IX. Curativo

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Antes de tudo, queria pedir mil perdões pela demora. Estava sem meu notebook, que uso para escrever os capítulos da estória, e só agora o consegui novamente. Tentei fazer um capítulo grande para compensar o atraso. (:

Ah, e mais uma coisa. Na mídia está o trailer da fic que finalmente tive tempo de fazer. É curto e espero que realmente gostem. ;)

Boa leitura, meus amores!

-x-

[Louis's POV]

No primeiro momento, me afastei de Styles a passos rápidos, sentindo minhas pernas ainda bambas fraquejarem. Meu coração estava batendo em disparada dentro do peito, parecendo querer sair pela boca. Era uma sensação estranha que eu já sentira outras vezes com Bernard, meu ex-namorado, mas não era tão intensa quanta aquela que Styles provocara há poucos minutos atrás ao tocar seus lábios tão macios e carnudos na pele nua e exposta de meu pescoço. Fazendo com que as borboletas mais adormecidas de meu estômago despertassem e provocassem o caos em todo o meu ser.

Quando eu estava longe o suficiente para que não me visse, praticamente corri para dentro da nova casa de George e Fizzy. Minhas pernas ainda caminhavam incertas para isso, mas não me importei. Precisava ficar sozinho. Precisava esfriar a cabeça, controlar os tremores de meu corpo e respirar fundo diversas vezes antes de sequer conversar com algum convidado.

─ Louis? ─ chamou Fizzy assim que me viu passar, porém não parei para ver o que era. Continuei correndo em direção a casa a fim de procurar por um cômodo silencioso. ─ Louis! ─ gritou mais uma vez e ignorei o seu chamado.

Abri a porta de vidro dos fundos e mal a fechei, correndo até as escadas e passando por portas e mais portas diante de mim. Encontrei uma mais no fim do corredor e, supondo ser um dos banheiros, entrei. Eu estava certo quanto ao local. Poderia ficar completamente sozinho, sem ninguém para me persuadir.

Fechei a porta com as mãos tremendo e me encostei a ela assim que terminei de fechá-la. Uma lágrima deslizou por minha bochecha e a enxuguei com as costas das mãos. Meu corpo era dominado por um desespero inexplicável, minha garganta parecia fechada, como se eu estivesse engasgando sem realmente me afogar, e minha cabeça latejava.

Por mais que eu o desprezasse irrevogavelmente, meu corpo manifestava e desejava o contrário. Queria o toque das mãos grossas e ásperas do Sr. Styles, desejava o seu olhar a todo instante, a sua atenção, a sua aproximação, a sua respiração e os seus lábios em minha pele. Harry Styles provocava em meu corpo uma explosão de sentimentos apenas com um toque.

E eu o odiava por isso.

Styles não era merecedor de tais sentimentos. Seu ar de superioridade era completamente insuportável para qualquer um aguentar. Toda vez que o encontrava isso ficava cada vez mais claro. Tudo parecia insuficiente para ele. Na loja de ternos e vestidos de casamento que Fizzy recomendara, ele pareceu avaliar com desgosto um por um, observando-os como farrapos quaisquer. Uma atitude totalmente desnecessária. Mesmo que os ternos o desagradassem, ele poderia muito bem ter disfarçado seu desprezo. Afinal, as costureiras da loja tiveram muito trabalho para projetá-los e dar vida a sua ideia.

Além disso, por culpa de Styles, Niall levou uma chamada de atenção severa da diretora da escola. Ela ordenou mais atenção da parte dele enquanto cuidava das crianças no pátio e no parquinho quando fosse sua vez de zelar pelos alunos e exigiu saber o porquê de sua distração. Isso não teria acontecido se ele tivesse mantido a boca fechada.

Se Styles não tivesse demonstrado que sabia quem era o responsável e de certa forma culpado por não impedir o ocorrido com Meggie e o incidente do chiclete, Niall não teria recebido o alerta da diretora. Uma reclamação de um parente dos alunos é levada altamente em consideração, pois o que importa para uma escola particular como a que trabalho é principalmente o dinheiro depositado na conta bancária no final do mês.

Your Eyes Only (Larry Stylinson)Where stories live. Discover now