Capítulo Vinte & Um

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Meus olhos foram se abrindo lentamente, talvez tentando se acostumar com a claridade que invadia o prédio onde estávamos. Olhei para o lado e Mason ainda dormia, com sua mão na minha. Eu a puxei para mais perto e dei uma olhada no seu relógio.

Certo, são sete e meia da manhã.

Levantei-me com cuidado e caminhei até o banheiro, jogando uma água no rosto e finalmente, conseguindo escovar os meus dentes. Eu estava morrendo de fome.

- Olá, sou Guillermo. - um homem de cabelos pretos e olhos claros se aproximou de mim, enquanto eu adentrava na sala em que os civis estavam dormindo.

- Me chamo Bárbara. - estendi minha mão e ele não hesitou em segurá-la - Prazer em conhecê-lo.

- O prazer é meu. - sorriu e caminhou lado a lado comigo - Percebi que não gostou muito da nossa companhia.

- Não é que não gostei. - olhei para ele - É que pensei que éramos os únicos aqui. Foi estranho. Não pense que não gosto de vocês por perto. Pra mim, é até bom. Quanto mais gente, melhor. - abri um sorriso - Desculpe, mas eu não sou muito de falar, então não se assuste com as minhas explicações sem coerência.

- Tudo bem. - assentiu e olhou para o lado - Podemos confiar em você?

- É claro, mas porque a pergunta?

- Venha comigo. - caminhou para a direção contrária. Assim que passamos pela porta da sala onde eu estava, ele parou bruscamente e foi para a sala seguinte. - Precisamos de alguém em que possamos confiar.

- Mas por que diz isso? - perguntei desconfiada.

Ele não me respondeu pela segunda vez, mas caminhou em direção a estante que continha livros. Ele puxou um deles e a mesma se deslocou para o lado, revelando uma passagem.

- Desde que tudo começou, nós viemos parar nesse mesmo prédio. Seu comandante nos encontrou enquanto fazíamos uma busca por suplementos. - pegou a lanterna do lado da porta e fechou a mesma. - Por favor, não conte isso para ninguém.

Apenas assenti, mas talvez ele nem tenha notado. Descemos vários lances de escadas e só paramos quando a linha reta acabou. Dobramos a primeira esquina e paramos em frente à uma porta de aço. No momento em que ele ele abriu a mesma, meu coração foi parar na boca. Eu não sabia o que dizer. Só estava muito impressionada com tudo isso.

- A embaixada americana já previa todo esse caos e se preveniu para o ocorrido. Estamos testando um soro de cura em todos esse zumbis. Se funcionar, podemos reverter o que o governo brasileiro fez.

- Só vocês para fazerem isso. - olhei para as celas cheias daqueles bichos. O que mais me incomodou, foi que eles nos observavam e viravam o rosto. Se fosse um bicho normal, voaria para grade e tentaria nos comer. Mas não era isso o que estava acontecendo. - O que eu não entendo é, o porquê de eu estar envolvida nisso.

- Você saberá em breve. - sorriu e apertou a chave que a acendia as luzes do corredor.

Caminhamos apressadamente até uma outra sala, já cheia de vários cientistas, correndo de um lado para o outro, tentando conter e formular uma resposta para tudo.

- Senhorita Bárbara, quero que você conheça Ethan Albuquerque. - Guillermo disse e um homem de mais ou menos quarenta anos se virou para mim.

Tio Ethan? O que ele está fazendo aqui?

- Tio Ethan?

- Olá minha querida. - sorriu e abriu seus braços como fazia quando eu era criança - Como vai? - perguntou, no momento em que eu o abracei.

Depois da Meia Noite Where stories live. Discover now