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Luna ✨🏝️
Quarta-feira, 3 dias depois...
Quarta feira, não podia ter começado da melhor forma. Andava tão estressada, que acabei perdendo a chave do consultório e a Júlia não estava na cidade.
Acabei almoçando por um café perto do consultório. Estava sentada numa mesa quando vem a Lorena, amiga da Júlia. Não gosto dela, tem a mania que é melhor que todos. Não gosto de pessoas assim.
Lorena: Posso me sentar com vc? — perguntou com um sorriso falso no rosto.
Eu: Pode, claro. — respondi com o mesmo sorriso a encarando. Sabia que pra tá aqui queria alguma.
Lorena: O que está fazendo fora da clínica?
Eu: Nada de mais. — respondi seca.
Lorena: Ouvi falar que teve com a Helena e Coronel na praia. De onde vc conhece? — perguntou olhando para mim.
Eu: Não é que deva satisfação — disse debochada — mas Helena é minha cliente. E a encontrei por acaso com o irmão.
Lorena: Toma cuidado, Coronel não é flor que preste.
Eu: Olha Lorena, se não tem mais nada que dizer, peço que se retire. — disse sentindo o ódio me dominar.
Essa mulher não tem amor próprio po, saiu bem da puta que pariu para me vir pedir justificação de nada. Meu Deus do céu.
Vi a hora e decidi mandar mensagem para Helena.
On📲
Eu: Bom dia Helena, nossa consulta pode ser na minha casa ou no quiosque da praia? 12:40
Lena: Pode sim, onde me encontro consigo? 12:45
Eu: Me passa sua localização que te busco às 13:30. 12:58 Off📲
Levantei-me, caminhei até ao balcão e paguei a minha comida e a minha coca. Fui em direção ao meu carro e abri a localização da Helena. Vi que estava perto.
Chegando lá desci do carro e encarei aqueles homens todos armados, fiquei vendo que é bem parecido ao complexo da maré.
Caminhei em direção a entrada e parei na frente de 2 homens com cara de bravos armados.
Eu: Boa tarde. Queria saber onde mora a Helena Castros. — perguntei, com medo. Não conheci ninguém aqui.
Xxx: O que você quer dela, patricinha. — disse ajeitando o fuzil. — Aqui não é lugar pa tu.
Vi o outro rapaz, pegar o rádio da cintura e se afastar. Passado uns minutos ele volta, falando baixo pro outro.
Fiquei encarando a situação, até ouvir o roncar de uma mota se aproximando. Olhei em direção e vi o gostoso do Coronel, estacionando a mota ao nosso lado.
Ele olhou para mim, e acenou com a cabeça.
Coronel: Mando o papo, Formiga. — disse encarando o rapaz de braços cruzados e me encarando.
Formiga: Ai, chefe, a patricinha tentando subir para sua goma, perguntando da sua irmã. — disse sustentando a encarada.
Nem deixei mais ninguém falar, porque esse tal de formiga não conta as coisa como são não.
Eu: Bem, primeiro que você nem me deixou explicar o porquê de procurar a Helena. — disse olhando em sua direção. Perdi o medo, não sei como. — Depois quem você pensa que é para me dizer que aqui não é lugar pra mim? Perguntei cruzando os braços.
Estava esperando sua resposta quando vi que chegou Lobão fazendo toque com o Coronel e com os dois homens.
Lobão olhou para mim e deu um sorriso.
Lobão: Eai, baixinha. Que cê tá fazendo aqui? — perguntou tentando perceber o que se passa.
Eu: Vim buscar Helena para sua consulta, mas não me deixam passar. — falei sincera.
Lobão: Colfoi Coronel, vai deixar barrar a entrada da doutora? — perguntou encarando o Coronel e o Formiga.
Coronel: Formiga, fica o aviso para tue pra todos. — A psicóloga tem entrada livre daqui no morro, morô? — perguntou se aproximando dele.
Vi que o rapaz ficou calado e apenas assentiu e saiu do meu campo de visão.
