Capítulo 4

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( Música para o capítulo: Brennan Savage- look at me now)


Devon

Assim se passaram anos de treinamento, 7 no exército sobrevivendo a condições sobre-humanas e as coisas mais terríveis que se possa imaginar, em meio a tiros, cansaço e até canibalismo, eu me sai sempre melhor que todos, ao longo deste tempo, fiquei mais alto, mais forte e mais frio, mais sedento de mortes e sangue, senti que finalmente era o que queria fazer, eu estava em meio a morte e carnificina, tudo que sempre me cercou agora fazia parte de meu mundo sóbrio, meu apelido era Devill, Ghost Devill, pois eu era rápido e invisível, apenas sangue e morte me cercava, eu nunca mais falei, era praticamente mudo, acordava suando em algumas noites com pesadelos do dia maldito que tive, mas nenhum som sai de minha garganta, eu não sentia nada, apenas ódio e prazer, eu nunca mais toquei ninguém, nem gostava que me tocassem e todos sabiam disso, os que ousavam morria sem nem ao menos saber como, então isso se tornou o que sou, algo intocável e sem som, por isso Ghost Devill.

Nunca mais senti desejo sexual, acordava depois de 20 dias com meus fluídos espalhados por minhas pernas, mas eu não sentia desejo, era apenas meu corpo expulsando o que eu não expulsava, no último ano de treinamento eu fui a uma missão no deserto, lá eu entendi o que era a voz e de onde ela vinha, do inferno, era o próprio satãn falando comigo, ele me levou pelos caminhos que andei e assim chegava a hora de eu retribuir e servir a ele, fui ao ritual e em meio a gritos mortes e sacrifícios eu o aceitei, o senti entrando em mim, o senti me fortalecendo e aplacando um pouco dos tormentos, ele não estava dentro de mim, apenas estava ligado a mim, eu era seu servo, era seu instrumento, agora as almas que por mim fossem arrancadas de seu corpo, serviam de alimento para seu reina maligno, era isso em troca de poder, glória e tudo que eu desejasse, mas o desejo sexual eu não queria, o que fiz a Evie me perturbava, me apavorava e jamais me deixaria estar em uma relação sexual, era o que eu acreditava.

Depois disso passei por morto para os USA e passei ao treinamento da família, 3 anos aprendendo e sofrendo coisas absurdas novamente, mas agora parecia mais fácil, meu mestre estava comigo, matei colegas para não morrer de fome, usei suas peles para não morrer de frio e no fim, só eu sobrevivi, eu cheguei ao fim e agora aos 39 anos sou o executor e braço direito do capo Claus, ele agora confia em mim plenamente.

Então agora tenho carros que valem fortunas, motos, iates, casas e mansões, mas nada disso consegue tirar os gritos de Evie de minha mente, nem mesmo satã foi capaz de tirar isso de mim, hoje fui chamado pelo meu capo a comparecer a sua sala.

Ando pelos corredores enormes de sua enorme e assustadora mansão, não para mim, mas é assim que todos a veem, assim que bato a porto escuto sua voz me mandar entrar

Claus- olá meu caro, chegue mais perto, tenho algo que só você conseguirá executar, estes outros são um cuzões e temem castigos daquele que você não pode ouvir o nome – senti meu demônio rosnar e isso é audível aos que me cercam, não é irreal, todos podem ouvir seus sons dentro de mim e isso os deixa temerosos e em pânico, sua risada é ouvida sempre que torturo e degusto pedaços de minhas vitimas – preciso que vá até este convento – ele me mostra a foto – preciso que pegue todas as garotas com 16 até os 20 e as traga até aqui, as menores tragam até mim, vou prende-las até estejam maduras para lucrarmos, o nosso grande comprador e parceiro um Sheik quer uma garota virgem e jovem para desfrutar, mas ele quer algo diferente, quer uma menina que encha seus olhos, então por isso quero todas estas, uma há de encantar o porco do Sheik, este merda nos rende muito e não podemos nos indispor com ele ou seus terroristas acabam com tudo, eles são fortes e muito armados, apenas você consegue isso, vá, e traga as garotas para cá, confio em você, Ghost Devill- apenas concordei e dei meu sorriso mais diabólico, um convento? Isso vai ser divertido! Sai da sala com uma euforia que só eu sabia que sentia, por fora era como se nada me afetasse, ninguém se aproximava, ninguém ousava respirar demais perto de mim, eu era temido e respeitado, eu não falava, mas todos sabiam quando deveriam me seguir e assim foi, sai da sala sendo seguido pelos homens que estavam sob meu comando, eram um total de 50 homens muito bem armados e treinados por mim, nunca teriam a minha força e a minha resistência, mas me serviriam até que eu acreditasse em seu potencial, assim entramos em carros negros como minha alma que nem habita mais em meu corpo, ela pertence ao mestre, ele me mostra as brechas e tudo que devo saber antes de cada ataque, eu sei onde vou e por onde vou, vejo tudo em vermelho e eu ricos detalhes que ninguém mais ve, em troca, eu entrego as almas a seu bel prazer, sou feliz assim.

Assim que chegamos em frente ao convento entro com tudo nos portões daquela merda sem pena de arrebentar meu carro, os portões se abrem liberando meus demônios, assim que desço do carro usando uma camisa social vermelha e uma calça preta armado até os dentes arremango a camisa deixando todos os desenhos que adquiri ao longo dos anos aparecerem e a camisa marcar meus enormes músculos adquiridos em parte pelos treinamentos e em parte pela força que o mestre me forneceu em troca de meus serviços, um sorriso se faz presente assim que sinto meus pés queimarem ao pisar em solo completamente sagrado, não me importo, não irá me parar, sigo caminho e meus homens pulam do caminhão vindo atrás de mim então arrombo a porta do convento com apenas um chute e começo a atirar em todas as malditas freiras que vejo, meu mestre irá gostar do presente, então elas caem uma a uma restando apenas gritos das garotas histéricas e apavoradas, assim que abaixo minha arma, meus homens sabem que é hora de entrarem, e entram pegando as garotas e matando as freiras que sobraram incluindo um padre, enquanto eu menciono em pensamento as palavras sagradas entregando o que é de meu mestre e acendo meu cigarro e fico de costa rindo com a gritaria e o cheiro de morte que se instala no lugar e aos poucos ele deixa de ser sagrado e meu pés param de queimar e se regeneram, enquanto ergo as mãos gargalhando com meu demônio e debochando do que habita acima de tudo, eu sou o mau, a perdição aqui na terra, ele me tirou tudo, me deu sofrimento me largando diretamente nas garras do mestre e eu farei juz a quem me amparou e me guiou, então assim que tudo está limpo e as garotas estão no caminhão eu sinto o cheiro de gasolina e meus homens já estão a postos em seus veículos e eu jogo o isqueiro fazendo tudo entrar em chamas e meu demônio gargalhar alto se fazendo ouvir por todos ali, é algo assustador e macabro sua vóz junto de minha expressão, meu homens se curvam e eu gargalho entrando em meu carro e saindo a esmo em alta velocidade e satisfeito por ter realizado mais uma vez o que me foi ordenado, em breve eu ordenarei.

Quero ver o que tem No Escuro- LIVRO 1 Saga Luz e EscuridãoWhere stories live. Discover now