Capítulo 02

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Quando ele garantiu que minha irmã ficaria bem, senti um alívio imenso em meu coração.

O ser de pedra também mencionou que havia uma beleza singular em meus poderes, o que inicialmente me encheu de entusiasmo. No entanto, ao alertar sobre o grande perigo que eles representavam e que o medo seria meu maior adversário, minha empolgação se esvaiu e o medo retornou rapidamente. Busquei refúgio nos braços do meu pai, ansiando por conforto.

O Trol então fez com que Anna esquecesse meus poderes e tudo o que aconteceu naquela noite. Meu pai concordou que era o melhor a fazer e decidiu fechar os portões do castelo de Arendelle até que eu aprendesse a controlar meus dons.

Desde então, todos os dias ouvia Anna cantando à minha porta, perguntando se eu queria brincar na neve.

No fundo, eu sempre desejei poder responder: "Sim, Anna, eu quero brincar com você". Mas seguindo os conselhos de meu pai, eu me mantinha distante: "Esconder, não sentir, não deixar saber".

Esse isolamento me deixava ainda mais solitária e isolada, exacerbando meus sentimentos de solidão.

Assim, comecei a me refugiar nos livros, passando meus dias trancada no quarto.

Com o tempo, desenvolvi um grande apreço pela leitura.

Um dia, li sobre Jack Frost, um personagem que, com seu cajado, podia congelar tudo à sua vontade. Senti uma conexão imediata com ele e comecei a acreditar em sua existência, mesmo sem querer.

Semanas depois, presenciei alguém congelando tudo à sua volta, causando até neve em Arendelle. Não reconheci quem era, mas a visão daquela neve me encheu de alegria e curiosidade.

Ao tentar observar melhor da janela, acidentalmente, acabei congelando-a. Foi então que meu pai me deu um par de luvas, dizendo que elas me ajudariam a controlar meus poderes. Mais uma vez, me aconselhou: "Esconder, não sentir, não deixar saber".

Poucos dias depois, lá estava Anna, cantando à minha porta... mais uma vez.

Sentimentos CongeladosWhere stories live. Discover now