Informante

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Valerie P.O.V

Estacionei meu carro na estrada de terra do cemitério em que meu pais estavam enterrados e sai do mesmo batendo a porta com força.

Apesar de quando eu era criança meus pais tinham a vida boa, eu preferi que os enterrassem em um cemitério simples, asim como eles. Meus pais sempre foram ótimas pessoas, não mereciam ter o fim que tiveram meu irmão então muito menos se pelos tivesse me sobrado ele, a dor em meu peito diminuiria Zayn sempre foi uma criança extrovertida e quando eu ficava triste sempre dava um jeito de colocar um sorriso em meu rosto. Nós éramos muito novos eu tinha apenas dez anos e Zayn tinha treze.

No dia em que invadiram minha casa eu não estava, eu não sei se eu deveria ter agradecido por isso ou se eu deveria desejar estar em casa naquele momento. Eu me lembro perfeitamente de tudo naquele dia desgraçado, Zayn tinha faltado a escola por pura enrolação e por isso ficou em casa com meus pais que estavam de folga nesse dia.

Cheguei em casa super feliz por ter ganhado um dez em uma prova surpresa de português que a professora tinha passado. Abri a porta de entrada com uma mão enquanto a outra estava a prova, entrei em casa e joguei minha mochila no sofá gritando o nome do meu pai e da minha mãe, subi as escadas ainda gritando e entrei no quarto onde os dois dormiam e assim que os vi no chão deitados, de mãos dadas e com vários tiros no peito eu gritei, gritei o mais alto que eu pude, as pessoas que eu mais amava e me amavam estavam ali na minha frente sem vida, eu corri para perto dos dois e me agachei ao lado deles e chorei até que os vizinhos chegaram ali e me amparam. O corpo de Zayn não foi encontrado e a única hipótese que os policiais conseguiram encontrar foi a de que eles o esquartejaram. Eles nunca encontraram nenhuma pista sobre o caso deles, ou seja, ninguém nunca foi preso e o caso foi encerrado.

Depois daquele dia minha vida virou um inferno, eu não tinha nenhum parente que morasse perto de nós então eu fui parar num reformatório. Lá eu apanhava todos os dias de um grupo de garotas elas eram mais velhas que eu, elas me batiam apenas por diversão, apenas pra passar o tempo, todas tinham entre dezesseis e quatorze anos o que uma garotinha de dez anos poderia fazer contra elas, nada, e ninguém ali me ajudava só uma idosa que trabalhava ali, ela era um anjo na minha vida, mas depois de ter um AVC morreu me deixando sozinha e apanhando cada vez mais daquelas garotas e foi assim até eu completar quinze anos.

Quando eu completei quinze anos, eu fugi do reformatório e fiquei dias na rua passando fome, até que uma gangue me achou e me adicionaram no grupo deles. Lá eu aprendi a lutar e a atirar, comecei a roubar junto com eles, todos foram presos mas nunca me pegaram até que eu fiquei um tempo sem roubar e comecei a trabalhar.

Fui demitida várias vezes de vários empregos até que eu encontrei um cara, ele me chamou pra trabalhar com ele e eu descobri que ele era chefe de uma gangue o nome dele era Jack apesar de tudo ele era bom comigo.

Ele me ensinou a atirar melhor, a lutar melhor e a persuadir melhor as pessoas. Eu virei uma arma de matar, as primeiras pessoas que eu matei foram as garotas do reformatório, eu fiquei tão boa nisso que sai da gangue do Jack e comecei a trabalhar sozinha virando uma assassina de aluguel, eu mato por dinheiro, pessoas me contratam, elas me dizem o que querem me pagam e eu faço eu também troco informações, informações sobre o assassino dos meus pais ele vive trocando de lugar, casa, cidade, estado e país ele sabe que eu o procuro e ele sabe muito bem o que eu vou fazer assim que encontra-lo e, jogar xadrez que não é. A única coisa que eu sei sobre ele, é que ele não tem parentes e se tem, estão muito bem escondidos e depois de muito tempo eu descobri que ele se chama James White.

Me ajoelho na grama verde já quase sem vida ao lado do túmulo de papai e mamãe.

-  Eu juro que vou vingar vocês dois e Zayn também e, não à nada, exatamente nada, que possa me impedir de fazer isso. Eu amo vocês. - algumas lágrimas escapam dos meus olhos e eu logo as seco com as costas das mãos.

Revenge || L.PWhere stories live. Discover now