Capítulo 34

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Devon

Assim foram se passando os dias, calmos, eu cortava lenha, caçava e pescava, ela sentia fome demais, sua barriga cresce rápido demais, sei do que ela tem fome, mas eu não posso dar a ela isso, por aqui não há uma viva alma, e se eu der o que ela quer, sei que o mau vai se fortalecer e se for para esse bebe ser mal, prefiro que morra, ela não sabe que penso assim, ela não precisa, apenas estou pensando em nós dois e em nosso futuro.

O Demônio que vivia em mim nunca mais tentou voltar a meu corpo, eu fiz tatuagens novas, sigilos em mim e nela, ela reclamou, sentiu dor e vi o bebe se revoltar dentro dela e apagar a tatuagem, mas assim que ela tocou sua barriga e falou com a barriga dizendo que era para o bem dele e que assim ninguém que quisesse leva-lo dela poderia nos encontrar ele se aquietou e eu terminei o desenho e desta vez ele ficou ali, eu sinto algo de errado, sei que ele não será tão bom, mas não consigo deixar de sentir que é meu filho, quando toco sua barriga sinto um amor que jamais senti, algo tão sublime, me sinto mal por deixa-la sentir tanta fome de carne, carne humana, ela sofre com isso, está fraca, debilitada, só não quero perde-la.

4 MESES DEPOIS...

Mel está fraca, não acorda a 3 dias, preciso dar a ela o que precisa ou sinto que vou perde-la, a banho e ponho uma roupa limpa, ela come comida normal e bebe água, para logo em seguida vomitar tudo

Dev- merda! – digo limpando ela e a colocando deitada, ando pelo quarto e me visto, ponho roupas de frio e ponho meu revólver na cintura e várias facas, esta tarde e escuro, neva lá fora, mas vou ter que sair e o primeiro humano que encontrar, bem eu serei a última coisa que ele verá.

Mel- onde você vai? – sua voz sai fraca, me abaixo ao seu lado e faço carinho em sua cabeça e em sua enorme barriga, ela está de apenas 5 meses, mas parece que vai dar a luz a qualquer momento, o bebe suga tudo dela, é forte grande e se desenvolve rápido, ela não vai aguentar, eu não sei quanto tempo dura uma gravidez de um demônio, mas se forem 9 meses ela não chegará ao sétimo sem comer o que precisa.

Dev- vou a cidade, você precisa comer – ela me olha sem entender – comer o que precisa, sabe que o bebe que carrega não é normal e quis te-lo não irei te perder por isso, terá de comer o que vou trazer, já fui um deles, sei do que precisa, ele vai te sugar e não irá ter forças para mais um mês se quiser te-lo – ela assente e segura firme minha mão

Mel-volte logo, não me deixa sozinha, tenho medo- ela aponta para a barriga – dele... – ela fala sem falar, como se temesse que o bebe escute, droga, eu sabia, ela o ama, mas sabe o que ele é, eu devia ter acabado com isso antes, me viro e saio, não vou aguentar perde-la para esse coisa, assim que nascer, eu acabo com isso.

Assim que saio sinto a caminhada difícil, são horas e oras sem parar, mas logo chego perto de onde o carrinho de andar na neve ficou, monto nele e vou o mais rápido que posso e que ele anda, assim que avisto as luzes da cidade um alivio me toma, estaciono em um lugar discreto, e saio em direção aos becos e vielas, está frio e nevando, não há uma viva alma na rua, ando mais e vejo que 1 homem sai de um bar, será ele, o sigo até onde seja mais afastado, ele caminha 2 quadras mais ou menos e para pra mijar e nesse momento ele sente minha presença, confesso que estou nervoso, nunca mais matei, não depois daquele dia

xxx- quem, quem é você? O que quer? - sorrio de lado, adrenalina me dominando, apenas miro nele e atiro, bem na testa, vou precisar do coração, ele tomba e confesso que a sensação de poder me domina, é uma sensação única tirar a vida de alguém, após inalar o cheiro da morte o arrasto até longe dali e ponho num saco, apago e limpo qualquer evidência e a nevasca vai se encarregar do que ficar, então sigo viajem pela neve, é quase manhã, então assim que chego até onde o carrinho vai desço dele e pego o saco com o homem dentro, não vou conseguir levar tudo a pé, preciso pegar apenas o que preciso, então o levo até a beira de um penhasco e começo a carneada, pois é isso que farei, tiro o coração o fígado o sangue e ponho dentro de sacos separados e o sangue em uma garrafa, o que sobra jogo do penhasco, os lobos e coiotes farão o resto, e o resto a neve se encarrega de soterrar, e assim começo a caminhar de volta para casa, creio que isso será o suficiente para ela aguentar mais um mês, depois disso terei de fazer novamente.

Depois de horas de caminhada e com minhas energias quase se esgotando vejo a casa ao longe, então recobro o que me sobra de forças e chego até lá.

Abro a porta e vejo que tudo está como deixei, Mel ainda dorme, está fraca, coloco o que trouxe em pratos e ponho o sangue em um copo e então levo até ela, toco seu rosto sereno e pálido

Dev- cheguei Baby, trouxe algo para comer – ela sorri e a ajudo a sentar e então ponho a bandeja com o coração e o fígado em um prato e o copo de sangue, ela me olha apavorada

Mel- vo-você, ma, matou alguém? – ela põe as mãos na boca

Dev- precisa comer, se quiser ter o bebe, precisa comer isso – ela olha descrente e com certo nojo, mas aproxima suas mãos tremulas dos órgãos, pega o coração e hesitante leva até a boca, assim que seus dentes se cravam na carne macia seus olhos brilham diferente e o nojo e completamente substituído pela fome e pelo prazer, ela devora sem delongas, e em minutos tudo foi devorado e o sangue do copo desce por sua garganta como um homem que bebe água pela primeira vez em 6 dias de caminhada no deserto, pedaços e gotas se espalham por seu rosto, roupa e cabelo, ela parece comigo quando precisava me alimentar.

Ela solta o copo respirando ofegante e então parece voltar a si e olha como está, sua cor parece melhor e não parece mais sem energia, sua barriga se contorce, é o bebe feliz por conseguir o que quer

Mel- eu, eu não sabia que poderia ser tão bom – ela me encara

Dev- não é você que gosta, é ele – toco sua barriga e uma pequena mãozinha toca a minha, sorrio e deixo uma lágrima escorrer, meu filho me sente, então Mel me olha e aquele sangue em seu corpo me faz sentir algo diferente, parece tão atraente, sem pensar a beijo como se o mundo fosse acabar, ela geme entre beijos e mordidas, o gosto do sangue, o cheiro me deixa alucinado então rasgo suas roupas e penetro sem nem ao menos pensar, ela está em minha frente com as pernas abertas me recebendo e gemendo, sua barriga enorme e suja de sangue me excita, ela geme e joga a cabeça para trás, então entramos em um frenesi, meus urros se fundem aos gemidos dela e minha semente se jorra em seu interior, mais uma vez, é como se precisamos disso para sobreviver, então assim que terminamos de sentir os espasmo, nos olhamos e começamos a rir

Dev- bem isso foi intenso – sorrio tocando suas bochechas coradas

Mel- foi incrível! Agora vamos tomar um banho! 

Quero ver o que tem No Escuro- LIVRO 1 Saga Luz e EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora