32. Dois corações quebrados

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COREY CONWAY

— Não sabia para onde ir, a primeira pessoa que pensei foi você! — Com minhas voz falhando eu tentei falar pela última vez.

— Meu amor. — Ela disse assim que meu corpo caiu ao chão sem força nenhuma.

Ela, me chamou de meu amor?

Hailey me chamou realmente de meu amor?

Isso realmente foi real?

Se eu tivesse com um mínimo de forças teria lhe beijado nesse exato momento sem nem pensar em mais nada, mas infelizmente não estou com uma condição boa, e também percebi que Hailey nem percebeu que me chamou de meu amor. Deve ter sido da boca para fora.

Merda! Ela nem vai se lembrar de quase ter feito um ataque cardíaco com meu coração.

Olhando aos olhos da garota vi preocupação, medo, desespero. Ela está preocupada comigo?

Não pude ter essa certeza de imediato, pois eu apaguei. Desmaiado meus olhos pesaram, e os fechei sendo vencido pelo cansaço de andar nas ruas sem rumo algum e com uma chuva forte caindo sobre meu corpo.

Não sei quanto tempo eu fiquei apagado, mas quando eu acordei Hailey dormia sentada ao chão do lado de sua cama com sua mão segurando a minha e sua cabeça apoiada na cama.

Olhei ao meu redor e sente um pano em minha cabeça, peguei ele com minha mão livre e sente ele meio molhado e aquecido, ao lado da cama tem um balde de água, provavelmente água quente para me esquentar durante a noite. Devo ter ficado com febre pela chuva que eu peguei.

Não sabia o que fazer, ainda estava chovendo lá fora pelo barulho. Estou confortável na cama de Hailey, mas ela com certeza não está pelo jeito que está deitada. Não pude deixar de dar um sorriso vendo a cena na minha frente.

Tentei soltar de sua mão para sair da cama e colocar ela na cama confortávelmente para dormir o restante da noite, mas foi em vão meu esforço de fazer tudo sem que ela acordasse.

Seus olhos de chocolate abriram e foram direto aos meus olhos. Sua mão livre foi até minha testa e sua expressão pareceu estar aliviada de saber que não estou mais com febre.

— Graças a Deus você está bem! — Disse a garota mexendo seu pescoço dolorosamente pelo jeito que adormeceu ao meu lado.

— Me desculpa. — Ela soltou minha mão sem nem perceber.

Um vazio em minha mão foi perceptível.

— Cala a boca Corey, estou brava com você! — Falou alterando sua voz se levantando do chão e ficando longe da cama onde me sentei na mesma. — Acha mesmo que quero um pedido de desculpas?

— O que eu fiz? — Pergunto confuso.

— Jura que não sabe? — Perguntou mais brava ainda e me deixando ainda mais confuso.

— Eu não sei Hailey, o que eu fiz para você, que eu saiba não fiz nada.

— Exatamente, você não fez nada, estou te ligando desde o dia de sua discussão com Ashley que foi uma semana atrás.

— Me...

— Você não vai ao colégio, não me atendia minhas mil ligações, depois seu celular fica desligado, não recebe mensagem nenhuma, que droga garoto, você tem problema de cabeça?

— Hailey...

— Você sumiu do mapa sem me dizer nada, me deixou toda preocupada e de repente aparece na minha cama de baixo de um temporal com o corpo todo gelado e sem nenhuma força. — Disparou sem me deixar dizer nada.

Colégio InternoWhere stories live. Discover now