Capítulo 14

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Acordo me arrependendo de ter bebido demais ontem, alguns flashs passavam pela minha cabeça, mas não era como se eu lembrasse de tudo, mas eu sabia que até depois do café, eu saberia da maioria e das mais importantes coisas que aconteceram.

— Vejo que acordou cedo.— Priscila entrou no quarto com uma xícara de café na mão e um analgésico na outra.— Considerando que são 13h.— Arregalei os olhos olhando pro horário no meu celular, tinha várias mensagens não respondidas de Camila e Lauren e algumas ligações de Maddy e Cassie.

— Você se lembra de alguma coisa de ontem?— Ela se levantou abrindo a janela. Eu dei um grande gole no café e fiz uma careta quando percebi que ele estava forte e sem açúcar.

— Não muito.— Murmurei colocando a xícara na cômoda e apertando os olhos por conta da claridade.

Priscila suspira e vai até a porta, quando a ruiva abre Carol caí dentro do quarto. Eu franzi a testa enquanto gargalhava da morena no chão.

Depois de Priscila ajudar ela a se levantar, Carol olha pra gente com um sorriso amarelo e ajeita o cabelo.

— Ela ainda não se lembra de ontem.— Carol suspira revirando os olhos e Priscila sorrir fraco.

— Mas, o que aconteceu ontem?— Ela se entre olharam e Carol soltou uma lufada de ar dizendo que não guardaria segredo nenhum e se sentou na cama ao meu lado.

— Nós saímos um pouco pra...— Ela olhou pra ruiva e suas bochechas coraram.— Pegar ar. Mas aí quando voltamos, encontramos você e a Carol dando um beijo.— Eu abri a boca incrédula e olhei pra Priscila. Como assim eu e a Carol nos beijamos?— E então decidimos não nos aproximar, vocês conversaram um pouco antes do beijo. Você tava muito bêbada.

— Verdade, não sei como reconheceu a ruiva.— Priscila disse se sentando na cama também.— Eu não sei o que aconteceu naquela conversa, mas eu quero muito que você se lembre porquê você voltou o caminho inteiro falando sobre procurar a Carol hoje de manhã e contar tudo a ela novamente, só que sóbria e com menos coragem que ontem.— Eu tampei o rosto com as mãos e apertei os olhos. Eu tinha que me lembrar de alguma coisa, mas as coisas pareciam fugir da minha mente.

— Que música tava tocando na hora?— Eu pergunto me virando pra elas, elas dão de ombros e Carol aponta pra mim.

— This Could Be Us.— Ela pula na cama com a empolgação de ter lembrado e eu me estico pegando o celular novamente e colocando a música.— O que você tá fazendo?

— A música que tocava no momento me ajuda a lembrar das coisas, se eu souber a música e ouvir, pode ser que dê certo e eu lembre do que aconteceu ontem.— Expliquei e apertei pra dar play na música. Quando o toque começou a eu fechei os olhos pra tentar me concentrar e rezei pra que eu lembrasse.

— Então, você lembrou?— Priscila perguntou quando eu fiz uma careta e coloquei as mãos no rosto novamente.

— Eu me declarei pra ela.— Priscila abriu a boca e Carol arregalou os olhos levantando da cama.

— Você o quê?!— Ela perguntaram juntas e eu me levantei levando as mãos pra cabeça.

— E ela disse que sentia o mesmo.— Carol soltou um pequeno grito e correu pra fora do quarto, voltando com o celular na mão.

— E porque você tá assim? Ela sente o mesmo por você, vai atrás dela.— A ruiva sugeriu enquanto Carol mexia desesperada no celular.

— Não é assim que funciona.— Me joguei na cama, dessa vez com a cabeça no colo de Priscila.— E se eu estiver errada e não aconteceu realmente isso?

— S/n, para de ser idiota e vai atrás da garota que você ama.— Carol falou impaciente ainda digitando no celular.— Você é muito lerda, meu Deus! Se fosse pra te dispensar, ela não falaria que sente o mesmo.— Eu abri a boca olhando pra ela e ela me encarou por dois segundos antes de voltar a olhar o celular.

— Ela tem razão, você é muito lenta.— Priscila disse começando um cafuné em mim.

— O plano de vocês tem tudo pra dar certo, menos a parte que eu tenho um namoro falso e ela namora também.— Carol bufou se jogando na cama novamente.

— Você tem 20 segundos pra se arrumar, ligar pra sua garota e conversar com ela, ou eu vou ir até a casa dela e fazer com que ela venha até aqui nem que seja arrastada.— Eu me sentei olhando a morena.— O que? Para de ser pessimista, ela sente o mesmo por você, isso já é o começo. Se você não beijar aquela boca, eu vou te socar até você perder a consciência.— Eu pisquei olhando pra ela e me levantando lentamente. Carol me dava medo as vezes, e esse é um desses momentos. Priscila olhava pra noiva com um sorriso e eu sorrir forçado e andei de costas até o banheiro.— 20 SEGUNDOS!— Ela gritou e eu pude ouvir a porta do quarto ser batida.

Eu estava na frente da casa de Carol. O segurança me conhecia, então ele deixou que eu entrasse sem que a ruiva soubesse.

Passei a mão na calça jeans que eu usava, estava nervosa em ver a mulher hoje, meu coração estava batendo descompassado em pensar em como ela reagiria, será que ela realmente me quer ou foi um fruto da minha imaginação?

— Meu Deus, quanto tempo você vai esperar pra bater e eu fingir que não te vi aí?— Ouvi a voz da ruiva do outro lado da porta e sobressaltei. A porta foi aberta por uma Carol sorridente, o que me fez sorrir também.

— Bom, eu...— Cocei a garganta quando ela pulou em meus braços e eu rodei sua cintura. O cheiro de Carol sempre foi o meu favorito, ela sempre teve o mesmo cheiro, mas era como se todas as vezes que eu sentisse fosse a primeira vez. Minha pele arrepiava e eu não queria distância dela, mas como nada é bom pra sempre, ela se distanciou de mim me dando espaço pra entrar.— Eu fiz uma coisa ontem que eu não sei se realmente aconteceu, ou se foi uma invenção da minha cabeça e eu quero muito que não tenha sido.— Respirei fundo brincando com meus dedos enquanto Carol me olhava.— Eu sinceramente se fiz, quero dizer que era tudo verdadeiro, e não por eu está bêbada, eu só tive mais coragem.— Carol assentiu sorrindo.— Então, o que eu fiz teve uma reação positiva, foi real?— Carol se aproximou de mim lentamente e selou nossos lábios, pude sentir ela sorrir enquanto sua boca tocava a minha. Eu congelei por alguns segundos e depois segurei seu rosto aprofundando o beijo.

— Isso responde sua pergunta?— Carol perguntou quando se afastou e eu assenti eufórica e com um enorme sorriso no rosto. A ruiva segurou minha mão e me arrastou pra sala.

— Então como faremos agora?— Perguntei abraçando a cintura de Carol, que estava sentanda no meu colo. Ela me olhou com a sobrancelha arqueada.— Gostamos uma da outra, o que vamos fazer? Se bem me lembro você tem uma namorada.— Sussurei a última parte com insegurança, era um assunto que não queria tocar, tinha medo da magia acabar, dela se distanciar.

— É falso, é um namoro falso.— Ela riu colocando as mãos em meu ombro, logo o sorriso dela morreu e eu olhei pra ela confusa.— E a Halsey?— Eu suspirei olhando pro lado.

— Também é falso.— Eu apertei Carol em meus braços.— Eu sempre quis você, Zayn me colocou nessa rua sem saída quando me disse que você nunca iria me querer.

— Ele o quê?!— Ela me olhou espantada.— Todos sabem o quanto eu te quero.

— O quê?— Agora foi minha vez de está espantada.— Como assim sabem? Eu fui a única a não perceber? O quê?— Ela riu mordendo o lábio de baixo e eu neguei com a cabeça.

— Eu sempre achei que você era doidinha por mim, mas tive medo de está vendo coisas.— Eu abri a boca olhando pra ela incrédula.

— Sempre soube?— Ela assentiu se aproximando de mim.

— Agora sei que é verdade, que tudo que fez é por está apaixonada por mim. Você me trata como se eu fosse uma musa, S/n.— Eu revirei os olhos sorrindo e também aproximando meu rosto do dela.

— Talvez seja porque você realmente é minha musa.— Carol quebrou a distância puxando minha camisa e beijando meus lábios com rapidez.

Olhos TeusOnde histórias criam vida. Descubra agora