Uma pequena ajuda

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Liam P.O.V

Eu e Valerie dormimos sobre a luz do luar, e não poderia ter sido melhor, Aluísio entrou em contato com ela e avisou que estaria vindo nos encontrar mas que deixaria sua filha Ana com alguém confiável até acabarmos com tudo isso, como eu disse, cada um vai para o seu lado no final e sem olhar para trás.

Fico pensando como será quando ela for embora, dizem que um amor não correspondido é mais fácil de superar mas o que acontece quando o sentimento é mútuo? Quer dizer, depois de tudo o que passamos e vivemos juntos não tem como ela não sentir nada por mim, ela não diz, mas quando me pensa em me proteger, - de um perigo que ela expõe - e aceita fazer algo que ela jamais faria se não fosse por mim, é um jeito de demonstrar que se importa e se ela se importa, quer dizer que gosta de mim. O brilho nos olhos dela ontem antes de me beijar não pode ser coisa da minha cabeça.

- Liam! - levanto da cama e caminho até Valerie sentada em seu habitual lugar na mesa e me posiciono atrás dela. - Eu estava mexendo no meu e-mail quando chegou essa mensagem. - ela abre a mensagem sem identificação e um texto aparece em seguida.

"Cara Valerie, estou aqui em paz apenas para te passar informações sobre o leilão que ocorrerá daqui a dois dias, tivemos que adiar por sua causa, James tem medo que você arruíne tudo e resolveu trocar os dias. Soube o que você fez com os dois convidados anônimos dele, mas ele não sabe, então você está a salvo para se infiltrar, nós queremos a mesma coisa, James morto. Espero que as informações a seguir lhe sejam úteis.

* O número do galpão é trezentos e oitenta e três.

* Terão no mínimo vinte guardas dentro do leilão e cinco fora.

* Esse é o mapa do local subterrâneo, imagino que já saiba que o galpão é uma farsa.

* Jack está vivo, e James está o usando para lhe atrair.

Espero que sejam suficiente para conseguir o que queremos, entrarei em contato quando você já estiver dentro do leilão, estou ansioso para vê-la novamente.

De seu amado irmão, Zayn."

Olho para o rosto dela quando termino de ler e a vejo paralisada, seus olhos correm várias e várias vezes pela tela do macbook. 

- Isso não pode ser real, tenho certeza que é uma armadilha, não é? - ela me pergunta com certa urgência na voz, não sabia que tocar na ferida que é a sua família ainda é tão duro para ela.

Coloco minha mão em seu ombro procurando reconfortá-la mas não parece funcionar. Uma vez quando eu era pequeno, meu cachorro tinha morrido e então uns garotos falaram mal dele, sei que parece infantil, mas não é assim tão bobo quando você é uma criança e não sabe das coisas cruéis do mundo, lembro de brigar com aquele menino a socos por ter me deixado chateado e por tentar apagar as boas lembranças do meu cachorro, sei que não chega nem um pouco perto do que ela está sentindo agora, são situações totalmente diferentes, mas amor é amor e quando se trata de alguém na situação dela é compreensível se sentir abalada.

- Não sabemos, mas são grandes as chances. Você disse que nunca acharam o corpo dele, não foi? Mas temos que ser cautelosos, e preciso de você firme para isso, você acha que consegue? - ela levanta da cadeira e me abraça, passo as mãos na suas costas em uma forma de carinho.

Ela se afasta de mim quando alguém bate na porta, olho para seu rosto sem expressão e percebo que voltamos a estaca zero, ela vai voltar a ser a mesma pessoa que era quando eu a conheci. Respiro fundo a caminho até a porta, olho para ela quando toco a maçaneta mas ela não me olha ainda está relendo a mensagem tentando achar algo que indique que as últimas palavras são reais, esperança pode ser algo que mantém as pessoas vivas, mas também pode ser uma arma se usada de forma errada. Assim que abro a porta vejo Aluísio, nos cumprimentamos com um aperto de mão e eu lhe dou espaço para entrar.

Revenge || L.PWhere stories live. Discover now