"Elysia Winters, tão sem esperança, tornou-se tão insensível. Lentamente caindo na escuridão de uma terra onde tudo é cruel, onde o vilão se tornou seu herói."
Este livro é uma obra de ficção original, criada a partir da imaginação do autor. Qualque...
— No Light, No Light / Florence + The Machine. — Cigarettes / David Kushner.
Juro, que a história criou vida própria... O que aconteceu nesse capítulo não foi minha culpa! 👀
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Falta algumas horas para amanhecer, mas não consigo dormir; me mexo inquietamente na cama, virando de um lado para o outro. Vejo quando Cassius resmunga algo, porém, não dou muita atenção, me levantando da cama e vestindo um robe.
Dou uma última olhada para ele, deitado na cama, e saio em passos silenciosos, fechando a porta e sentindo-a ranger. Sinto-me ansiosa de certa forma... É como se algo muito ruim estivesse próximo, e tenho certeza de que Reynard não veio apenas para passar férias aqui no castelo de Prata.
Apresso os meus passos para o quarto onde Reynard se encontra, perdendo-me entre alguns corredores. Antes que eu possa bater em sua porta, ele a abre, recebendo-me com um sorriso no rosto.
— Sabia que você viria. — Ele me dá espaço para entrar.
— Eu nem cheguei a bater na porta... — Olho desconfiada em sua direção, sentando-me na beirada da cama impecável.
— Conheço os seus passos.
Suas malas ainda estão fechadas, e noto que ele continua com a mesma roupa que chegou, o que só me aflige mais. Um galho de uma árvore bate na janela com força, e então começa a chover fortemente. Não vou me acostumar tão cedo com o clima frio de Nyxarum.
— O corvo ainda está vivo? — Pergunto, vendo ele levantar uma das sobrancelhas, confuso com minha pergunta.
Ele fica me encarando como se se questionasse se eu realmente fiz essa pergunta. Mas estou tentando evitar perguntar o que eu realmente quero saber. Confesso que me apavora o que ele tem a dizer; é quase como se ele estivesse fugindo de algo, e Reynard nunca foge de nada.
— Sim, ela está. — Me levanto, caminhando até a janela, vendo como a chuva parece tão assustadora do lado de fora. — Elysia?
— Eu... Sei por que está aqui, só não estou preparada para lidar, não sei bem como agir. — Minhas mãos começam a tremer, e meu corpo a suar.
Ele para na minha frente, segurando em minhas mãos, fazendo-me olhar para elas juntas. E pela primeira vez, não gosto do seu toque; é como se algo não estivesse certo.
— Como você sabe, Elysia? — Sua voz soa um pouco rouca, fazendo-me olhar em seus olhos pela maneira como sua voz soou. — Ainda continua tendo sonhos?
