Capítulo 11 - A vez de Hau e Moana

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- Você tem certeza que quer fazer isso Adam? - pergunto terminando de amarrar o meu cabelo num rabo de cavalo alto.

- Eu tenho. Se conseguimos a ajuda do Mura, acho que poderemos conseguir a ajuda dos irmãos dele... - Adam está abaixado no chão e tinha acabado de colocar a última pedra nos mesmo círculo que tínhamos chamado o Mura.

- Agora a parte legal - ele vira para mim e sorri.

Puxa uma respiração e sopra mesmo no centro do círculo de pedras. Sopra por um bom tempo e nada acontece. Ele coça a cabeça confuso e volta a encher o pulmão de ar. Mais um sopro e nada. Ele senta no chão e me olha confuso.

- Porque não está dando certo?

- Será que o lobo não tem força suficiente para derrubar a casinha? - brinco com ele. Ele bufa e me mostra sua língua de brincadeira.

- Se não vai ajudar, não me zoa amor...

- Estou brincando amor. Mas você acha que tem alguma coisa com a localização? Você quer tentar perto do rio?

- Acho que poderia dar certo... Ou então você poderia me ajudar a soprar aqui...

- Não acho que isso vá adiantar de muita coisa Adam. Acho melhor irmos logo para o rio, afinal é mais certeza que lá dê certo...

-Não está funcionando por causa dessa sua negatividade Meg, nossa, assim não tem guardião que queira nos encontrar.

- Exagerado - falo rindo e jogo um pouco de terra nele, de brincadeira.

- Ei! Sem me sujar amor! - ele levanta do chão e começa a bater a terra para fora de suas roupas.

- Vem, deixa eu te ajudar com isso - pego metade das pedras que estavam no chão e vou caminhando para o pequeno riacho. Adam não demora para me alcançar e vamos aproveitando o dia na companhia um do outro.

O céu hoje estava bem verde. Grandes e densas nuvens roxas pairavam acima das nossas cabeças. Não sei se isso era um sinal de chuva ou não, afinal, eu nunca tinha visto uma nuvem roxa na minha vida.

Ajudei o Adam a levar as pedras para a beira do rio e também a fazer todo o arranjo das pedras. Assim que terminamos de arrumar as pedras sinto uma gota pingar em meu pescoço e escorrer para baixo do meu pescoço.

- Chuva? - falo pegando a gota com a mão e vejo que a minha mão tem um tom claro de verde nela.

- Acho que sim - vejo uma gota verde escorrendo pelo rosto do Adam. O tempo tinha fechado, mesmo sabendo que ainda era dia, o céu escureceu e se fez noite ali.

- Mas que droga, você que voltar para a cabana?

- Deixa só eu tentar uma vez... - Adam fala e as gotas de água caem com mais velocidade agora e a chuva vai tomando jeito. As gotas eram mornas e quase acariciavam a minha pele ao cair.

- Claro - sento ao seu lado e vou ajudar a soprar dentro do círculo. Nem precisamos fazer muito esforço que as pedras começarem a brilhar. Quando vimos o primeiro relance de luz, usamos toda a fora dos nossos pulmões para soprar dentro do círculo.

O círculo de pedras começa a flutuar no ar e rodavam a uma velocidade impressionante. A chuva que caía ao nosso redor começa a ser sugada para dentro do pequeno ciclone. As pedras formavam círculos brilhantes ao redor do ciclone. Era lindo de se ver.

- Acho que deu certo - Adam puxa minha mão, me afastando um pouco do ciclone. Um cilindro perfeito formado de pedras, ar e chuva se ergue no ar e fica poucos centímetros da superfície da água. O cilindro se divide em dois, um entrando na água e outro sendo jogado aos céus.

O Nono DomínioWhere stories live. Discover now