Capítulo 22

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Autora narrando

Enquanto Devon e Melissa dormiam serenamente depois do êxtase sentido a noite silenciosa escondia segredos e terrores aos quais eles nem imaginavam causar, o demônio que vivia em Devon observava tudo com satisfação, tudo que seu mestre planejava dava certo, ele cumpria a risca suas ordens, um demônio não habita a terra sem ter seu hospedeiro, todo humano precisa de um humano para sair da perdição, seu mestre o rei do inferno queria alguém que pudesse abrir as portas da terra para eles viverem sem ter de se esconderem, eles precisavam da cria de um demônio com um humano para depois tomarem a terra, o sangue do mestiço seria entregue em sacrifício, tudo caminhava conforme satã planejava ele arquitetou bem seu plano desde que Devon foi gerado ele sabia tudo que faria para ter um súdito forte e submisso, todas as dores e traumas foram planejados, agora a pequena garota era parte dessa plano, era seria a parte fundamental de tudo, seu demônio seria o fecundante e ela seria o receptáculo perfeito, sua inocência daria a essência necessária ao mestiço, ele pegaria o recém-nascido e o esconderia, pois assim que nascesse ele seria o alvo de centenas de anjos que não poderiam deixar que ele vingasse ou a perdição seria mutua e se fosse sacrificado traria o apocalipse de novo a todos, ele teria de achar uma forma de tomar o bebe da mãe assim que nascesse, só ainda não sabia como, mas Devon o entregaria a ele, a cada dia ele se enfraquecia e em breve sucumbiria a suas loucuras e traumas.

Enquanto isso na máfia, Claus não havia acreditado no que houve, seu maior aliado, seu amigo e braço direito voltou como o Sheik havia dito, ele só não contava que seu amigo já era aliado do Sheik e que tudo havia sido ditado por ele, juntos eles procuravam uma forma de acabar com o poder negro de Devon para aniquila-lo e pegar a garota que virou a obsessão do sheik, Devon contou com a sorte e acabou entregando seu jogo, ele subestimou seu ex aliado, eles teriam de esperar até terem uma solução para os poderes de Devon, pois se tomassem uma atitude agora poderia ser aniquilados, eles não entendiam porque Devon ainda não havia feito isso ainda, talvez não pudesse, só não imaginavam porque, talvez ele cumprisse ordens, mas de quem? Claus sentia dor e ódio por ser traído por seu amigo, sentia raiva por ser por tão pouco, ele deu tudo a ele, deu um rumo, uma vida, mas ele o traiu e pagaria bem caro por isso.

Em outro canto a inteligência do exército sabia bem o que procurar, o criminoso mais perigoso dos últimos tempos, Devon Kolleman, eles haviam monitorado sua estadia na máfia e visto coisas inimagináveis feitas por ele, eles acreditavam ser feitos por alguém criado em laboratório, o governo queria esta droga para criar o soldado perfeito, Devon seria a salvação da carreira falida de um velho e horrível major do exército, ele criaria o soldado que mataria sem armas e sem precisar recarregar, dando assim o poder máximo ao governo dos estados unidos e a ele também, o mundo se dobraria para eles e nada os deteria.

Devon estava bem encrencado, ele nem podia imaginar o que está por vir, ele ainda tem algo se aproximando, o halloween, ele pensa ser o púnico problema, mas nesse momento, terra e inferno o querem e querem o que ele nem sabe ter.

Devon

Acordei vesti minha roupa e fui preparar o café, Mel ainda dormia, eu sorri ao lembrar do que fizemos, mas cai de joelhos com a dor que se fez presente em minha cabeça, imagens do inferno e de tudo que já fiz me assolaram, eu gritava e me debatia no chão, a dor era insuportável, acho que é meu fim " veja meu caro, é aqui que viverá, é aqui que vivo, estou mais perto, a garota é minha" e várias imagens das piores torturas se faziam presente e esmagavam meu cérebro, eu apenas viam e sentia tudo que faziam lá, comecei a escutar a voz de mel

Mel- Dev, fale comigo, fale comigo! O que está havendo? – ela estava assustada e tocava meu rosto, comecei a me focar na sua voz, as imagens e as dores foram diminuindo, seu rosto ficava cada vez mais nítido e eu regulava minha respiração, ela não parava de chamar meu nome e aquilo conseguia me trazer de volta do lugar escuro em que eu estava ficando preso, logo a dor se foi e eu fiquei apenas atordoado e zonzo, fui me sentando devagar sendo guiado pela pequena criatura a qual me trouxe de volta do abismo várias vezes- você está bem? – ela não parecia a menina doente e com infantilismo, será que tudo que tem passado a está deixando melhor?

Dev- sim, quer dizer... eu acho que sim – a olhei ela estava suja de sangue – o que é isso? Eu te machuquei? – comecei a procurar feridas nela

Mel- não, o senhor sangrava pelos olhos, nariz e ouvidos – passei a mão em meu rosto e minha mão ficou todo ensanguentada, não pode ser, isso nunca aconteceu " estou mais perto", só ouvi ele dizer isso e sua gargalhada me fez sentir outra pontada passageira

Dev- preciso de um banho – me levantei com a ajuda dela, claro que ela não podia comigo, mas ela queria, me apoiei na bancada e ela me escorava, segui lento e com ela envolvendo minha cintura até o banheiro, entramos e ela me ajudou a retirar a roupa, sentei no box e ela ligou o chuveiro, eu já não sentia dor, apenas as imagens do inferno rondavam minha mente, eu jamais poderia esquecer aquilo, tudo lá era fogo e sufocante, gritos de dor e agonia, pedidos de socorro, ela me lavava e eu nada fazia apenas deixava, eu ainda não sabia o que fazer, eu sei que isso são as memórias que meu demônio tem, mas nas outras vezes isso apareceu, ele quer me enlouquecer, preciso ser forte ou talvez eu não consiga voltar da próxima vez. Ela me banhou me secou e me ajudou a deitar, me cobriu e saiu dizendo que me traria o café, eu acendi meu cigarro e enchi meu copo de whisky, bebi em gole só, logo ela entrou pela porta com uma bandeja cheia de coisa e colocou na cama, haviam sanduiches e café e mais algumas bolachas que eu comprei, ela não parecia a mesma garotinha- você está diferente- ela não pareceu entender, comecei a comer devagar

Mel- eu não, só que sei que se você ficar ruim, eu que tenho que tomar conta do senhor, e me sinto mais capaz depois de ontem – ai merda! Claro, ela bebeu meu esperman, isso deve ter ajudado um pouco, gosto do jeito dela, mas sei que com tudo que teremos pela frente preciso que ela esteja bem para enfrentar tudo que pode estar por vir

Dev- você é o que me salva sempre, se você não tivesse aqui, eu não voltaria com certeza – peguei sua mão e ela corou e sorrio, logo me abraçou e eu fiquei sem saber o que saber e quando dei por mim abraçava aquele pequeno ser

Mel- agora não está mais bravo comigo? – ela me olhou curiosa

Dev- bem, veremos... – fiz que pensava e ela fez uma careta

Gargalhei

Dev- é claro que não – ela sorriu – só nunca mais faça nada sem que eu saiba, isso me deixou vulnerável e por isso tem acontecido tudo isso

Mel- então... a culpa é minha pelo senhor ter sangrado daquela forma? – seus olhos encheram de água

Dev- em parte sim – ela derrubou uma lágrima- não vou passar a mão na sua cabeça e dizer que não, pois foi sim, você tendo contato com ele o deixa mais forte e me deixa fraco, ele quer me tirar de cena, e você o ajudou a me enfraquecer mais, por isso fiquei bravo, mas logo vou estar bem, só não faça mais, ou talvez eu jamais voltaria para você- ela se agarrou a mim

Mel- desculpa, desculpa- eu acariciei sua cabeça e disse

Dev- é claro que sim, agora esqueça isso – ela concordou e começou a comer também e assim ficamos toda a manhã, deitados e abraçados, apenas juntos até que o pior dia chegue, teremos tempo de ficar em repouso pois não sabemos o que está por vir...

Quero ver o que tem No Escuro- LIVRO 1 Saga Luz e EscuridãoWhere stories live. Discover now