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Sarah, uma garota evangélica disposta a enfrentar o que vier para honrar a Deus, tendo uma vida quase "perfeita", tudo parece ir bem, até acontecer o que menos poderia imaginar, sua vida vira de cabeça para baixo, tendo que s...
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Neste momento fazer alguma coisa está cada instante mais difícil, não sei se corro para pedir ajuda ou se tento acorda-lo. Então faço o que qualquer pessoa faria em meu lugar, corro para pedir ajuda. E ao sair pela porta do banheiro fico frente a frente com Ariel.
— Graças a Deus! — Agradeci.
— O que você estava fazendo no banheiro dos meninos garota?
— Isso não importa agora, você precisa me ajudar! O Stefan, ele está passando muito mal no banheiro!
— Ah claro, o dramático. — Revirou os olhos e soltou um sorrisinho.
— Ariel eu estou falando sério, seus pulsos estão cortados, por favor me ajuda a levar ele até a enfermaria. - Suplico, mas Ariel pareçe pouco se importar com a situação e em nenhum momento ficou surpreso ou preocupado.
— E se eu não quiser ajudar? — Cruzou os braços.
— Meu Deus, você é um monstro. — Faço uma cara de nojo para ele e saio correndo a procura de alguém pelos corredores.
Não vejo ninguém e minhas esperanças se vão, a sala da diretora está muito longe daqui e a enfermaria também.
— Meu Deus me ajuda por favor Senhor. — Peço em meio a lágrimas. E depois de correr para todos os lados e não achar ninguém volto para o banheiro, rasgo um pedaço da minha blusa e amarro nos dois pulsos de Stefan para que assim diminua a quantidade de sangue que derrama sem parar sobre o azulejo.
Procuro o meu celular mas não encontro, com certeza deixei no quarto. Não tem jeito, terei que ir a enfermaria, não há ninguém aqui que possa me ajudar, eu só estou perdendo tempo.
Subo disparada a escadaria que leva ao andar de cima. São em torno de vinte metros de escada e uns trinta metros ou mais de corredor para chegar a enfermaria.
Cansada, com uma das mãos seguro o corrimão e com a outra apoio-me no joelho, me curvo e busco folego para continuar. Mesmo cansada corro mais do que o meu corpo pode aguentar, chego a enfermaria quase desmaiando de cansaço.
— Me ajudem, por favor... - Peço ofegante.
— O que houve menina você está bem? — Uma senhora de cabelos grisalhos perguntou.
Minhas pernas estão bambas e meu corpo pesado, mas me forço a falar.
— Ste-fan, um jove... — Tentando respirar, falar, e me acalmar está cada vez mais complicado. — Um jovem da universidade, ele está... Está muito mal e se encontra no banheiro..
— Mas o que houve? — Um homem de pele escura e careca, de aparência jovem perguntou.
— Por favor... — Caio aos prantos ali mesmo. — Por favor corram lá ele pode morrer tem muito sangue...
Marina, a mulher da biblioteca, que possivelmente estava sendo atendida tenta me acalmar enquanto os enfermeiros descem para o primeiro andar.
— Tudo bem mocinha, seu amigo vai ficar bem. — Me abraçou de lado.
— Em nome de Jesus. — Digo ainda ofegante.
Marina me dá água e eu consigo ficar um pouco calma.
Stefan é levado para um hospital próximo, e sua família fora avisada. Assim eu soube pelos paramedicos. Com autorização da diretora vou para o hospital.
— Boa noite! Eu gostaria de saber como está o jovem que acabou de dar entrada aqui, ele se chama Stefan Dominick. — Pergunto a recepcionista.
— Ainda não obtemos nenhuma conclusão do estado dele, mas vá até a sala de espera lá estão os familiares do rapaz. — A recepcionista comunicou.
— Obrigada. — Caminho até a sala.
Chegando no local encontro duas pessoas que deduzo ser seus pais, um homem forte, barba por fazer, pele clara, e muito parecido com Stefan, ao seu lado uma mulher loira, pele clara e olhos azuis. Estão sentados num sofá aflitos.
— Boa noite senhora! — Cumprimentei a mulher que caminhara até a janela que dá visão a cidade.
— Quem é você? — Ela perguntou com um olhar de dor e angustia. — Enquanto seu marido se aproximou.
— Eu me chamo Sarah Bennett sou amiga do filho de vocês, não tão próxima, mas estudamos na mesma universidade.
— Ah, foi você quem o encontrou e o ajudou?
— Sim. — Respondi em uma voz falha.
— Eu me chamo Meredith, muito obrigada por ajudar o meu filho. — Segurou minhas mãos.
— Não precisa agradecer senhora.
— Vocês são os familiares de Stefan Dominick? — O médico perguntou adentrando na sala.
— Sim, somos! — Os pais responderam.
— Como o meu filho está doutor? — Perguntou Meredith.
— Bom, os cortes não foram totalmente graves ele apenas rompeu os tendões o que levou a fazer uma pequena cirurgia e religar os vasos, felizmente os cortes não foram suficiente para mata-lo.
Um grande alívio todos sentiram.
— Mas não é só isso. — O médico não fez uma cara muito boa.
— O que doutor? — O pai perguntou.
— Segundo os exames de sangue Stefan Dominick está com o vírus HIV, pelo que constatamos nos exames o vírus se espalhou de uma forma inacreditável, as chances dele viver são muito poucas.
A principio os pais de Stefan se assustaram, Meredith caiu aos prantos, e eu com uma das mãos sobre a boca ainda não sei o que fazer, se choro junto ou se tento acalma-la. Logo após a notícia o médico sai da sala.
— Acalme-se Meredith. Lembre-se da sua pressão. — Pediu o marido tentando acalma-la, mas parece ser inútil.
— Sr. Meredith Deus está no controle de tudo, ele não vai deixar que seu filho morra. - Meredith parou imediatamente de chorar.
— Deus? Deus? Deus não está aqui garota, ele não nos ama, onde está Deus e o seu amor nesses momentos? Deus permite tragédias acontecerem e a morte do meu filho é apenas mais uma delas. Deus nunca foi justo com ninguém! — Berrou me assustando.