Capítulo 15

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Eu estiquei os meus dias no Brasil, o que rendeu bons xingamentos vindo de Zayn, eu realmente queria entender o que estava acontecendo com o meu irmão porque ele não era desse jeito.

Amanhã teria um jogo importante para o Palmeiras, que é o meu time de coração aqui do Brasil, era um jogo normal do brasileirão, mas eu não perderia a oportunidade de ir até São Paulo e assistir o time jogando.

— Ei, meu bem.— Chamei Carol baixinho, vi a ruiva se remexer na cama e virar de barriga pra cima. Me encaixei encima da Carol e distribuir beijos por seu rosto e pescoço. A ruiva sorriu fraco colocando os braços ao redor do meu pescoço e me apertando em um abraço.— Você estava fingindo que estava dormindo só pra que eu te desse carinho?— Carol abriu os olhos me encarando e sorriu travessa. Fingi está ofendida e me aproximei para beijar ela, ato que foi interrompido pela mesma.

— Você não pode me beijar, acabei de acordar e ainda não escovei os dentes.— Ela disse com a mão na frente da boca.— Eu tenho bafo, e você sabe disso.— Revirei os olhos encarando ela.

— Qual é, não pode ser tão fedido assim.— Digo ao ver o exagero que ela fez em tapar a boca pra falar. Carol concordou com a cabeça dizendo que era sim e eu dei de ombros tirando sua mão da boca.— Eu duvido que seja tão ruim, e se eu vou acordar do seu lado várias vezes, quando um bafo pode me fazer mal? Vai, deixa eu sentir.— Carol negou colocando a mão na frente da boca novamente.— Vamos, não pode ser tão ruim.— Digo manhosa. A ruiva me olhou e eu assenti com a cabeça. Carol tirou a mão da frente da boca e fez sinal pra que eu me aproximasse.

— Olha, foi você quem quis isso.— Ela disse quando me aproximei e eu fingi que tinha desmaiado e me joguei ao lado dela na cama. Carol levantou irritada e saiu pisando fundo em direção ao banheiro.

— Ei, eu só tava brincando.— Corri atrás dela e encontrei Carol escovando os dentes, ela me olhou pelo espelho e eu abracei ela por trás apoiando a cabeça em seu ombro.— Eu fiz café da manhã pra você.— Digo olhando pra ela pelo espelho. Nossos olhos se encontram e Carol suspirou cuspindo a pasta e lavando a boca, antes de voltar pra dentro do quarto. Suspirou jogando minha cabeça pra trás e indo atrás dela novamente.

— Você quem cozinhou isso tudo?— Assenti olhando pra o suco natural, o misto que agora já não estava tão quente e os ovos mexidos.— O que? Desde quando você cozinha? Você mal sabe fazer arroz.

— Assim você me ofende.— Me aproximei dela.— Lógico que sei cozinhar, você nunca reclamou quando foi lá em casa e comeu minha comida.

— É que eu não queria te dizer, mas eu dava tudo pro seu cachorro quando você não tava olhando.— Abri a boca incrédula e Carol riu.

— Isso é sério?— A ruiva assentiu.— Me senti ofendida de verdade agora, como você faz isso comigo? Depois de ter cozinhado com todo carinho pra você.— Me afastei dela fazendo drama e sai do quarto.

— S/n!!!— Ela correu atrás de mim e eu virei o rosto. Desci as escadas e fui até a sala me jogando no sofá.— Eu tô brincando.— Ela se jogou encima de mim e eu empurrei ela no chão. Carol soltou um gemido e se virou com o rosto pra baixo, arregalei os olhos e me ajoelhei perto dela.— Desculpa, desculpa, desculpa.— Alisei as costas de Carol desesperada. Eu estava quase chorando quando a ruiva soltou uma gargalhada se virando pra cima e colocando as mãos na barriga.

— Você tinha que ver sua cara.— Ela gargalhou se levantando e eu cruzei os braços e fechei o semblante.— Eu juro, você tinha que ver seu rosto.— Ela sentou no meu colo, com uma perna em cada lado da minha cintura. Virei o rosto quando Carol tentou me beijar e o beijo dela pegou em minha bochecha.— Você negou meu beijo?— Ela me olhou ofendida e eu virei o rosto outra vez.— Tudo bem, eu não te beijo nunca mais.— Ela levantou do meu colo e antes que ela se afastasse eu segurei seu braço puxando ela de volta.— Me solta, S/n!!— Sorri beijando a boca dela, que de início tentou virar o rosto, mas foi impossível porque eu segurei seu rosto entre minhas mãos.

Coloquei uma mecha do cabelo da ruiva pra trás e ela revirou os olhos colando nossas testas. Ainda não tínhamos conversado bem sobre como levariamos isso a diante, mas por ela e por isso tudo, eu não me importaria de largar as coisas, se eu pudesse ver esse sorriso todos os dias, eu não ligaria nem de morar debaixo de uma ponte.

Depois de tomarmos café, Carol entrou no banheiro dizendo que tomaria um banho e que eu não estava convidada para isso, eu fiz um pequeno (grande) drama, e depois fui pro estúdio dela.

Iriamos amanhã para São Paulo, o melhor disso é que as garotas também iriam, até Camila viria de Miami, mas segundo ela era pra ver o Brasil, e não o time jogar, porque ela não torce pra um time que tem nome de uma planta.

Se tivesse um tivesse chamado Maconha, eu tenho certeza que Lauren torceria pra ele, ou melhor jogaria nele.

Eu estava tocando o piano e cantarolando algumas coisas que surgiam na minha cabeça, quando tinha uma ideia boa eu anotava e voltava a cantarolar, não percebi o tempo passar até que vi Carol entrando pela porta do estúdio e se sentando de lado em meu colo.

— Sabe que horas vamos?— A ruiva colocou o braço ao redor do meu pescoço e eu rodiei sua cintura.

— Acho que daqui a umas 3 horas. Carol e Priscila vão encontrar a gente lá ou vão vim pra cá?— A ruiva deu de ombros colocando o rosto na curva do meu pescoço.

— Acho que temos algo pra conversar, você já vai embora depois de amanhã.— Eu respirei fundo fechando os olhos sentindo a respiração de Carol.— Não quero que isso acabe.

— Eu também não.— Fiz carinho em suas costas e parei a mão em sua cabeça, fazendo cafuné.— Eu quero você assim comigo pra sempre.

— Tem tantas coisas pra resolver além disso, temos tanto pra enfrentar pra ficarmos juntas.— Assenti inalando seu cheiro.

— Podemos fugir juntas, tudo que eu preciso está em você.— Dei de ombros e Carol se levantou pra me olhar, com um sorriso no rosto.— Vamos fazer assim, se você quer só a mim, e eu a você, iremos lutar por isso.— Ela assentiu.

— E como vamos fazer isso?

— Não ficando com mais ninguém, por mais dos nossos relacionamentos falsos, eu vou conversar com a Halsey e com o Zayn, eu não me importo, quero você.— Carol piscou algumas vezes e mordeu o lábio.— Não temos que fazer tudo de vez, vamos aos poucos, só não fica mais com ela.— Ela franziu o cenho.— Ficar com a Dayane, é um relacionamento falso, mesmo que a gente não se assuma agora, não beija ela e não deixa que ela te toque mais, não como eu te toco.— Fiz um pequeno carinho em sua bochecha com o meu polegar e Carol assentiu passando a mão no cabelo.

— Te peço o mesmo.— Ela colou nossas testas.

— Ninguém nunca vai me ter como você tem, Carol. Ninguém nunca me tocaria como você pode me tocar.— Peguei a mão dela e levei pra meu coração.— Ele bate por você.

— Você fala coisas que nunca ouvi antes, é impossível não se apaixonar mais por você.— Ri beijando os lábios da ruiva, ato que foi retribuído.

sem revisão

Olhos TeusOnde histórias criam vida. Descubra agora