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Layla estava na cozinha, fazendo o jantar quando ouviu a voz de Dick.

— já volto.

Ela o olhou confusa e o viu saindo. Ela olhou pros outros e se aproximou pra ver a reportagem.

— será que ela tá bem? — Rachel questionou.

— depois de pular daquela altura? Dúvido — Gar disse.

Jason olhou pra Layla. A garota não tinha nem cicatrizes pra provar sua morte. Só ele e Bruce viram o que aconteceu e sabiam com detalhes como ela simplesmente voltou a respirar.

— ela pode ser como você? — ele perguntou.

— não. Ela não é — ela voltou pra cozinha, terminando o jantar.

Ultimamente cozinhar estava sendo a única coisa que a acalmava, que deixava sua mente em silêncio. Se lembrava o tempo todo do que aconteceu dias atrás, quando Rachel precisou entrar em sua mente e presenciou seu descontrole. Poderia ter machucada ela.

Poderia machucar qualquer um deles a qualquer minuto e sabia bem o porquê. Aquele lado que trancava a sete chaves dentro de si, não podia sair, nunca.

Ela terminou o jantar e minutos depois Dick entrou com a garota de cabelos platinados nos braços.

— Layla, me ajuda.

A garota se aproximou prontamente e o guiou pra um dos quartos vagos, os outros três os seguindo. Dick a colocou deitada na cama e se afastou pra Layla analisa-la. Seus olhos brilharam amarelos e ela os passou pelo corpo da garota como um raio x.

— o corpo tá se curando sozinho — ela tocou o curativo do olho da garota, tirando brevemente pra ver o estrago, Gar virando o rosto pro lado pela agonia e nojo. —  estranho... — murmurou e eles a olharam confusos.

— estranho? Estranho como? — Gar perguntou.

— foi induzido propositalmente. Alguém arrancou o olho dela.

Eles fizeram uma careta e Layla trocou o curativo.

— temos que esperar ela acordar pra ter certeza.

O mais velho concordou e eles saíram do quarto, os três foram andando na frente mas Dick segurou Layla pelo braço.

— acha que ela é confiável? — ele perguntou.

— minha opinião vale tanto assim?

Ele soprou uma risada, cruzando os braços.

— foi sincera comigo, me entregou uma das injeções pra análise. Ganhou minha confiança e meu respeito Layla.

Ela sorriu e cruzou os braços também, logo voltando a ficar séria.

— não confio nas pessoas facilmente Dick, mas tem alguma coisa nela — ela disse.

— como o que? É tipo... Uma aura?

Ela fez uma careta, não sabendo explicar.

— é mais uma sensação.

— tem a ver com aquilo?

Ela concordou e Dick percebeu Jason os olhando do corredor. Ele tocou o braço de Layla e a guiou pra sala onde passava a maior parte do tempo, a sala dos computadores, a sala de controle.

— estou procurando alguém que possa te ajudar.

— a única pessoa que pode me ajudar não pode me ver — ela disse.

Ele suspirou frustrado, no fundo sabia que ela estava certa.

— não tem outra pessoa?

— tem o laboratório, mas não volto lá nem morta.

RED, Jason Todd - NVWhere stories live. Discover now