Capítulo 1

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Ano: 2060
País: Brasil

Paraná escutava vozes perturbadoras em sua mente, algo entre o lúcido e o mundo dos sonhos e acordou assustado no chão frio, confuso em um quarto pequeno apenas com roupas do corpo, ia se levantar mas sentiu uma forte tontura caindo sentado e com a cabeça doendo.

—Isso passa, acho que bateram na nossa cabeça.

Olhou para a direção da voz e Amapá estava sentado no chão no canto da sala.

—Amapá? O que é isso? O que está acontecendo?

—Eu também não sei, eu acordei faz um tempo aqui, do mesmo jeito que você, no chão sem entender nada. Estamos presos e essas paredes são de concreto e a porta ali não abre.

Paraná olhou a sala com mais atenção, realmente as paredes eram de pedra e a porta estava fechada, observou também que tinha uma câmera no topo da sala, estavam sendo vigiados.

—Isso é um pesadelo, estamos em cativeiro, precisamos sair.

—Como? O que faremos, se realmente estivermos presos ou sei lá, ninguém vai nos ouvir.

O paranaense estava pronto para chorar em desespero, o que era tudo aquilo? Por que não se lembrava do que aconteceu antes? Por que justo ele e Amapá?

—Merda, e agora? Vamos morrer?

—Eu não sei...

Amapá já sentia um pouco da vontade de desistir já que pelo tempo que acordou não tinha acontecido nada e a porta de metal estava trancada por fora e só a força do corpo não faria ela abrir.

—O que é isso? –Paraná mostrou o pulso com uma única pulseira com o número 12.

—Eu também tenho. –mostrou a dele com número 7. —Também não sei o que significa.

—Que porra é essa? Por que estão fazendo isso. QUE CARALHOS É ISSO? EI SEU PAU NO CU. –Gritou olhando para a câmera. —VEM ME TIRAR DESSE INFERNO, VEM AQUI SE FOR HOMEM MESMO, COVARDE SEU MERDA.

—Paraná? Paraná? É você?

Escutaram a voz e Amapá se levantou do chão tentando identificar de onde vinha.

—Quem...Quem é? Cadê você?

—Paraná, somos nós aqui –Escutaram batidas do lado direito e correram até a parede encostando o rosto. —Está me ouvindo? Sou eu Capixaba e o Buco tá aqui comigo.

—Capixabinha? Eu tô aqui e o Amapá também.

—Ai meu Deus, não estamos presos sozinhos, o que está havendo? –Buco parecia mais aliviado, mas ainda tinha tensão na voz.

—Não sabemos, acordamos aqui e não lembramos de mais nada.

—Nós também, o que vão fazer conosco?

—TEM ALGUÉM ME OUVINDO, ALGUÉM NOS AJUDA POR FAVOR.

Os quatro se calaram ao escutar batidas violentas no ferro um pouco mais longe das paredes.

—Sampa? SAMPA!

—Capixapa? ABRE A PORTA, NAO CINSEGUIMOS SAIR, NAO TO OUVINDO VOCÊ DIREITO.

—SAMPA ESTAMOS PRESOS, NÃO SEI A QUE DISTÂNCIA MAS NÃO PODEMOS SAIR.

—PAULO, ESTÁ ME OUVINDO? QUEM TA COM VOCÊ? –Paraná gritou já que podia ouvi-lo também.

—SOU EU, GOIÁS.

—Droga, que merda é essa? Por que estamos presos?

Ouviram um som de alarme alto e cobriram as orelhas, tentando escutar a voz robótica junto a sirene.

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