Capítulo 4

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5 minutos até o segundo ataque.

Rio Grande do Sul estava sentado em uma sala de raio X, balançando a perna freneticamente enquanto Rondônia andava de um lado para o outro, roendo a unha do polegar pensativa.

-Bah, para com isso guria, tá me deixando nervoso.

-"Bah" acha que só você que tá nervoso aqui? Égua...

Voltaram a ficar em silêncio e balançava as pernas nervoso então a nortista parou na sua frente olhando para ele.

-Acha... acha que o Tocantins é o infectado?

-Tu convive mais com ele, o que tu acha?

-Eu não sei. -Sentou no chão cobrindo o rosto, estava apavorada de ver um amigo matar o outro na sua frente. -Eu não acho que foi o Sergipe que matou a Amazonas, ele e o Minas foram os últimos a chegar.

-Você lembra quem já tinha chegado lá?

-Hm... Capixaba e Buco, Acre e Pará nós dois, Brasília e Paraíba, Bahia e Alagoas, Amapá e Paraná... não lembro todo mundo. Mas foi esses...

Sul passou a mão na barba pensativo e franziu a testa, suas suspeitas iam crescendo ao longo do tempo.

-Rondônia, aquilo que você achou antes e disse que deixou aqui, cadê?

Rondônia se levantou até a parte da sala onde ligava a máquina de raio X e puxou do chão o bisturi afiado trazendo de volta para ele.

No primeiro ataque...

-Olha o que eu achei, acho que é uma faca pequena. -Rondônia arqueou a sobrancelha e Sul veio olhar e suspirou pegando o objeto da sua mão.

-É um bisturi, não segura de qualquer jeito isso corta muito.

-Sério? Então eu vou usar?

-Pra que?

-Vou fazer uma cirurgia pra tirar sua pedra nos rins, o que tu acha? Podemos cortar alguém com isso...

-Não acho boa ideia.

-Não precisa fazer, eu que achei.

Ouviram gritos de socorro se assustando e Sul quando ouviu a voz do irmão foi na frente e Rondônia sem ter onde deixar o objeto largou ele no chão escondido, e foi até os outros e quando Acre sugeriu revistar todos que tivessem armados, Sul olhou para a garota e ela balançou discretamente a cabeça para ele em negação e quando foi revistada não tinha nada.


2 minutos para o segundo ataque.

-Ro, acho que o Acre é o infectado. -Sul disse baixinho para que ninguém no corredor escutasse.

-Por quê?

-Você viu que ele queria que fossemos revistados, por que achou que o infectado estivesse armado? Mas se tem dois infectados e um for ele, talvez ele tenha chegado aqui com uma arma mesmo, matou a Amazonas e disse aquilo para jogar a culpa no outro infectado e tirar ele da vista.

-Acha que ele fez isso? Mas o Acre ele nunca seria capaz de...

-Pensa comigo, o Pará estava com tanta raiva do meu irmão que o Acre falou por ele o tempo todo, ele deu aquela ideia. O Sergipe pode não ter matado mas se era o infectado ele fez isso de propósito.

Sequestrados Where stories live. Discover now