17. Um velho me ataca

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Marchei para os fundos do bar, completamente fora de mim. Passei pela abertura dos fundos, saindo em um beco imundo. Bati a porta com força.

Comecei a esfregar meus cabelos nervosamente.

Ela me usou para fazer ciúmes naquele moleque idiota!, pensei louco de raiva. Como eu pude ser tão burro?! Como pude acreditar naquele papo?!

Chutei uma lata de lixo com toda minha força, querendo descontar o ódio que eu estava sentindo dela e daquele fedelho. O conteúdo da lata se esparramou no chão.

— Mas que barulheira é essa?! — perguntou alguém com uma voz masculina do outro lado da porta de metal enferrujada.

E ela se abriu, revelando um cara de cabelos ruivos e com um sério problema de acne. Pelo avental, ele era garçom como eu. Não fazia a mínima ideia de quem ele era, mas também, não fazia questão de conhecer nenhum dos outros caras que trabalhavam ali. O único com quem ainda tentava falar era Matt.

— Sai daqui, porra!— gritei com raiva.

— Ah, é você — murmurou ele, ficando desapontado em me ver, mas também não deu a mínima de eu ter gritado com ele — Cara, você tá pegando a gostosa da Bonnie Bennett?! E aí, como ela é na cama, hein?

Eu fiquei completamente chocado.

Esse cara estava querendo morrer?!

— Caralho, você é surdo ou o quê?! — gritei para ele — Some daqui!

Ele revirou os olhos e continuou parado do mesmo jeito, encostado no batente da porta de metal com a mão na maçaneta.

— Ah, cara, abre o jogo. Somos só nós dois aqui — disse com um ar conspiratório que me deu nojo — E aí? Ela é safadinha? Tem cara de ser, dizem que as quietinhas são as piores. 

E riu.  Aquele cara era um pervertido nojento. E quis matá- lo na hora.

— Sabe a "gostosa da Bonnie Bennett"? — murmurei, chegando mais perto dele. E ele sacudiu a cabeça, assentindo e sorrindo daquele modo asqueroso — É a minha esposa.

Ele arregalou os olhos, surpreso.

— A Bonnie casou?! — disse ele e me olhou de cima a baixo, fazendo uma careta estranha — E com você?!

Não acreditava na audácia daquele cara! Chamou a minha mulher de gostosa na minha cara e ainda por cima estava insinuando que eu era feio.

Eu sorri, daquele jeito diabólico.

— Qual é o seu nome? — perguntei, subitamente gentil.

Ele deu de ombros.

— Ed Barkley.

Sorri mais ainda.

— Então, Ed… — falei suavemente, colocando o braço por cima de seus ombros — Você escolheu um dia muito ruim pra vir falar comigo.

Ele olhou para mim, confuso, quando dei um soco em seu estômago. O vi se dobrar, arfando de dor.

Não dei tempo para ele tentar se recuperar. Agarrei seu cabelo com uma mão, o jogando contra uma parede de tijolos de cabeça. Ele caiu no chão, parecendo zonzo.

O peguei pelo colarinho da camisa, erguendo-o e o colocando contra a parede.

— VOCÊ! NUNCA! MAIS! VAI! CHAMAR! MINHA! MULHER! DE! GOSTOSA! — gritei, enquanto dava socos sucessivos em seu rosto. 

Fazia tempo que eu não batia em ninguém daquele jeito e tinha me esquecido de como era divertido.

Meu punho estava ficando dolorido, mas continuei dando socos naquele idiota. Até ele aprender a nunca mais sair falando da mulher alheia por aí.

Convergência Sombria | Bonkai | EM REVISÃOWhere stories live. Discover now