Tentativa

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O sinal toca, e depois de uma explicação teórica do professor Will, vestimos nossos jalecos e caminhamos até uma outra sala.

Estava tão ansiosa que era capaz de sair correndo para a sala como uma criança de jardim.

Adentrando pela primeira vez na sala de prática meu coração só falta sair pela boca.

- Bom, antes de começarmos, quero deixar claro que um médico investiga a natureza e as causas das doenças humanas, procurando sua cura e prevenção. A saúde humana é o objeto de estudo do médico. Ele pesquisa, previne e trata disfunções e moléstias. Para isso, é imprescindível que ele esteja sempre bem informado e atualizado a respeito de novas drogas, técnicas e tecnologias, vocês entenderam? - O professor indagou.

- Sim. - Maioria respondeu.

Depois da aula de prática, me senti segura do que realmente quero para a minha vida, medicina é o que eu amo.

Passada tantas aulas, finalmente chega á noite.

Estava exausta, mas resolvi ir para o jardim tocar. Sento em um dos bancos com meu violão lilás e começo a tocar e louvar ao Senhor baixinho para não incomodar ninguém apenas para Deus ouvi.

A noite é de lua cheia, não possui nenhuma estrela no céu e o único som que consigo ouvir é o do violão, da minha voz e da ventania, fazendo a arvore que estou próxima derrubar algumas folhas secas sobre a grama.

- A ele a honra, a ele a glória, a ele a majestade... - As únicas palavras que saem da minha boca são essas, formando um belo refrão de uma música que ainda irei escrever.

Meu Celular toca me fazendo parar para atender.

- Oi papai. Que bom que você ligou. - Abri um sorriso.

- Oi filha, me perdoe por não ter ligado antes, são as ocupações. - Procurava se justificar.

- É, eu imagino, como estão as coisas por ai?

- Na benção de Deus, e por ai filha?

-Está tudo como Deus quer pai, eu estou com saudades. - Encarei a grama tentando conter a vontade de dizer "Vem logo por favor".

- Eu também princesa. - Disse deixando transparecer um pouco de tristeza na voz.

- Os dias parecem passar devagar quando você está longe.

- Em breve eu estarei de volta. - Afirmou mudando seu tom.

Depois de uma conversa longa com o papai, falando da universidade e dos meus objetivos, desligamos. Já está tarde e eu preciso voltar para o quarto, ou a supervisora me dará uma bronca daquelas.

Os corredores estão quase vazios, me apresso, e ao passar próximo ao banheiro masculino, ouço um gemido junto de um choro desesperador. Aquilo realmente fez o meu coração disparar.

Olho para os lados e não avisto ninguém, não vejo alternativas a não ser entrar ali dentro. Cuidadosamente caminho sem fazer barulho, deixo meu violão na porta e entro. Ouço o choro vindo de um dos banheiros.

- Olá? - Chamei andando vagarosamente e seguindo o som de seu choro. Mas ninguém respondeu. - Você está bem? Precisa de ajuda?

- O que você faz aqui? - Perguntou a pessoa em um tom áspero. E eu logo conheci sua voz assim como ele conheceu a minha.

- Stefan o que houve? Eu posso te ajudar? - Perguntei perdida entre os banheiros, eram em torno de dez e eu não fazia ideia de onde ele estava.

- Eu não preciso da sua pena. - Respondeu enquanto sua voz fazia eco.

Caminhei para onde achava que ele estaria

- Mas quem está com pena? Desde aquele dia no colégio percebo sua indiferença, sua bipolaridade, mas eu sei que nada acontece sem um motivo. Pessoas não se tornam frias por nada, eu te entendo.

Stefan finalmente sai de um dos banheiros com os olhos inchados, seus olhos claros iluminavam seu rosto, as lágrimas escorriam sobre sua face tão facilmente que era possível vê-las caírem no chão, mas o que me chamou atenção foram seus braços completamente melados de sangue, cortes horríveis estão em sua pele. Não só um em cada braço, mas vários, seus braços estão completamente fatiados, era praticamente uma cachoeira de sangue saindo de cada braço e fazendo pequenas poças de sangue sobre o piso.

- Meu Deus, quem fez isso com você? - Perguntei assustada.

- Não está vendo que foi eu mesmo, está cega por acaso? - Fungou.

- Meu Deus Stefan, mas isso é muito grave, você pode se matar! Está perdendo muito sangue. Nada justifica você ter feito isso, deixe-me ajuda-lo! - Caminhei para perto.

- Você não sabe de nada, então vai embora garota, eu não preciso ser ajudado, eu mal a conheço, não tem o direito de se intrometer na minha vida. Saí daqui! - Stefan gritou furioso como se eu tivesse culpa de tudo, isso me causou medo.

Ainda amedrontada permaneço no mesmo lugar, mesmo ouvindo suas palavras duras e cheias de ódio.

- Você não sabe o que faz, não sabe, o que levaria um ser humano a fazer isso? - Olho para seu estado deplorável.

- Você está surda! Sai daqui! - Stefan se encostou na parede do banheiro e deixou-se deslizar até o chão, ao perceber que não está nada bem vou para o chão com ele também.

-Em todo o mundo, abaixo de Deus, sempre há alguém que nos entenda. - Acariciei seus cabelos lisos.

- Eu só quero morrer, morrer, morrer... - A voz de Stefan foi se sumindo a cada vez que falava "morrer".

- Você não vai morrer, não vai, vem eu vou leva-lo para a enfermaria.

- Não, eu não quero, me deixa aqui. - Empurrou minha mão que ia de encontro ao seu braço para levanta-lo.

- Por favor. - Lágrimas escorrem em meu rosto ao pensar que Stefan pode morrer sem que eu possa fazer nada.

-Se não fizer por você,faz por Deus!

- Deus já me esqueceu a muito tempo Sarah... - Lágrimas caem.

- Então faça por mim, vamos, por favor.

Stefan fecha seus olhos e o medo consumiu meu interior.

- Não, não por favor, Stefan abre os olhos, abre os olhos!

Sarah - Garota Cristã- Livro 1 [Em Reforma]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang