"Elysia Winters, tão sem esperança, tornou-se tão insensível. Lentamente caindo na escuridão de uma terra onde tudo é cruel, onde o vilão se tornou seu herói."
Este livro é uma obra de ficção original, criada a partir da imaginação do autor. Qualque...
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— Eu quero me esconder. — Sussurro para Cassius no escuro do quarto.
Sinto sua respiração em meu pescoço enquanto ele me puxa para seus braços, para que eu me aconchegue. Eu não posso respirar...
— Maneira estranha de dizer que quer que eu te abrace. — Ele sussura em meu ouvido com a voz rouca, causando arrepios.
— Você que interpreta assim... — Solto uma risada, e ele me aperta mais sobre ele. — Você rouba meu fôlego, Cassius Wraith.
— Eu tenho seu coração em minhas mãos, Elysia Winters. — A cama range quando me viro para olhar seu rosto. — O jeito que você sorri, o jeito como você anda! Você é como um dia de inverno assim como seu sobrenome. Eu me sinto um maníaco possessivo por saber que seu coração bate por mim e me odeio por desejar que continue batendo apenas para mim.
Não consigo desviar o meu olhar do seu e Cassius sem dúvidas não deseja desviar o seu do meu. É como se cada segundo fosse importante.
— Eu gosto quando você canta baixinho pra mim em noites em que o monstro que habita em meu ser perturba o meu sono... Mesmo quando o meu amado das trevas canta malditamente mal. — Falo baixo na esperança que passe despercebido aos seus ouvidos astutos.
Ela gargalha alto levantando da cama em direção à porta de banho, deixando a porta aberta. Me sento sobre a cama, olhando para a janela do quarto aberta com a neve caindo do lado de fora; o norte nunca está quente, isso é um fato.
Meu tempo está acabando, e já me sinto uma pessoa horrível, mesmo quando minha intenção seja salvar pessoas importantes... Salvar Cassius Wraith.
— Anjo? — Olho para ele de pé de frente para cama, sem suas vestes de cima e com suas longas e grandes asas abertas; é sem dúvidas uma das melhores visões. — Está pensativa desde cedo...
— Impressão sua. — Digo, levantando-me e caminhando até a janela do quarto.
— Não tente me enganar, Elysia.
— Ando pensativa sobre a guerra, fico pensando em como o cheiro da morte predomina nosso ambiente ultimamente. Não vou mentir dizendo que não estou com medo, pois eu estou.
Ele coloca alguns fios do meu cabelo atrás das orelhas e, ao invés de limpar minhas lágrimas com as mãos, ele as lambe, me deixando envergonhada, embora não seja a primeira vez que ele faz isso.
— Seu esquisito. — O empurro de leve, e ele sequer sai do lugar.
— Me chame e eu sairei correndo, sem fôlego agora... Você tem esse poder sobre mim, anjo. Tudo que eu amo reside em seus olhos. A única em minha mente! — Ele deixa um beijo singelo em minha testa. — Não faça o que está em sua mente nesse momento.
