c a p i t u l o 17

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Henry

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Henry

26 de Julho em Seattle

Meu corpo ainda formigava.

Na verdade, a minha vontade era pegar aquele celular e atirar pela janela.

Não foi o suficiente. Eu queria mais de Everest.

Pretendia acalmar, o que acreditava ser impossível, a inquietude do meu peito quando agarrei-a e trouxe para mim. Finalmente pude sentir o quão macios eram os seus lábios, e o quão quente era a pele debaixo daquele moleton.

Tinha algo dentro de mim. Aquela onda estressante e que me deixava com vontade de socar os meus adversários na gaiola.

A diferença, é que eu queria mais da sua boca, queria mais das suas mãos em mim. Queria sentir sua pele sedosa em contato com os meu dedos destruídos. Porra! Eu precisava da garota à minha frente e estava ao ponto de não deixar ela ir embora. Era uma possibilidade que brincava com a minha cabeça.

Algo também esquentou quando questionou sobre Denali. Talvez não tenha notado, ou quem sabe pudesse se convencer de que não passava de curiosidade, mas eu notei a pitada de ciúmes em sua voz. Era como se eu sentisse o gosto amargo em sua boca quando uma careta pintou seu rosto ao me questionar se já comi sua irmã, só que em suas palavras mais suaves.

Minha "relação" com Denali, estava longe disso. Muito longe.

Mas naquele instante eu estava focado em suas expressões; em como ela ofegava, em como engoliu ao ouvir o que Denali falava no outro lado da linha, no quão bem ficou nas roupas que comprei especialmente para ela.

Será que Everest ficaria ainda mais assustada quando subisse ao meu quarto e visse uma dezena do perfume que ela usa enfileirados, esperando por ela?

É, não foi difícil descobrir nada daquilo. Nem suas músicas, nem seus livros sobre atividades sociais e muito menos os hobbies, que eram ajudar pessoas quebradas, necessitas.

Ela era perfeita. Nobre.

Mas estava olhando para mim como se soubesse exatamente o que eu tinha feito, e eu tinha certeza que sabia.

Minha little fox era esperta, apesar de ser fraca e confusa quando o assunto era o que sentia. Não foi difícil perceber aquilo. Mas eu iria ensiná-la, sim.

- Eu estou... - Mordeu o lábio e olhou para os lados, meu pau pulsou dentro da boxe com a visão dos lábios macios sendo puxado pelos dentes. Que mulher dos infernos - Eu estou bem, Denali. Quando a chuva estiver calma eu voltarei para casa. Prometo. - ela me olhou, alcei a sobrancelha em desafio, mas ela incrivelmente não desviou.

O que ela faria comigo? Me xingaria? Me chamaria de psicopata outra vez? Ela até poderia estar certa, mas eu não era um psicopata. Eu só guardei a minha fraqueza, de modo que ela foi esquecida e apartir de então sou movido pela raiva. Eu sinto tudo, sinto tanto que preciso fazer algo para amenizar. Mas não era um psicopata.

EFEITO DO CAOSWhere stories live. Discover now