no ambiente que não tinha movimentação nenhuma, um garçom me levou até o segundo andar, ao chegar vi meu “noivo” sentado em uma mesa que dava a vista inteira da cidade, o observei por alguns segundos, e vi o quanto ele era ainda mais bonito pessoalmente. Jeon usava um terno preto e elegante, ainda dava pra ver suas tatuagens cobertas pelo tecido, sem contar os pirciengs em sua boca e sobrancelha, não faz muito o meu estilo, mas acho que combina com ele, o deixa mais atraente.

Bom, não estou aqui pra admirar aquele cara, e muito menos me apaixonar por ele.

Isso nunca vai acontecer, por mais que eu case com ele, jamais irei me apaixonar.

Seus olhos negros e brilhantes olham em minha direção, senti um frio na barriga, não irei negar. Seu olhar é tão penetrante e intimidador, que fiquei constrangida.

Me aproximei um pouco mais, Jeon levantou de seu assento e esticou sua mão para mim.

— Senhorita Kang? — Perguntou pegando a minha mão.

— Sim. — Respondo tentando ignorar o seu olhar penetrante sobre mim.

Apertei sua mão e logo soltei, Jeon caminhou até o meu lado e puxou a cadeira para que eu sentasse, e assim fiz. Ele voltou para o seu lugar e ficou me olhando.

— Eu marquei esse jantar pra gente conversar um pouco e se conhecer. — Sua voz rouca me fez arrepiar.

Parece que ele nem se importar de está sendo obrigado a se casar contra a sua vontade, a não ser que ele queira isso.

— Ah, entendo. — Sorrio forçado, abaixo o olhar encarando a taça vazia em minha frente.

— Quer tomar algo? — Perguntou analisando o cardápio.

— Pode ser um vinho de sua preferência, eu não entendo muito. — Respondi sem olhar pra ele.

Eu não conseguia encara-lo, seu olhar me deixava tensa.

Jeon pediu o melhor vinho, ele realmente tem bom gosto.

— Você faz faculdade? — Ele perguntou bebericando o vinho.

— Não, eu iria entrar esse ano, porém o meu casamento não me permite. — Falo com desdém.

— Por que não? — Ele arqueia a sobrancelha. — Não acho que isso vai atrapalhar você, se quiser pode fazer faculdade, não irei te prender.

Fiquei surpresa, achei que me casando com um mafioso, eu não poderia fazer nada pois estaria me expondo muito.

— Porém, quando casados, você precisa assinar um termo. — Ele dá um gole em seu vinho e continua. — Um termo de confidencialidade, você não pode falar pra ninguém que o seu marido é um mafioso, e muito menos pode se envolver com alguém que não seja eu, pois você será minha. — Diz olhando nos meus olhos.

Engulo seco ao ouvir suas últimas palavras, ele falou de uma maneira tão sexy. Tomei todo o meu vinho de uma vez, aquilo abalou minhas estruturas.

— Entendeu? — Sorri de ladino.

— S - sim. — Gaguejo.

Ficamos em silêncio por um bom tempo, vez ou outra ele olhava o relógio em seu pulso e digitava em seu celular.

— Você tem outro compromisso? — Perguntei.

— Sim, mas ainda tenho tempo com você. — Diz sério.

Que pena.

Quero sair logo daqui, essa situação está tão desconfortável.

— Eu sempre me encontro com o seu pai pra conversar sobre negócios, nunca vi e nem ouvi falar da sua mãe. — Diz curioso.

Esse assunto é tão difícil pra mim.

— Minha mãe faleceu a um tempo devido a um problema de saúde. — Digo segurando o choro.

— Ah, sinto muito.

— Obrigada.

A tensão entre nós era visível, Jeon parecia me comer com os olhos, eu nem conseguia manter a minha postura de durona, eu tenho que fazer ele desistir de mim, preciso dar um jeito, tem que ter uma saída.

— Esse papo de que só serei sua é uma piada pra mim. — Digo firme e finalmente consigo encara-lo.

— Como? — Vejo um sorriso fraco brotar em seus lábios. — Não seja patética, se quebrar o termo vai se arrepender, não sabe com quem está lidando.

— Você vai ser só mais um cara com quem irei dormir, não ache que vou fazer papel de esposa exemplar.

Jeon continua rindo da situação, ele não tá nem aí pra mim.

— Vamos, eu te levo em casa. — Ele levanta, eu o ignoro.

— Não precisa, o motorista do meu pai pode me levar. — Cruzo os braços.

— Vem logo. — Ele se aproxima e segura o meu braço me puxando.

— Ei! — Me livro de seu toque. — Eu posso ir sozinha.

— Então venha. — Vai na frente me deixando sozinha.

O acompanhei ainda relutante, esse homem está me dando nos nervos, parece ser autoritário e repulsivo.

[...]

— Quando nos casarmos, você vai morar comigo na mansão. — Diz parando o carro em frente a minha casa.

— Tenho outra escolha? — Falo irônica e reviro os olhos. — Obrigada pela carona. — Retirei o cinto e tentei abrir a porta, porém ele não havia destravado ainda. — Abre a porta.

Ele me ignora e tira algo do bolso, uma caixinha vermelha, Jeon abriu a mesma revelando um lindo anel de diamante.

— O que é isso? — Perguntei nervosa.

Ele abruptamente, puxa a minha mão e coloca o anel em meu dedo.

— É a nossa aliança de noivado. — Mostrou seu dedo para mim. — Também estou usando. 

— Você tá levando isso muito a sério não acha? — Rio fraco.

— É preciso, amanhã vamos jantar com o meu pai, devemos usa-las.

Quando penso que não da pra piorar, as coisas pioram do nada.

Aliança - Jeon Jungkook Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang