Capítulo Dezesseis

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- Jocelyn, Adriano, Miguel, Luiz, Luciano, Carlos, Lucas, João, Wesley, Tino, Max, Mateus, Eric, Bárbara, Pedro e Luana, vocês irão comigo. - Scott comentou, falando por fim o último grupo. - O primeiro grupo será comandado por William, o segundo por James e o terceiro por mim. Cada um terá uma missão e uma lista para resgatar conforme o local onde o grupo ficará. Seus comandantes especificaram melhor o trajeto. Boa sorte! Ele começou a caminhar para o norte e todos nós o seguimos.

- Como eu disse, não quero ninguém tentando ser herói ou heroína. - virou-se para nós e nos encarou - Nós iremos ao prédio central da cidade, que é a prefeitura. Metade do grupo ficará no prédio e a outra metade na rua procurando as pessoas da lista ou qualquer sobrevivente alheio. - parou por um instante, tentando reformular qualquer outra frase - Teremos longos dez quilômetros pela frente. Vamos!

Ele tornou a caminhar sem falar nenhuma palavra. Eu observava todos detalhes a minha volta, procurando algo que chamasse minha atenção. Já completava quase uma hora que estavamos caminhando e nada ou ninguém deu algum sinal.

- Ali! - exclamei, apontando para o alto de um prédio, onde tinha uma bandeira vermelha. Peguei o binóculo e olhei para a mesma direção, constatando que algo estava escrito nela - Tem um pedido de socorro escrito.

Mason olhou para mim e pediu o binóculo esprestado. Eu o entreguei e ele olhou para a mesma direção, olhando novamente para mim.

- Vamos até lá. - pronunciou e me entregou o objeto, passando por mim e caminhando para o prédio.

Bufei em resposta e fui a última a caminhar, segurando minha Heckler & Koch G36 no ombro.
A medida em que íamos nos aproximando, o slogan do prédio ficava mais nítido, assim como as palavras escritas em branco na bandeira.
O prédio tinha por volta de oito andares e pertencia à um grupo de produtos alimentícios.

- Miguel e Carlos, nos dêem cobertura pelos fundos. Bárbara e Tino, pela frente. - Scott disse e seguiu adentrando com o resto do pessoal no edifício.

Ainda com a arma abaixada, olhei para a rua, posicionando-me do lado esquerdo da enorme porta, enquanto Tino ficava com o direito. Ouvimos tiros vindo de dentro do local, confirmando o que mais temíamos. Estava muito quieto para ser verdade.

- Esses tiros vão chamar a atenção dos outros. - ele disse - Isso não é tão legal.

- É claro que não é legal. - comentei, caminhando na direção de um daqueles bichos. Tirei a faca do cinto e a enterrei no meio de sua cabeça, fazendo o mesmo nos outros que se aproximavam. Respirei fundo e encarei o bando que vinha a minha frente. Devia ter uns vinte ou mais. Tino se posicionou ao meu lado e me ajudou a afastar os demais, colocando um silenciador no cano de sua arma e acabando com todos que estavam vindo para nossa direção. Ele fez um sinal para que eu fosse ajudar os meninos da parte de trás, mas hesitei, pensando no que ele faria se eu não estivesse ali.
Corri para os fundos e tive uma cena chocante. Miguel estava no chão, sendo estraçalhado e Carlos atirava frenéticamente para baixo, na tentativa de afastar aqueles que puxavam os seus pés.

Assim que me viu, sua expressão se suavizou, coloquei o dedo em minha boca e encaixei outro silenciador na minha arma. Disparei em todos que eu via pela frente, tendo ajuda de Tino e Jocelyn, que aproximaram do local onde estávamos.
Me aproximei do corpo de Miguel e tirei todos dali, me ajoelhando ao seu lado.

- Sh... - pronunciei - Sh...por favor. - coloquei meu braço debaixo de sua cabeça e a ergui, olhando profundamente para seus olhos - Não se preocupe, entenda que você irá para um lugar melhor.

- Eu...obrigado.

Apenas dei um sorriso e me aproximei de sua testa, depositando um beijo ali e ao mesmo tempo tirando a faca do meu cinto e cravando em sua têmpora.

Depois da Meia Noite Where stories live. Discover now