Capítulo 3

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40 minutos até o segundo ataque.

O corpo da Amazonense foi deixado dentro do depósito onde ela foi encontrada, coberta apenas por uma cortina velha que a Baiana achou, para dar a ela o mínimo que podia, já que não podiam nem ao menos fazer um funeral e já tinham esperado por "alguém" para que ao menos tirassem o corpo da garota, mas ninguém apareceu, ou seja, até isso seria responsabilidade deles.

Os vinte e cinco estados restantes se uniram em uma sala do segundo andar que parecia uma sala comum de exames clínicos, o clima entre eles era desconfortável. Pará ainda sofria do seu luto e da sua raiva e os outros não tinham coragem de dizer nada para ele naquele momento.

—Então, vocês acham que a pessoa infectada está armada? –Paraná começou tentando tirar aquele silêncio horroroso.

—Faz sentido não? Quem mais mataria assim de cara? –Acre que acabou sendo dupla do paranaense resolveu falar por ele.

—Mas e se tiver coisas por ai, talvez? –Sul questinou e Acre deu de ombros.

—Olha acho que devemos revistar um por um. Se não tiver nada então alguém achou algo para matar.

—Ele primeiro. –Pará falou apontando para Norte.

—Eu já disse que não foi eu, pode me revistar eu não matei a Amazonas.

—Eu olho... –Rio falou e chegou perto do nordestino passando a mão no seu corpo, os braços estavam expostos, então foi direto para peito, quadril e costas. Depois pernas até chegar no pé. —Não tem nada.

—Se ele escondeu a arma?

—Pará, já olhamos no depósito não tinha nada, ele teria que sair esconder a faca e voltar. Alguém teria visto. –Brasília respondeu frustrada.

—Então vamos olhar todo mundo, quem é o próximo? –Rio comentou e Pernambuco levantou a mão.

—Não tenho nada pra esconder mesmo.

E assim seguiu, Rio revistou os amigos, os inocentes e os infectados não sentiu nada, também foi revistado pelo Pernambucano e não tinha nada, e por fim Sergipe. Que não tinha falado nada ainda e quando Rio tocou o quadril do loiro olhou para ele e puxou o objeto afiado.

—Eu... eu posso explicar.

—Filho da puta, você tava encobrindo ele, é isso? –Pará voltou a gritar com Norte ameaçando ir pra cima dele e os outros o seguraram de novo.

—ELE NÃO ME PROTEGEU, NÃO MATEI A AMAZONAS, EU JURO.

—PAREM DE GRITAR INFERNO! –Roraima disse sentindo uma enxaqueca tomando conta da sua cabeça.

—Espera, ele ficou comigo o tempo todo  não pode ser ele. –Minas protestou.

—Mas se você o ajudou? São dois infectados não é? –Catarina falou com os braços cruzados.

—Gente não foi eu, encontrei a faca na cozinha antes de ouvir o pedido de socorro. Guardei por segurança, não pensei que iam desconfiar de mim por isso, temos que nos proteger né?

—Não acredito nele, acho que Pará tem razão. E se Norte tentou proteger você? Pode ter visto você matando e não quis que levasse a culpa. –Matinha falou olhando com medo.

Sequestrados Where stories live. Discover now