Minha Dona Mafiosa

Prólogo

( Anthony Brown)

Idiota, idiota e idiota, era isso que eu era.

Como eu pude cair nas mentiras que aquela desgraçada me falava!?
Você não está entendendo nada né, mas pera aí que eu vou te contar, porém para isso teremos que fazer uma viagem no tempo, vamos voltar para o dia em que o meu coração foi partido....

( 8 anos atrás)

Eu estava nervoso, sentia minhas mãos suadas e meu coração parecia que ia sair da caixa torácica.

Meu deus do céu, isso realmente estava acontecendo...... Eu estava prestes a perder a virgindade com a garota que eu amo, sim, eu descobri que amo a Donatella De Angelis. Amo cada pedaço dessa garota.
Nos conhecemos no colegial, eu sendo o cara conhecido como nerd esquisitão e ela sendo a deusa da escola; Com meus 18 anos diferente dos caras da minha idade eu era magricelo e com algumas espinhas na cara, usava um óculos esquisito mais que segundo Dona me deixava ainda mais charmoso e eu imbecil acreditei.
Pisquei algumas vezes para expulsar os meus pensamentos de indecisão e baixa auto estima e me concentrei em observar a garota á minha frente.

Donatella era linda, mas hoje ela estava se superando, durante todo o meu  jantar de aniversário ela estava belíssima com um vestido azul escuro de alcinhas que destacava seus olhos um verdadeiro anjo como seu sobrenome mesmo dizia; após o jantar e uma boa conversa decidimos que dormiriamos juntos no meu quarto como sempre fazíamos, só que dessa vez  eu estava dispostos a ir mais além.

Agora, vestida apenas com um sutiã e uma calcinha preta ela veio na minha direção e se sentou na minha cama ao meu lado.

— Você fica adorável nervoso sabia? — ela fala enquanto coloca as mãos no meu rosto e me dando um selinho, logo após ela se senta no meu colo e eu fico ainda mais nervoso — Anth, olha para mim, se não quiser fazer isso tudo bem...

Olho para ela sorrindo e mesmo com o meu rosto pegando fogo de tanto nervosismo eu falo

— Não anjo, eu quero que seja hoje, quero que seja você a minha primeira em tudo....

Falo já abaixando meu rosto pelo que acabei de falar ,o que arranca um sorriso dela. Meu anjo segura meu rosto me fazendo encara-la e se aproximando de mim ela diz

— Se é o que você quer eu serei o seu presente de aniversário, serei a primeira e única garota que você irá permitir que toque no seu corpo está ouvindo ? — é por momentos assim que eu não entendo Dona, em alguns momentos do nosso namoro ela era extremamente, digamos que, possessiva.

Ela sempre dizia que eu era dela e nunca ninguém poderia me tocar como ela me tocava.

— Está me ouvindo Anth ? Depois que nós transarmos mesmo que eu vá, você sempre será meu, está me ouvindo? Me responda lindo.... — ela fala com sua voz melodiosa e eu só consigo balançar a cabeça concordando— quero palavras amor, me diga com palavras!

— Sim anjo, serei para sempre seu....

— Muito bem amor, tenho algo para você ...

Ela levanta do meu colo e vai até a pequena bolsa que ela trouxe e tira de lá uma caixinha, ela me entrega toda sorridente. Eu abri a caixinha e vi um colar de ouro,ele era lindo, meu nome estava  cravado com letras sinuosas só que a minha surpresa veio quando olhei o lado oposto e vi o nome de Dona escrito atrás como uma espécie de sombra.

— Uau, isso é lindo....

— Você gostou mesmo ?

— Sim anjo, eu adorei.. — falo sorrindo e ela estende a mão pegando o colar e colocando no meu pescoço. — Não importa o que aconteça sempre estaremos perto um do outro está me ouvindo?

Ela pergunta séria como se soubesse de algo mais não pudesse me falar.

— Eu amo você ! — falo pegando ela de surpresa, sei disso pois seus olhos se arregalaram um pouco — Sei que parece louco mais eu sei que amo você anjo, sei que sempre amarei você para sempre...

Sou calado com um beijo e após nos separarmos vejo uma lágrima descer por seu lindo rosto e sua voz alcançar meus ouvidos

— Eu também amo você Lindo, amo tudo em você, você sempre será meu....

Ela segurou meu rosto e me beijou, senti suas mãos  tocando meu corpo e me senti o cara mais sortudo do mundo. Mesmo com medo de gozar antes dos 2 minutos eu segui em frente, correspondi ao seu toque da forma que eu sabia e  Dona me ensinou tudo o que deveria fazer para a minha primeira vez.

Tive minha primeira vez com a garota  que eu sabia que amava e depois dormimos abraçados, com nossos dedos entrelaçados.

No dia seguinte eu acordei sozinho no quarto, a cama ao meu lado estava fria e eu idiota pensei que ela poderia estar lá embaixo com a minha irmã já que as duas eram amigas. Tomei um banho demorado me sentindo o cara mais top do mundo, troquei de roupas porém ao passar perto da minha cômoda eu vi uma carta com o meu nome bem em cima; Foi quando li aquela maldita carta que aquela desgraçada partiu o meu coração.

Atordoado saí do quarto em direção a escada, desci os degraus na velocidade da luz, ao passar pela cozinha minha mãe me olhou com um olhar triste e foi aí que eu entedi que ela também já sabia.

Abri a porta de casa pedindo a Deus que aquilo fosse uma brincadeira da minha familia, uma pegadinha talvez.

Corri, corri como nunca tinha corrido, sentia meus pulmões pedindo descanso, um descanso que eu não podia dar naquele momento. Porém foi quando vi um carro passar por mim na direção oposta a minha que a minha ficha caiu, era o mesmo carro que levava a minha garota para a escola todos os dias.

Parado a beira da estrada eu fiquei olhando o carro se afastando a cada segundo a mais sendo seguido por mais ou menos outros 8 carros pretos e caros que eu nunca tinha visto na região.

Me joguei na beira da estrada e chorei, chorei como nunca havia chorado antes. Depois de algum tempo ouvi meu pai me chamando porem eu não dei a minina para ele, continuei lá, caído a beira da estrada chorando como um cachorro abandonado.

8 meses depois eu ainda estava na pior, meu coração partido prejudicou até mesmo meus estudos; Não sei nem como eu passei de ano. Eu vivia na espera de uma mensagem ou uma ligação, o que obviamente nunca aconteceu. Ao 18 anos tive o meu primeiro porre por causa de um coração partido, o meu coração partido que aquela desgraçada partiu e espalhou os pequenos cacos para lugares impossíveis de recuperar.