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( Anthony Brown)

Porra...... Meu dia estava sendo uma grande merda.

Como se já não bastasse a péssima viagem que eu fiz para a cidade vizinha, logo pela manhã tive que resolver alguns problemas da fazenda e ainda ter que aguentar Monique me cobrando algo que sempre deixei claro que nunca aconteceria entre nós me fez ficar com um péssimo humor; Depois descobri que metade da nossa produção foi enviada para o comprador errado e por causa disso teremos o dobro de despesas, porra esse dia não tinha como ficar pior.
Decidido a esquecer um pouco dos problemas eu olho no régio e vejo que são quase quatro horas da tarde, então vou até o estábulo, pego o meu cavalo e decido ir ao único lugar que me trás paz.

Algum minutos de caminhada eu já consigo ouvir o barulho das águas, o cheiro da natureza me acalmando. A cada galope eu sinto que meu coração bate mais forte e não entendo o por que disso agora mas sigo em frente.
Decido deixar o Moreno ( cavalo) em baixo de uma árvore e vou caminhando pela floresta. Já na beira do lago vejo uma movimentação na água e decidi observar bem, é então que eu vejo uma mulher nadando para a margem em que eu estou.

Com os cabelos molhados grudados ao corpo eu reconheço a dona dos olhos azuis mais lindos que eu já vi em toda a minha vida. Fico imóvel enquanto ela sai da água e se aproxima de onde eu estou; Não consigo desviar os meus olhos, e sem que eu possa impedir meus olhos descem pelo seu corpo analisando desde os ombros estreitos, aos seios médios cobertos por um pequeno biquíni azul, vejo algumas tatuagens mais prefiro focar em outras coisas, analiso sua cintura fina com uma barriguinha lisa e definida até suas coxas grossas e pernas torneadas que completam o pacote da mulher mais linda que eu já vi. Seu sorriso de canto ao me ver analisando seu corpo me faz lembrar do que essa desgraçada fez comigo e eu me recupero do transe

— Que porra você está fazendo aqui ? — minha voz sai mais alto do que eu imaginava e ela da um passo para trás como se tivesse se assustado.

Porém vejo seus olhos brilhando com algo que parece reconhecimento e sua voz que agora está mais madura se faz presente

Anth ? —Ela pergunta sorrindo como se sempre me conhecesse e o meu coração erra uma batida com algo que posso dizer que seja raiva

—O que você está fazendo aqui ?

Anthony, eu volt.....

—Vá embora daqui ! — corto a fala dela, não a deixando prosseguir.

Vejo ela andando em minha direção e me afasto, porém ela se abaixa e pega um sobretudo que estava no chão próximo aos meus pés e veste o mesmo.

— Anthony nós precisamos conversar...— ela fala depois de colocar o sobretudo.

— Não temos nada para conversar Donatella...

Viro de costas e saio andando deixando ela para trás, porém antes que eu chegue próximo ao meu cavalo ela grita atrás de mim

—Eu estou falando com você, por favor vamos conversar Anth!? — não lhe dou a mínima, ao subir no cavalo ela me olha e pede

— Você poderia pelo menos me dar uma carona!? — ela fala seria e é a minha vez de sorrir

— Veio ate aqui andando ? - eu pergunto e ela balança a cabeça dizendo que sim então eu prossigo. — Então tá, já que veio andando, volte andando, faz bem para a saúde.

Falo e saio na velocidade necessário para sair dali de perto dela o mais rápido possível. Já em campo aberto eu balanço a cabeça para espantar os pensamentos que querem retornar e decido ir direto para casa já que até o meu descanso foi atrapalhado.

Ao entrar dentro de casa noto o silêncio e ao passar pela cozinha vejo minha mãe fazendo o jantar como sempre.
Subo para o quarto e decido tomar um banho e fazer algumas coisas básicas.
Já quase sete horas da noite desci para o jantar e agora a mesa que sempre foi uma bagunça de vozes estava completamente em silêncio a não ser pelos pedidos na mesa. Minha mãe e meu pai comiam em silêncio assim como minha irmã e meu melhor amigo.

— Será que alguém pode me dizer o que está acontecendo? — pergunto já não aguentando mais..

— Não aconteceu nada querido ! — dona Angélica, minha mãe, fala enquanto enfia uma garfada de comida na boca.

— Qual é mulher, ele precisa saber.... — meu pai, Sr. Willian Brown fala.

— O que é que eu preciso saber hein ? — falo já desconfiado.

O silêncio faz-se presente na mesa. Olho para Alicia, minha irmã que olha entediada para a comida em seu prato.

— Será que alguém pode me contar o que está acontecendo?

Olho diretamente para Juan que finalmente diz algo

— Sabe o que é irmão, é que não sei se você sabe, mais durante a sua viagem aconteceram muitas coisas.....

— Será que alguém pode me dizer logo o que aconteceu? — falo já sem paciência.

Meus pais se olham mais é minhas mãe quem decide falar: — É que a Dona voltou querido....

Ela fala e me olha esperando alguma reação e eu continuo cortando normalmente o meu pedaço de carne.

— Você ouviu querido ? — Minha mãe pergunta e decido respondê-la.

— Sim mãe, eu ouvi mas na verdade eu já sabia....

— como assim já sabia ? — Juan pergunta

— Eu á vi no riacho hoje a tarde. E não precisam fazer todo esse teatro, não é algo muito importante.

Falo tentando me convencer disso e continuo o meu jantar.

Depois do jantar tive que ficar aguentando as especificações de Juan studo.

— Como ela estava ? Ouvi dizer que ela está mais linda do que antes... Vocês...

— Chega Juan! Não ouve nada demais. Só nos encontramos no riacho e foi isso.

— vocês se encontram naquele riacho ? O riacho que iam quando estavam namorando?

— Sim! — falo sem dar muita atenção.

— Qual é Toninho, eu sou seu melhor amigo! Eu preciso de detalhes, eu trabalho com informações....

O fofoqueiro, quer dizer meu melhor amigo Juan está louco por qualquer informação então conto para ele o que aconteceu; desde o momento que cheguei ao riacho até minha volta.

— Como assim você negou uma carona para ela ? Cara se dá uma carona até para um desconhecido! Como você foi capaz de negar isso a ela.....

— Você sabe que eu não quero ter nada haver com ela não é!? Então por favor esqueça isso, o fato dela ter voltado não influencia em nada a minha vida. Continuarei sendo eu, o Anthony de sempre está me ouvindo!?

Ele faz que sim com a cabeça e continuamos agora bebendo em silêncio.

Após nos despedimos eu finalmente subi para meu quarto, relaxado, sentado em uma poltrona eu pela segunda vez em menos de 5 minutos eu fecho o livro que estava na minha mão.

O motivo pelo qual não consigo me concentrar? Ah, talvez seja por causa do dia agitado que tive hoje, ou talvez o cansaço da viagem.... Não sei bem dizer mais tenho certeza que não tem nada a ver com aquela desgraçada......

Minha Dona MafiosaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin