Capítulo 13

2.7K 192 49
                                    

*Emma narrando*
Eu podia sentir o quanto Harry necessitava aquilo. E, quando finalmente nos separamos, eu podia sentir seu coração batendo forte sob seu peito. Então, ele olhou dentro dos meus olhos e sussurou, para que eu fosse a única a escutar:

-Tenha uma boa noite, minha dama. -Dizendo isso, tomou minha mão e beijou-a no dorso. Sorriu de lado e foi andando em direção às escadas.

Eu fiquei um pouco estática. Eu não esperava esse romantismo momentâneo de Harry. Mas, eu sentia que aconteceria logo. Afinal, estamos nos entendendo, depois de alguns dias. Enquanto subia as escadas, eu aproveitava para soltar meu cabelo, que ficara preso durante o dia inteiro, sem nenhum momento de liberdade.

Entrei em meu quarto, tirei o vestido e coloquei minhas vestes de dormir. Olhei-me no espelho e meu rosto refletia uma face preocupada. Preocupada com Gaia, talvez. Eu não tinha certeza se ela voltaria aqui depois de nossa briga. Mas, eu tinha esperança.

Deitei-me em minha cama e afoguei-me em sonhos confusos e, ao mesmo tempo, maravilhosos. Eu mal podia esperar a manhã chegar e, quando esta finalmente inundou meu quarto em sua luz, levantei-me depressa e arrumei-me.

Coloquei um dos melhores vestidos do meu novo guarda-roupa, um sapato de salto médio nude. Prendi o cabelo em um coque alto e bem arrumado e ornamentei meu traje com um chapéu simples, mas incrivelmente belo.

Saí de meu quarto e encontrei Harry, que me esperava no topo da escada. Ele estava elegante em um traje digno dos mais nobres membros da Corte Real. Ele sorriu e disse:

-Bom dia, minha dama! Pronta?

-Sim, caro senhor. Estou pronta.

-Então, devemos partir. A missa não espera por nós.

E assim, fomos. A carruagem de Harry era, definitivamente, aconchegante. Mas pudera, um homem de tantos poderes não sairia numa carruagem que não fosse de primeira mão.

Harry permaneceu calado durante toda a viagem até a Catedral. Chegando lá, ele desceu e parou perto da porta, estendeu-me a mão e ajudou-me a descer. Ele, mecanicamente, pega meu braço e passa-o por dentro de seu cotovelo, enlaçando meu braço no dele.

As pessoas passavam por nós e sorriam apressadamente. Algumas eram mais educadas e comprimentavam-nos. Eu estava me sentindo bem, sorridente, até o momento em que meus olhos atravessaram até o outro lado do pátio e encontrou-se com um par de olhos azuis inigualável. Charlie.

Eu nunca iria imaginar que o promíscuo Príncipe Charlie vinha à missa. Mas, meu próprio noivo também não era um exemplo de santidade e estava sempre presente nas missas. Talvez, isso seja uma tática, uma estratégia, para causar boa impressão. Charlie vestia um dólmã branco, com uma calça azul e por cima do dólmã ainda usava um cinto de couro marrom. Suas botas três quartos eram pretas e seu cabelo vermelho estava jogado para cima, como sempre.

Harry então, reparou que eu estava concentrada em algo que não fosse os sorrisos dados pelas pessoas que passavam. Então, ele seguiu a direção do meu olhar e encarou Charlie. Quando eu reparei que Harry também encarava Charlie, desviei minha atenção do Príncipe e olhei para Harry. Seu maxilar estava contraído e seu olhar era duro e frio.

Os dois se encararam por muito tempo, até Harry decidir ignorá-lo e entrar na Igreja. A missa passou rápido e, logo, eu e Harry já estávamos no pátio novamente. Desta vez, a família de Harry deciciu vir e comprimentar-nos. Helena foi a primeira:

-Harry. Emma. Bom dia!

-Bom dia! -Eu e Harry respondemos em uníssono. Nesse momento eu olhei para ele, que me deu um sorriso de lado encantador.

Um Beijo EncantadoWhere stories live. Discover now