"Olha se você quer privacidade ou então um tempo para pensar eu vou te deixar aqui. Quando estiver pronta para encarar o que tem lá fora você pode ir para o almoço." A voz doce de Louis soou me deixando sozinha
Dor
Dor é uma palavra pela qual eu já me habituei, mas também uma palavra pela qual eu já havia esquecido. A dor é como o medo, faz você agir de maneiras que jamais agiria em seu estado normal. Podes conhecer alguém que lhe tire sua dor, que a faça desaparecer. Mas se não a encontrares teras que se habituar a dor pelo resto de sua vida.
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Movi minhas pernas para fora da cama, peguei meus saltos, e sai do quarto, tendo em conta que naquele quarto eu deixaria o meu passado, o meu passado de dor e lutas. Fui em direção a cozinha e observei eles almoçando, rindo, aparentemente felizes, será que até os anjos sentem a dor?
E com esse pensamento eu pude perceber que não é isso que eu quero, eu não quero fazer parte disso, que eu sinto dor, e que a dor não é uma fraqueza e sim algo que nos deixar fortes.
Corri para rua nem tendo a certeza de onde eu estou, empurrei os portões e fui correndo rua a fora, passei por algumas ruas completamente vazias, até chegar a uma avenida movimentada, tudo bem, só preciso me localizar.
Olhei pela rua eu sei por onde eu estou indo, devo ir na casa da minha vó, atravessei a rua e passei por algumas lojas, as pessoas me olhavam estranho, mas eu nem sequer tinha tempo para me importar.
Quase soltei um graças a Deus quando vi minha casa a alguns metros, passei pela porta estranhando o fato dela estar aberta, vovó nunca a deixou aberta. Tomei um susto quando a vi sentada ao lado da mesa, seus lábios soltaram um sorriso, com certeza isso é estranho.
"Vovó me desculpa por ter chegado a essa hora... Eu dormi na casa de uma amiga e..."
"Shhhh... Não precisa se explicar lindinha." O que?
"Mas eu fiquei fora a noite inteira."
"Já disse que não precisa se explicar Theresa." Falou rigída "Por que não sobe e toma um banho? Essas suas roupas estão imundas."
"O.k."
Subi as escadas lentamente, mas ainda tendo certeza que havia algo errado com a situação, e logo fui respondida com uma mão puxando os meus cabelos.
"O bom filho a casa torna, não é mesmo?" Ouvi a voz assustadora de Zayn atrás de mim
Ele me jogou na parede prendendo meus pulsos, e minhas pernas, agora eu com certeza estou ferrada.
"O gato comeu sua língua vadia?" Seu hálito quente batia no meu pescoço causando arrepios "Sabe. Você é gostosa, antes de te matar poderiamos dar uma boa foda, não é mesmo?"
No momento tudo que consegui sentir dele foi repulsa e nojo, ainda mais depois de descobrir o que ele é.
"Vai para o inferno."
"Eu já fui e adorei."
"Por que tem que me matar?" Falei com a pouca força que ainda tinha
"Porque seu pai foi um filho da puta que traiu todos nós."
Franzi o cenho desentendida, então ele conhece meu pai "Ah, você não sabe a historia? Não sabe por que tem esse estúpido colar? Adoraria te dar o gosto de saber, mas eu vou adorar mais ainda te matar sem você nunca saber de nada."
"Então me mata logo, se é isso que tá tão determinado a fazer. Você matou a minha melhor amiga, destruiu a melhor noite da minha vida. Então vai lá termina o serviço." Por um momento ele soltou meus pulsos pegou meu queixo me aproximou dele
"Eu não posso fazer isso princesa. Mas conheço alguém que pode."
Nesse momento um estrondo na porta foi causado fazendo me arregalar os olhos, e Zayn dar um sorrisinho.
"Falando no Diabo."
