"Elysia Winters, tão sem esperança, tornou-se tão insensível. Lentamente caindo na escuridão de uma terra onde tudo é cruel, onde o vilão se tornou seu herói."
Este livro é uma obra de ficção original, criada a partir da imaginação do autor. Qualque...
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Pressiono meus lábios, observando Cassius caminhar até mim com passos largos e pesados. Desvio o meu olhar por um instante, vendo Amara no mesmo lugar, me encarando com as sobrancelhas franzidas.
Assim que ele para na minha frente com a expressão tão dura que me sinto confusa, quando me dou conta, ele pega na minha mão, andando para longe de todos, me pressionando contra a parede.
— Que merda você está fazendo aqui, Elysia? — Posso ver que ele está com raiva apenas pela maneira que ele pronuncia o meu nome. — Passou perto da morte e anda por aí como se nada tivesse acontecido?
— Não é a primeira vez.
— O que?
— Não é a primeira vez que passo perto da morte, Cassius Wraith. — Tento empurrar seu corpo para longe, mas ele não move um músculo sequer. — Estão todos nós olhando. — Digo, vendo que todos os membros da realeza pararam para nos olhar como um grande espetáculo de entretenimento.
— Eu pouco me importo se estão todos olhando, você me tira do sério. — Sua mandíbula flexiona. — Volte para o quarto e fique lá, você não está bem, e todos vão ficar em cima, te fazendo perguntas desnecessárias.
— Eu estou bem. — Falo me recusando a encará-lo. — Quem não parece bem é você, parece um minotauro soltando fumaça pelo nariz.
Cassius aperta a mandíbula com mais intensidade, seus olhos faiscando de irritação.
— Você sempre tem que ser tão teimosa? — Ele murmura com um tom áspero.
— Porque você tem que ser tão pateticamente irritante e um mandão ridículo? — Levanto o queixo tentando parecer séria, mesmo vendo um sorriso no rosto dele que entrega que ele não me leva a sério.
Escuto o som de espadas, inclinando um pouco a cabeça vendo um homem um pouco mais baixo que Cassius, com cabelos castanhos refletindo o sol sobre eles e com enormes asas. Ele tem um olhar provocante no rosto enquanto nos encara, segurando duas espadas nas mãos, e isso chama a minha atenção.
Volto meu olhar para meu marido com um leve sorriso que ele não compreende.
— Poderia abaixar um pouco? — Assim que ele faz o que eu peço, eu levo meus lábios até suas bochechas, vendo ele abaixar a guarda, e caminho em passos apressados até o cara com as espadas.
Viro meu rosto para trás, vendo Cassius apertar os punhos das mãos enquanto volta a si. Não demoro muito, meu olhar sabendo que em alguns passos ele me alcança.
O sorriso do grandalhão com espadas se torna largo assim que paro na sua frente, atraindo a atenção de todos.
— Eu te desafio. — A expressão de alguns é de surpresa, mas a dele não é, como se ele esperasse por isso.
Ele joga uma das espadas na minha direção, e eu a seguro rapidamente, mas não sem ganhar um corte superficial no braço. Uma certeza eu tenho é que ele não esperava que eu fosse conseguir segurar a espada.
