Inesperadamente

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Depois de uma boa noite de sono, acordo cedinho para ir trabalhar. Ser independente nao e nada fácil, pego um taxi, e na oportunidade pego seu número também.

[...]

- Bom dia! - Cumprimento Jerry que já está no balcão com a cara fechada.

- Bom dia, e vamos ao trabalho. - Disse enquanto lia uma notícia no jornal.

Por enquanto a lanchonete está vazia, Catrina assa carnes enquanto eu limpo o balcão empoeirado e mesas.

E o dia se arrasta...

Nunca pensei que trabalhar em uma lanchonete fosse tão cansativo. Durante todo o dia o movimento foi enorme, e de muito, mas muito trabalho, já são oito e meia e o chefe ainda não nos liberou. Em fim só tem uma mesa com algumas pessoas e eles já pediram a conta.

- Bom, estão liberadas. - Disse Jerry terminando de arrumar o caixa.

- Ótimo... - Digo aliviada caminhando para a cozinha.

- Sarah! - A voz dele me fez parar entre a porta da cozinha e o caixa. - Ainda não, atenda aquelas pessoas que acabaram de chegar. - Berrou.

Olho em volta e meus olhos batem em uma mulher de costas e um homem. - Reviro os olhos sem que ele veja e vou até a mesa. Estava tão cansada que meus olhos chegavam a pesar.

- Boa noite! O que vão querer? - Pergunto esboçando um sorriso forçado.

- Uma cerveja. - A mulher se vira pra mim e leva um belo susto e claro eu não fiquei para trás ao vê-lá.

- Safira? - Eu disse num tom irônico e olhando Para o seu companheiro.

- O que você está fazendo aqui garota, e trabalhando em um lugar como esse? - Fez cara de nojo para mim.

- Pois é, eu moro nesta cidade agora, e preciso de um meio para me manter.

- Nesse lugar nojento? - Gargalhou.

- Limpamos este lugar todos os dias, não e grande coisa, mas pelo menos é um trabalho digno e decente, do seu trabalho não posso dizer o mesmo. - Digo num tom irônico a deixando desconcertada.

- Não sei do que você está falando. - Olhava de um lado para o outro nervosa.

- Ora, vamos Safira, eu já sei que você trabalha numa casa noturna, que sai com homens para conseguir dinheiro. - Disse abertamente.

- Cala a boca garota você não sabe o que está dizendo. - Elevou a voz enquanto o homem nem sequer me olha.

- Ah não? Tudo bem, eu não falo mais. O que vão querer mesmo? -Pergunto com a ponta da caneta em cima de uma das folhas do caderninho de anotações.

- Eu não quero nada! E não se mete na minha vida ou vai se arrepender, e o que você disse é uma acusação grave e eu posso processa-la.

- Como? - Gargalho. - Vai lá queridinha e vamos ver quem vai sair perdendo. - A fuzilo com o olhar.

- Vem Enzo, vamos sair daqui. - Disse levantando da cadeira. E em seguida o tal enzo.

Sarah - Garota Cristã- Livro 1 [Em Reforma]Onde histórias criam vida. Descubra agora