020

48 5 0
                                    

—O que acha de irmos almoçar no DemDakAn agora ? - falo enquanto andamos tranquillamente pelas ruas movimentandas da nossa cidade —  Você tá me ouvindo?

Pergunto para Juan que anda ao meu lado mas parece que está no mundo da Lua enquanto meche na porra do celular

—Juan caramba, você tá me ouvindo? — falo alto chamando a atenção de quem está por perto e ele finalmente desliga o celular e me olha

— O que foi cara?

— Perguntei se você quer ir almoçar no DemDakAn....... — o celular dele vibra novamente e ele me olha enquanto passa as mãos no cabelo

— Não vai dar cara, você sabe que eu não gosto de comida japonesa.....

— Lá também tem outros tipos de refeição Juan, alem do mais....

— Não vai dar mano, eu tenho umas coisas para resolver — o celular vibra novamente e ele sai praticamente correndo — Se você for almoçar lá me manda o valor da conta e eu pago para você....

Ele fala antes de sair correndo ao lado oposto que estávamos indo. Mas que diabos está acontecendo com ele ? Por acaso ele acha que eu preciso que alguém pague minha comida nesse caralho?

Sigo marchando na força do ódio em direção ao meu restaurante preferido e de longe pude ver o carro de Donatella estacionado bem em frente.

Sinto meu coração batendo com mais velocidade, minhas mãos ficam soadas e eu sinto a ansiedade por vê-la.

Nos últimos dias estamos basicamente almoçando juntos. Todas as vezes que eu chego em algum estabelecimento ela já estar lá, não sou idiota em pensar que é coisa do "destino" como ela disse, sei que ela de alguma forma sabe basicamente todos os meu passos, e quando nos encontramos "acidentalmente" eu acabo sentado na mesma mesa que ela, dividindo não somente o almoço mais também pequenas conversas sobre livros, viagens, séries, família, coisas que me fazem duvidar da minha sanidade mental.

Não sei o que está acontecendo comigo.

Desde que Donatella e eu brigamos no lago, as coisas parecem turbulentas dentro de mim e ter ela presente em cada canto que vou também não me ajuda em nada.

Fico parado alguns bons minutos no meio da calçada esperando elas entrarem e quando penso que elas já se acomodaram eu finalmente entro. Diferente das outras vezes que estive aqui eu opto por uma cadeira mais próximas ao pequeno corredor, bem próximo ao balcão.
Me sento e quando termino de fazer o meu pedido vejo Diana, a mãe de Donatella vindo de um dos corredores por onde ficam os banheiros.

Ela vem sorridente sem me notar, porém antes de passar por mim, seus olhos azuis como os de Donatella passam por todo o lugar e pousam sobre mim.

—Anthony querido, que bom ti ver! — me levanto a cumprimentando com um abraço

— Olá senhora Diana, também é muito bom lhe ver, a senhora esta linda como sempre

— obrigada querido..... mas me diga, o que faz sentado aqui sozinho desse lado do restaurante? Já fez o seu pedido?

—já sim senhora, estou só aguardando a entrega no balcão... — os olhos de Diana parecem aumentar de tamanho quando falo isso

— Você vai comer no balcão ?

—Sim senhora, é que eu tô sozinho e as mesas aqui são um tanto quanto grandes. Convidei um amigo para almoçar mais acabei ficando sozinho....

— Certo, entendi. — ela fala e me sento novamente vendo ela se afastar, no entanto na metade do corredor ela volta na minha direção e diz

Minha Dona MafiosaWhere stories live. Discover now