Minha Dona Mafiosa

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Mais uma vez jogo em cima da mesa  um dos papeis que estava lendo.

Não consigo me concentrar.A droga dessa casa não é a mesma coisa sem os meus pais aqui.

Sei que estou parecendo um bebê chorão com saudade dos pais, mas a verdade é que isso realmente esta certo, eu estou com saudades dos meus pais. Veja bem, eu nasci e me criei nessa cidade.Só me separei deles durante o tempo que fui para a faculdade e mesmo assim a cada dois meses eu  os visitava; no dia seguinte da minha formatura eu peguei o primeiro voo e voltei para casa com eles; Meu pai e minha mãe estiveram comigo nos momentos mais dificeis  da minha vida, e apesar de eu passar algumas noites fora de casa eu sempre chego pela manhã para tomarmos café juntos, sempre fazemos as refeições unidos como uma familia de verdade e agora só de pensar que eles passarão 10 dias fora de casa eu sinto vontade de deitar em posição fetal e chorar.

Absolutamente não é nada legal ficar sozinho numa casa como essa, ja que a minha familia não é nem um pouco silenciosa. Penso em ligar para minha maninha Alice, mas pelo que conversamos á tarde, continuarei sozinho aqui pois  ela me disse que não poderia vir para casa porque tinha muitas coisas para resolver no trabalho. 

Alice trabalha como contadora em um escritorio daqui mesmo da nossa cidade, ela começou lá assim que saiu da faculdade, minha irmã é uma força da natureza, é muito nova e independente, ela pode ter feito 25 anos agora e mesmo que eu seja apenas um, ano mais velho que ela, posso dizer que sou mais vivido. Minha irmã sonha em ter um amor assim como o dos nossos pais, algo que dure para sempre, que faça ela suspirar por cada toque, por cada olhar e eu tenho medo. Tenho medo que minha irmã se foda como eu me fodi, tenho medo que uma pessoa tão ruim quanto a desgraçada que partiu meu coração possa machucar minha irmã também. Jamais me perdoaria se algo acontecesse com ela ou se ela fosse ferida, por isso sempre que posso, afasto todos os caras ruins que se aproximam dela.                                          Do escritório que eu e meu pai compartilhamos juntos, ouço o barulho de algo mexendo nas panelas e logo em seguida o apito do microondas avisando que seja lá o que tiver dentro ja esta pronto, porém lembro-me muito bem de não ter colocado nada para requentar. Levanto-me rapidamente e  me aproximo da cosinha com cautela, pois sei que não tem nenhum empregado em casa já que durante a viagem minha mãe  os liberou num horario mais cedo. Vou em passos leves em direção á cozinha e perto o suficiente sinto o delicioso cheiro de queijo derretido. Sinto água na boca só de sentir o aroma delicioso que vem da cozinha e me animo com a esperança de comer algo delicioso antes de dormir. Entretanto minha alegria se esvai assim que adentro a cozinha e vejo Donatella atrás do balcão calmamente cortando alguns vegetais enquanto murmura baixinho uma canção em italiano. 

Ela está diferente. Com os cabelos feito um coque e com um vestidinho solto meio estilo dona de casa ela corta os temperos sem notar minha presença.Não consigo pensar em nada a não ser, no que essa descarada esta fazendo aqui em casa ?

Sem esperar mais nada eu puxo uma cadeira com força, fazendo o barulho ecoar pela cozinha e finalmente ela me vê e sorri na minha direção antes de falar

—Ah, você apareceu........ Estava quase indo ti chamar, só estava  terminando de cortar algumas coisinhas que voce gosta. Vem senta aqui....... —ela fala enquanto me indica uma cadeira em frente a ilha onde ela esta.

Sem nem esperar ela vai ate o grande armario da minha mãe e o abre na intenção de pegar uma vasilha qualquer, Donatella não é tão alta assim, deve ter no maximo 1,67 o que á impede de alcançar o objeto que deseja e acaba ficando na ponta dos pés. Ao fazer isso o corpo da desgraçada acaba empinando um pouco fazendo o vestido dela levantar. Sem que eu queira meus olhos acabam examinando demais a pele exposta e sinto uma vontade enorme de emprensa-la naquele maldito armário. Sinto ódio só pelo que estou pensando e e acabo gritando a plenos pulmões