capítulo 11

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Sinto o meu celular vibrar encima do meu peito e coço os olhos antes de olhar pra o nome de Camila brilhando na tela. Arregalo os olhos sentando na cama e olhando pros lados. Cocei a garganta antes de me levar da cama e atender o celular.

Acontece que Camila nunca gostou de Yas, muito menos de Killua e tudo por uma breve história onde eu acabei presa e elas fugiram. Mas isso é passado, elas se desculparam, mas segundo Camila, nenhum tipo de amiga deixaria a outra ser presa do jeito que deixaram.

— Camz?— Sorri pra tela quando Camila apareceu do outro lado. Ajeitei os cabelos com a mão e acenei pra Lauren que estava do lado dela.

— Oi, bebê!— Ela sorriu e Lauren fez o mesmo. Lauren estreitou os olhos um pouco e os arregalou ao perceber onde eu estava. Pois é, também tinha isso. Lauren e as garotas se conheciam muito bem.— Como está aí? Está muito quente?

— Não, na verdade está muito bom o clima e eu estava tirando um pequeno cochilo pra descansar da viagem.— Segurei o riso ao ver Lauren se levantar e fazer movimentos pra que eu fugisse.— Mamãe está gostando da visita?— Camila sorriu forçado e assentiu. Clara é uma sogra difícil de lidar, ela ama Camila, mas nunca diria isso em voz alta e muito menos demonstraria.

— Sim, pra falar a verdade, ela até concordou em pedir pizza Havaiana, e nem me julgou.— Eu sorri fraco enquanto Camila falava com entusiasmo.— Cadê a Carol?— Camila disse olhando pros lados.

— Hm. Ela tá no banheiro.— Engoli em seco olhando pro lado.— Lauren negou repetidamente com a minha mentira e disfarçou quando Camila olhou pra ela.

— E Priscila?

— Está no banheiro.— Falei rapidamente e Camila franziu o cenho.

Lauren!— Camila exclamou pra mais velha e Lauren se sentou.

— Ela tá mentindo, Camz!— Lauren me dedurou e mudou a feição pra séria. Dedo-Duro. Talvez as coisas não tenham terminado tão bem como eu achei que tinha.— Onde você está, Maxine?— Ela me chamou pelo segundo nome e eu revirei os olhos.

— Uh, olha a hora. Eu tenho que sair, eu sinto muito. Ligo pra você mais tarde.— Desligue o telefone e abri o aplicativo de mensagens.

Camila sempre foi protetora ao extremo comigo, e eu nunca entendi o porquê na verdade, mas eu nunca reclamei. Os meus pais não eram tão bons comigo, eu era meio que um fruto de traição. Minha mãe morreu durante o parto, o que é uma merda. Clara me aceitou como sua filha, ou assim fingiu ser, já que ela nunca se importou comigo de verdade e muito menos Mike estava interessado em saber como eu estava, já que segundo ele, eu era culpada de quase ter estragado a família.

Lauren e Zayn me aceitaram desde o início como irmã deles, o que foi algo bom, mas não que me fez sentir parte da família de verdade e enquanto Clara dizia coisas pesadas e Mike estava ocupado demais pra se importa como eu estava, eu conhecia Camila desde que eu me lembro de existir. Não é como se ela fosse minha mãe, ou mais velha que eu, mas eu me sinto segura com ela, ela me faz sentir assim.

E depois veio Carol, eu conheci ela enquanto estava vagando sozinha pelo parque a noite. Nos começamos a conversar sobre coisas aleatórias quando nos trombamos e, mesmo que não da mesma forma que Camila, ela nunca parou de cuidar de mim.

O fato delas cuidarem de mim como se eu fosse a coisa mais importante pra elas, me fez refletir muitas vezes e até sair da vida de merda que tive, às vezes eu não tenho certeza se merecia uma melhor amiga como Camila e muito menos uma como Carol.

Tinha algumas mensagens, mas nenhuma importante até que a notificação de uma mensagem de Carol apareceu na tela. A ruiva me convidou pra um bar com os amigos dela depois da entrevista de amanhã, sorri respondendo que ela podia contar comigo. Eu não sabia que ela estava em solo carioca, mas aparentemente ela chegaria amanhã também, de qualquer forma.

— Gringa, você já está pronta?— A porta foi aberta por Yasmin que estava com um baseado na mão.— Vamos, a Killua vai se atrasar.— Ela me puxou pela mão e o cheiro da maconha invandiu meu nariz, fazendo eu franzir o rosto antes de pegar o baseado da mão dela.

— Eu não vou poder ir, eu sinto muito.— A de cabelos tingidos me olhou como se estivesse brava e soltou a minha mão. Abaixei a cabeça e olhei pro lado, eu deveria nem ter vindo aqui, pra falar a verdade, mas eu estava com sono e não queria atrapalhar mais Priscila e Carol.

— Tudo bem. Saia.— Yasmin pegou o cigarro da minha mão e sorriu fraco pra mim me dando passagem. Sorri torto por ela e acenei pra Louise antes de sair do apartamento.

Peguei o celular pedindo um táxi pra um hotel qualquer. Eu estava sem roupas pra tomar banho, já que minha mala tinha ficado com as meninas. Eu esperaria até a manhã seguinte pra ir até elas, já que está tarde e não sei como elas se resolveram.

Pego o café no balcão e entrego algumas notas a atendente, ela sorriu pra mim enquanto e eu saí do estabelecimento. Já tinha amanhecido e eu estava indo pra casa do casal Capri. A minha entrevista comecaria em menos de 2 horas e eu estava exausta.

Bati na porta das garotas e esperei pra que Carol com os cabelos bagunçados e a cara emburrada abrisse, eu sorri torto e me arrastei até que me joguei no sofá.

— Aonde você estava durante toda a noite?— Priscila perguntou chegando da cozinha.

— Em um hotel, não quis atrapalhar vocês. Vejo que até se resolverem bem.— Sorri travessa olhando pelas casas.

— Eu a pedi em casamento.— A ruiva disse sorrindo largo.

— E eu aceitei.— Carol esticou a mão pra que eu olhasse pro anel e eu sorri surpresa.

— Olha, eu realmente não esperava isso, é sensacional!— Eu me levantei abraçando elas, logo me arrependendo.

— Isso é maconha?— Carol franziu o nariz enquanto me encara séria e Priscila não estava diferente, fazendo com que eu engolisse em seco.— Pode contar aonde estava?

— Não! Eu sou adulta, posso tomar minhas decisões.— Bufei irritada e Carol grunhiu.

— Tanto faz, eu vou falar a Camila caso não me diga.— Priscila disse ameaçadora e eu dei de ombros.

— Eu não me importo!

— Você tá fedendo!

— É... Eu preciso de um banho.— Sorri fraco saindo de perto delas e subindo as escadas.— Não conta pra Camila!— Exclamei e Priscila riu.

— Achei que fosse adulta!— Carol zombou e eu revirei os olhos.

Depois de alguns minutos longo de banho e outros minutos de indecisão, eu descobri o que vestir.

Me olhei no espelho colocando as mãos no bolso e sorrindo com o resultado, estava próximo a entrevista e eu apenas pentei o cabelo e me olhei mais uma vez no espelho sorrindo torto me agradando com o que via.

Me olhei no espelho colocando as mãos no bolso e sorrindo com o resultado, estava próximo a entrevista e eu apenas pentei o cabelo e me olhei mais uma vez no espelho sorrindo torto me agradando com o que via

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(podem escolher outra roupa se quiserem, eu realmente gostei dessa)

Olhos TeusWhere stories live. Discover now