Ela mudou, não é mais aquela garota ingênua de antes. Aprendeu a superar os seus problemas, e agora espera um filho dele...
Ele também não é mais o mesmo, e não se passa um dia sequer em que não pense nela...
Eles foram separados.
Ela acreditou no...
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São tanto sentimentos juntos, todos ao mesmo tempo... Alegria, amor, nervosismo, raiva... São tantas emoções que sinto nesse momento.
Quando Pedro entrou, eu não acreditei no que estava vendo, como assim ele havia voltado, assim, do nada, e ainda vem me ver, depois de todo esse tempo. E quem contou para ele onde eu estava?
Horas, quem... Eu sei exatamente quem foi.
Mas isso não importa agora, a única coisa que me importa nesse momento, é que o meu filho nasceu, e eu estou muito feliz, tão pequeno e já amo mais que a mim mesma.
Vejo a porta abrir e Rebeca entrar, no momento que ela nos vê, abre a boca para gritar mas eu a interrompo antes.
- Não grita, pelo amor de Deus, ele acabou de dormir.
- Tudo bem... Tudo bem, estou me controlando...
Ela se aproxima de mim para ter uma visão melhor.
- Ele está tão lindinho nessa roupinha, dá vontade de apertar... Posso pegá-lo?
- É claro, titia.
Entrego com cuidado para ela, que o segura nos braços e aos poucos ele vai acordando, ao perceber que não está mais nos meus braços.
- Sophia...
- O que foi? - Pergunto preocupada.
- Ele tem os olhinhos azuis igual ao seu!
- Caramba, Rebeca, você me assustou.
- Mas eu achei ele muito parecido com Pedro, a cara do pai.
- Rebeca, ele é recém nascido, como você já está achando ele parecido com alguém?
- Olhe bem para ele que você vai ver como é parecido, olha só... Ele está me encarando.
- É, ele fez isso com todos que entraram aqui hoje.
- Mais um ponto do Pedro.
Bufo.
- Mudando de assunto, por que você contou para Pedro, sobre eu está aqui?
- Ai Sophia... Eu não estava aguentando mais esconder isso dele, ele também é meu amigo, poxa, e o pai desse neném fofo.
- Tudo bem, não vamos mais falar sobre isso.
- Qual será o nome? Já pensou em algum?
- Ainda não sei bem, estou muito em dúvida.
- Que tal, Frede?
- Nem pensar.
- Tá bom... E Kai?
- Kai!? De onde veio essa inspiração?
- De um personagem super gato da minha série favorita. - Da de ombros.
- Já esperava.
•••
Saí do hospital no dia seguinte, pela manhã, e agora eu já estou em casa com o meu filho. Minhas dúvidas enfim passaram, não poderia ser outro nome, se não, Lucca. Ele foi a minha luz, no momento que eu mais me afundei na escuridão.
Achei que não iria aguentar essa pressão de ser mãe, mas Lucca é super tranquilo, quase não chora, ele é muito quietinho.
Minha mãe quando o viu, fingiu não se importar muito, mas minutos depois, já não saia mais de perto, o tempo todo perguntando se ele estava bem, se eu precisava de ajuda, se eu estava conseguindo fazer tudo direitinho. Confesso que ela me ajudou bastante, me ensinou muitas coisas que eu não sabia sobre cuidados com o bebê, tipo tudo.
