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                                Coronel 🤬💸Rocinha 📍

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Coronel 🤬💸
Rocinha 📍

Decidimos que iríamos comer pelo morro mesmo, queria que ela provasse a comida da minha coroa. Guiei até minha casa. Chegando lá vi que ela parou a meio do caminho e me olhou confusa.

Luna: Onde vamos? — perguntou-me, desconfiada.

Eu: Vou só trocar de roupa, preta. Minha coroa e Helena estão aí. — disse segurando sua mão, para passar confiança.

Luna: Não sei se é o certo. Cê nunca trouxe nenhuma mulher aqui. — disse desviando o olhar do meu.

Comecei com as minhas neuroses, ela estava com vergonha de ser vista comigo? Será possível isso? Não queria fazer merda com ela, então simplesmente fechei minha cara e fiquei na minha.

Eu: Colfoi, Luna? — perguntei, cruzando os braços.

Vi que ela respirou fundo, dizendo que não foi nada e caminhou até á porta, ficando à minha espera. Fiquei uns minutos olhando para ela, para ver se identificava o que se passa, porque estávamos tão bem até agora.

Entramos em casa e a Luna foi logo falar com a minha mãe e irmã. Cumprimentei-as e segui pro meu quarto. Chegando lá vou direto ao armário para escolher uma roupa pra ir comer com ela e vejo minha caixa de drogas.

Fico pensando o porque que ela reagiu assim? Não consigo entender, será que eu não vou ser suficiente nunca ? Quando olhei vi Luna vir na minha direção de cara fechada, tirando a caixa da minha mão.

Luna: O que se passa? Porquê querer usar? — perguntou de costas para mim. Essa doeu. Fala comigo, po. Estou aqui para vc. — senti a sinceridade na sua fala.

Mas eu não sabia o que fazer, não sabia o que estava sentindo e acabei sendo um filho da puta com ela. Vou ficar sozinho, 34 anos nas costa po.

Eu: Colfoi? Que tá fazendo aqui ainda? Pode sair. — disse com a voz mais fria possível e vi que ela fechou os olhos e caminhou na minha direção.

Luna: Cê não precisa dessa merda. Aprenda com seus erros a mudar. Ninguém consegue ajudar você se não se quiser ajudar primeiro. — disse saindo do quarto sem me deixar falar mais nada.

Ouvi ela se despedir da minha coroa e bater a porta, foi o suficiente para eu começar a jogar todo o que tinha na frente contra a parede. Senti o ódio me dominar e a vontade de consumir ficava maior. Até que ouvi a porta do quarto abrir e vi minha coroa.

Dona Márcia: Apollo, você está acabando com sua vida, meu filho. — disse caminhando até mim. Você não pode deixar que o vício te consuma. Vai perder a mulher que te ama, por um vício. — disse me encarando.

Eu: E a senhora quer que eu faça como? — afastei-me dela. — Mãe a senhora sabe que nunca trouxe mulher para cá, fiquei desconfiado porque Luna não queria entrar. Ela sente vergonha por ser traficante. — digo contendo as lágrimas.

Dona Márcia: Ela quem disse isso a você, que sente vergonha?

Eu: Não mãe mas eu vi no olhar dela. — disse me sentindo um merda.

Dona Márcia: Qual seu medo Apollo? Porque que está pondo obstáculos no vosso caminho? — encarei a tendo entender o que dizia. — Você quer essa merda de vida para sempre? — perguntou apontando com os braços para cima da mesa que tinha a droga espalhada.

Tava com um ódio fodido.

Eu: Me deixa sozinho, mãe, por favor. — pedi tentando manter a calma.

Dona Márcia: Não, você não se vai destruir, você vai se recompor e vai atrás do que você quer para sua vida, porque se outro a achar, você pode esquecer. A Luna foi a única mulher que você deixou se aproximar e agora quer deixa la ir, sem a ouvir? — disse se levantando. Saí dessa vida de merda e vai atrás do que te faz feliz. — ela olhou uma única vez nos meus olhos e saiu do quarto.

Tava tentando lidar com tudo o que acabou de acontecer. E acabei por pegar os pinos e abrindo e jogando tudo pelo ralo da privada.

Tomei um banho, vesti uma roupa e fiquei pensando em como iria fazer para tê-la de volta, de como me desculpar.

Sem Medo de Amar Where stories live. Discover now