Fico lendo durante alguns minutos e logo
pego no sono. Acordo duas horas depois com o meu estômago roncando de fome.Levanto ainda sonolento, visto um short e vou até a cozinha para comer alguma coisa, notando a casa inteira silenciosa. Mas ao entrar na cozinha, dou de cara com Megan no fogão, preparando alguma coisa que pelo cheiro parecia ser bom. Me sento à mesa e a mesma se assusta ao me ver.
— Nossa... Que susto você me deu. — Diz com a mão no peito.
— Sou tão feio assim? Você é a segunda pessoa que se assusta ao me ver hoje.
— Feio? Queria eu ter um cara feio desse
comigo. — Ela diz baixinho a última frase mas eu consigo ouvir.— Onde está Lucca?
— Ele está... Ele estava bem aqui.
— Papai! — Logo ele entra na cozinha correndo.
— Ainda acordado a essa hora filho!?
Ele balança a cabeça confirmando.
— Não está com sono?
— Não!
— Você já devia estar dormindo.
— Não! Lucca não está com sono. — Ele cruza os bracinhos e faz bico.
Onde ele aprendeu a fazer isso? Parece até a
mãe dele emburrada.— Quem está com fome!? — Megan Cantarola.
— Eu, eu, eu!
Ela pega Lucca no colo e o coloca em sua
cadeirinha, colocando mingau para ele comer, esse come todo animado, isso ele também puxou a Sophia, é só ver comida que fica toda animada.— Está com fome? Eu fiz espaguete.
— Parece que eu não como a uma semana.
Nos servimos e começamos a comer em
silêncio.— Nossa. — Me surpreendo ao dar a primeira garfada.
— O que foi? Está ruim?
— Tá brincando? Está ótimo.
— Achei que não tinha gostado.
— Você cozinha muito bem.
— Obrigada. — Ela dá mais uma garfada em seu espaguete, sujando o canto da boca, passando o dedo onde tinta sujado, e em seguida lambe o lambendo, olhando para mim.
Apenas desvio o olhar rapidamente, ficando um clima tenso agora.
— Eu... Vou voltar para o quarto. — Falo me
levantando. — Boa noite garotão. — Bagunço o cabelo de Lucca e sigo até a saída.— Boa noite, Pedro.
Subo até o meu quarto, escovo os dentes, tiro meu short novamente, ficando somente de cueca e me deito na cama esperando o sono vir e nada, fico alguns minutos olhando para o teto e ouço alguém bater na porta.
— Entre. — Me cubro com o lençol grosso.
Megan entra com Lucca no colo e um livro
em sua mão.— Desculpa por atrapalhar seu sono, mas é que Lucca queria ouvir uma história mas que você contasse para ele.
— Papai, lê. — Ele aponta para o livro na mão de Megan.
— Tudo bem, vem.
Pego ele no colo e o coloco deitado na cama, me sento, e Megan me entrega o livro para que eu lesse.
Nem precisei terminar a história, e Lucca já estava dormindo.
— Ele dormiu rápido. — Diz se levantando da poltrona em frente a cama.
— Para quem estava todo agitado, dormiu
mesmo.— Eu vou levá-lo para quarto. — Se aproxima para pegá-lo.
— Não precisa, eu levo. — Respondo, já me levantando.
— Tá bom... — Sigo o olhar dela até a minha cueca, me deixando sem jeito, já tinha pegado Lucca no colo, então o levo para o seu quarto rapidamente, sentindo o olhar sobre mim o tempo todo.
— Boa noite, filho. — Beijo a sua testa, após colocá-lo na caminha dele.
— Você é um pai e tanto. — Megan comenta, na porta do quarto.
— Valeu.
— Para onde a sua mulher foi mesmo?
— Uma festa na faculdade dela, algo assim.
— Ela foi com aquela amiga dela?
— Quem? Rebeca? Não, foi sozinha.
— E você deixou ela ir sozinha? — Me olha como se eu fosse louco.
— Qual o problema?
— Bom... Você sabe o que acontece nessas festas, não sabe!?
— O que acontece?
— Nada... Esquece.
— Fala o que acontece. — Sem pensar seguro o seu braço, virando-a para mim ficando frente a frente com ela, com nossos rostos a centímetros perigosos de distância.
Ela me olha nos olhos, e em seguida para a minha boca, quando percebo que o seu rosto começa a se aproximar ainda mais do meu, eu a solto e me afasto rapidamente.
— Desculpa... Eu...
— Eu vou sair. — Passo por ela e entro em meu quarto novamente, visto uma calça, uma camisa branca e minha jaqueta preta.
Saio novamente do quarto e dou de cara com Megan, mas só continuo.
— Para onde você vai? — Pergunta, vindo atrás de mim.
— Atrás da minha mulher. — Sem olhar para trás eu saio.
Entro no carro, e vou em direção a faculdade, e parando em frente, já ouço o som alto que vinha lá de dentro.
Me misturando com outros estudantes que entraram, a primeira que avisto é a amiga de Sophia, que ela havia me apresentado.
— Onde está Sophia? — Pergunto sem muita paciência.
— Ela estava por aqui agora a pouco... — Ela diz meio tonta, por causa da bebida que tomava.
Saio à procura dela, encontrando-a dançando no meio da pista, alguns homens a olhavam,
enquanto um estava dançando bem perto
dela.Meu sangue ferve na hora, vou soltando faíscas até eles e sem pensar duas vezes a
pego pelo braço, puxando-a para longe daquele cara.— Ei, me solta! Pedro!? O que está fazendo
aqui...? — Me olha surpresa
ESTÁS LEYENDO
De Repente Sua - Livro 02
RomanceEla mudou, não é mais aquela garota ingênua de antes. Aprendeu a superar os seus problemas, e agora espera um filho dele... Ele também não é mais o mesmo, e não se passa um dia sequer em que não pense nela... Eles foram separados. Ela acreditou no...