Caos completo ~ Klaus Mikaelson

Capítulo 28 "why?"

Olivia

"Porque?"
Atualmente - Mystic Falls.

Eu sabia que ela estava aqui, assim que entrei em casa eu já sabia, e foi por isso, que eu andei até a lareira e peguei o ferro que era usado para mexer a lenha e joguei para trás, acertando em cheio o ombro dela.

- Aí - murmurou, presa na parede, já que o ferro atravessou seu ombro e prendeu na parede atrás dela.

- O que você quer?

- Estranho, não vai tentar me matar?

- O ferro no seu braço não te deu nenhuma dica?

- Vamos lá, Olivia, eu vim até aqui por você?

- O que?

- Você está cheia de dúvidas nessa sua cabecinha linda, estou aqui para esclarece-las.

- Eu não quero nada de você - dei um chute na cadeira ao meu lado e peguei um pedaço da madeira, correndo na sua direção - A não ser a sua morte, é claro.

- Se me matar agora, não vai ter as respostas.

- Eu lido com isso - enfiei a madeira na sua coxa e ela gritou - Porque não vamos aproveitar um tempo juntas? - quebrei seu pescoço, seu corpo ficou pendurado apenas pelo ferro em seu ombro.

Retirei o ferro e a deixei cair do chão, arrastando seu corpo pelo tornozelo, subi com ela escada a cima, sem me importar se com a sua cabeça batendo repetidamente nos degraus.

Amarrei ela em uma cadeira no meu quarto, fechei as cortinhas e tirei de seu pescoço o colar que a protege da luz do sol, desci as escadas até o porão onde tínhamos verbena, peguei uma seringa com o líquido e com uma luva peguei um pouco da planta.

Subi as escadas novamente e me sentei em uma cadeira na sua frente, depois de pingar verbena nas cordas que a prendiam.

Esperei pacientemente até ela acordar e quando vi seus olhos abrirem, me levantei e abri a cortina, deixando a luz do sol entrar e sorri ao ouvir o grito de dor que veio dela, fechei a cortina novamente.

- Eu odeio dizer isso, mas você tem razão - andei até ficar frente a frente com ela - Eu tenho algumas perguntas e você não sai daqui sem responder elas.

[...]

Os gritos de Katherine eram como música para os meus ouvidos, vê-la agonizando de dor eram uma arte que poucos entenderiam.

- Eu já disse que vou responder as suas perguntas, não precisa fazer isso - gritou, assim que a cortinhas se fechou novamente.

- Assim é mais divertido, não leve para o lado pessoal - sorri divertida - Porque você me transformou? - finalmente perguntei.

- Você era uma boa diversão - quando ouvi a sua resposta abri novamente a cortina por poucos segundos antes de ir até ela.

- Você era a minha melhor amiga, eu confiava em você - cuspi as palavras contra seu rosto, completamente furiosa - Você me manipulou, me usou.

- Não leve para o lado pessoal - repetiu a minha fala e eu sorri, quando na verdade o ódio corria cada célula do meu corpo.

- Você é gosta de dizer e pensar que é invencível, que nada te assusta mas eu sei que isso é mentira - falei calmamente, balançando o colar em minhas mãos.

- Do que você está falando? - os batimentos cardíacos dela aumentavam lentamente.

- Que você, Katherine - falei com desgosto escorrendo em cara sílaba - Entregou para a morte 26 vampiros, aqueles que se diziam sua família, apenas para forgar a própria morte. Você estava com medo - falei sem dúvidas - Então, por favor, me diga, o que ou quem te assusta tanto?

Ela não me respondeu, seus olhos encaravam os meus furiosos, podia ver a raiva e o ódio neles.

- Você me perguntou por que eu te transformei - ela falou, desviando da minha última pergunta - Eu precisava de um vampiro, a minha intenção era usar seus irmãos mas depois eu me apeguei a eles - sorriu e deu de ombros - então, você me pareceu uma ótima opção.

- Para que você precisava de um vampiro?

- Isso que me fez fugir, isso que me assusta tanto - falou de vagar - Vai vir atrás de mim, e quando chegar a hora você vai estar presente para descobrir a verdade.

De que merda ela está falando?

- Tem que ter um motivo mais importante que isso, porque fez isso comigo? Porque destruiu a minha família?

- Pelo mesmo motivo que eu entreguei para a morte aqueles que eu chamava de família. Você era apenas uma peça no meu jogo, Olivia, assim como todos os outros.

Antigamente - Itália (antes de Paris)

Deito minha cabeça em seu ombro enquanto assisto o teatro a nossa frente, meus dedos brincam com os seus enquanto sua outra mão acariacia minha perna lentamente.

- Então, você é um híbrido - comentei desviando a minha atenção - Como vai fazer para desfazer o feitiço que a sua mãe colocou?

A um tempo, Klaus me contou sobre sua família e como se tornaram vampiros, contou também sobre como descobriu que era metade lobo e sobre como a sua mãe prendeu essa sua parte com um feitiço, um feitiço que ele está fazendo de tudo para desfazer.

- Eu preciso juntar todas as peças que preciso, um vampiro, um lobo, uma duplicata...

- O que é uma duplicata?

- As duplicatas foram criadas pela natureza para mater o equilíbrio natural, são pessoas que são idênticas fisicamente mas viveram em épocas diferentes.

- Você já conseguiu achar uma?

- Sim, mas ela escapou de mim - falou irritado.

- E do que mais você precisa?

- Uma bruxa forte o bastante para realizar o feitiço e o mais difícil: a pedra da lua.

- Pedra da lua?

- Dizem as más línguas que um xamã asteca usou a pedra da lua para fazer a maldição do sol e da lua, a  maldição que impede os vampiros de andar de dia e transforma homens em lobos na noite de lua cheia. - ele contou com um ar divertido.

- Porque eu acho que você sabe mais do que todos acreditam?

- Acontece que, essa pedra ligou a maldição em mim. A muito tempo atrás, Elijah e eu inventamos essa história de xamã asteca para que os vampiros e lobisomens fossem atrás da pedra e assim eu conseguisse achar com mais facilidade.

- E a duplicata?

- Bom, a que escapou não é mais útil para mim, tentei encontrá-la para matá-la mas soube de rumores que já está morta, então terei que esperar até que outra nasça para poder desfazer a maldição.

Se Klaus e eu tivéssemos conversado um pouco mais naquela noite, perceberiamos que havia algo em comum entre a gente, perceberiamos que queríamos matar a mesma pessoa.