— MY BLOOD / ELLIE GOULDING.
— HURTS / SOMEBODY TO DIE FOR.
— KALEO / WAY DOWN WE GO.
Sinto um peso em volta da minha cintura, e não preciso abrir os olhos para saber que são os braços de Cassius me segurando. Tento me mexer, mas ele me aperta ainda mais contra o seu corpo. Suspiro e viro o rosto em sua direção, encarando-o.
— Wraith? — chamo pelo segundo nome dele, observando enquanto ele arqueia as sobrancelhas, me olhando. — Estou com fome, me deixe levantar...
— Não.
— O quê? — Fico surpresa e faço uma careta.
— Não quero sair da cama agora. — Ele passa uma perna sobre a minha. — E você está sempre com fome, Anjo.
Solto uma risada incrédula diante de sua audácia, embora não devesse ser uma surpresa, já que isso vem de Cassius Wraith, o maldito petulante.
— Se você não quer sair da cama, problema seu. Fique aí. Eu estou com fome e preciso de um banho. — Tento explicar da maneira mais simples possível, embora duvide que ele vá entender.
Espero ele dizer algo, mas tudo que recebo é seu silêncio. Me movo um pouco mais, percebendo que ele afrouxou o aperto na minha cintura. Dou um pequeno sobressalto quando ele se levanta da cama, um sorriso torto e insuportável no rosto.
— Nem pense nisso! — puxo o lençol, me cobrindo. — Estou falando sério... Não faça o que quer que seja que está passando por essa sua cabeça.
Ele leva a mão ao peito, fingindo estar ofendido. Que grande ator ele é.
— Eu não estava pensando em nada. É isso o que você acha de mim? — Ele balança a cabeça em desaprovação, virando-se de costas.
Me sento na cama, desconfiada, mas ele não dá sinal de que vai se virar ou fazer alguma coisa. Respiro aliviada, cometendo o erro de baixar a guarda. Num piscar de olhos, ele me pega nos braços e me joga sobre os ombros, caminhando em direção ao banheiro.
— De novo, não! Eu não aguento mais, Cassius! — seguro na porta do banheiro, tentando resistir. — Você não é normal, me recuso a acreditar que nunca se cansa.
— Que mente pecaminosa a sua, anjo. — Ele ri, seu corpo tremendo com a risada. — Só vamos tomar um banho, prometo que não faremos nada além disso. Confie em mim.
Solto a mão da porta e ele me coloca no chão, começando a desabotoar os botões da camisa que peguei para vestir.
— Cassius? — pergunto, observando-o tirar o restante da roupa e entrar na banheira, esperando que eu o siga.
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Trono de Sombras e Prata
FantasyVivendo no setor mais pobre, sozinha, até que a esperança surge em um lugar inusitado, fugindo e tentando sobreviver. Quando o rei do reino humano lhe faz uma proposta inusitada e nada comum, soaria quase como uma mentira: um rei parar uma simples g...