21. Sou flagrado

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A cada dia me sentia mais fora de controle. Tudo por causa dela. Bonnie. Eu nunca fiquei tão obcecado por uma garota como estava ficando por ela.

Tudo começou quando a vi ir toda arrumada para aquela festa de Elena. 

Bonnie usava um vestido preto e curto, que marcava sua cintura. E aquelas pernas sensacionais estavam a mostra. E só de pensar que ela iria para aquele antro cheio de homens, já estava me deixando louco de ciúme. Não que não confiasse nela. Eu não confiava naqueles babacas cheios de bebida e testosterona.

E obviamente, ele estaria lá. Jeremy Gilbert, ou fedelho, como gostava de chamá-lo. Pensar que ele ficaria perto de Bonnie me fazia sentir um ódio devastador.

Mas, claramente, Bonnie não dava a mínima para o meu ciúme idiota. Não que ela soubesse que eu sentia isso. Ainda não tive coragem de contar o que sentia por ela, aliás, tentava fugir daquilo loucamente. Não queria aceitar que, eu, Malachai Parker, estava me tornando um boboca apaixonado.

Quando ela saiu, tentei ao máximo me distrair com outras coisas, mas só conseguia pensar no safado do Jeremy Gilbert colocando as mãos na minha esposa. Não queria ficar pensando em Bonnie, mas não conseguia, meus pensamentos voltavam para ela a cada momento. Como uma fixação impossível de se livrar.

Algumas horas depois, não aguentei mais, e simplesmente saí de casa. Eu iria trazê-la nem que fosse arrastada. Os pensamentos ciumentos tomando conta de mim como uma doença.

Nem me importei em pegar meu casaco, apenas marchei furiosamente para a Mansão Salvatore, ignorando o frio. E pude ouvir o som da música eletrônica tocando antes mesmo de ver a casa. Ao entrar, quase fiquei surdo com aquela barulheira.

Como os jovens de hoje em dia podem gostar dessa porcaria de música?, pensei, com desgosto.

Andei pela multidão de pessoas tentando encontrar Bonnie. 

Vi alguns de seus amigos caminhando pela festa, mas nenhum deles pareceu notar minha presença.

Senti alguém segurar minha mão. Olhei para trás, com meu coração acelerado, pensando que fosse Bonnie, mas não. Era uma garota de cabelos ruivos e olhos azuis. Ela sorria e tentava me puxar para dançar com ela, mas me soltei rapidamente de seu toque, só pensando em encontrar Bonnie. A garota pareceu desapontada.

Continuei caminhando pela casa apinhada de pessoas quando vi.

Bonnie no meio da pista, com luzes coloridas piscando a seu redor e dançava, seguindo as batidas da música. E parecia uma deusa etérea e linda, se mexendo daquela forma e fazendo meu sangue esquentar na hora. Com a respiração acelerada, andei por entre a multidão de pessoas, querendo tocá-la. 

E estaquei, ao me dar conta de que ela não dançava sozinha. Um cara de cabelos castanhos e olhos da mesma cor estava com ela. 

Cerrei os olhos em fendas, tentando enxergar melhor. Pois é, largar os óculos de grau foi uma das piores coisas que fiz ao longo dos anos.

E não fiquei surpreso ao perceber que era o fedelho que dançava com ela. Ele estava com os braços em volta de sua cintura, com o corpo colado ao dela de um jeito que só eu podia fazer. Pelo menos, para o que eu achava que podia.

Não pensei duas vezes, comecei a caminhar por entre a multidão de pessoas, mas era muito difícil atravessar aquela turba. Estiquei o pescoço, tentando ver Bonnie e o moleque.

Meu coração acelerou quando o vi puxando-a para um beijo. Porém, estranhamente... ela o afastou?

Ele tentou de novo e  a  bruxa fez o mesmo. O cara parecia magoado.

Convergência Sombria | Bonkai | EM REVISÃOWhere stories live. Discover now