A história está sendo respostada (Um a dois capítulos por semana)
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Ela não era muito incomum. Muito pelo contrário, era muito fácil encontrar pessoas que passassem pelos mes...
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Eu ainda o encarava atônita, eu podia compreender perfeitamente os motivos de Jennifer ao olhá-lo daquela maneira. Tinha um brilho especial no olhar e exala-la uma simpatia e suavidade natural em sua face. Ele deveria estar achado que eu era uma boba, ou que tinha paralisado, ou talvez eu só estivesse com medo que ele constatasse a realidade.
— Olá! — respondi, tentando parecer natural, indo de encontro ao que eu havia ido fazer ali, pegar alguns produtos para limpar os vidros da cozinha, além de alguns panos. Ele parecia ter ido ali pegar um balde, pois já estava com um na mão e alguns anos e produtos dentro.
Ele então pegou os panos que eu segurava e o produto e me acompanhou até a cozinha, imagino que em um ato de cavalheirismo. Me senti constrangida, mas contente ao mesmo tempo.
— Obrigada.
— Agiu bem em não ter respondido eles com grosseria, não é qualquer um que faz isso.
Mal sabia ele que eu era uma das pessoas que respondia com grosseria, mas ele não precisava saber disso, ao menos não naquele momento. Para mim estava ótimo ele só acreditar que eu era uma pessoa mentalmente equilibrada – mesmo que não fosse completamente verdade.
— É... Claro.
— Eu não me surpreendo se disser que é cristã.
— Digamos que mais ou menos.
— Não existe cristã mais ou menos, ou você é, ou não. É isso.
— Então digamos que eu não sou. Tenho tudo para ser, mas não sou.
— Por que não é?
— Hum... Digamos que por que ainda não fui chamada.
— E têm buscado?
— Quê? Como assim?
— Lendo, orando, ouvindo música, vendo pregações, pedindo para os outros orarem por você, agindo... Tem muitas formas de estar buscando.
— Okay, reconheço que não estou buscando. Mas por que o interesse repentino? Eu nem deveria estar te respondendo.
— Então por que está?
A conversa tomara rumos pelos quais eu não queria responder, preferia evitar qualquer confronto ou coisa do tipo. Apesar disso, eu não conseguia deixar de responder, tinha um ímã natural que me impulsionava a responder. As coisas começavam a ficar estranhas na minha mente a partir daquele ponto, pois comecei a me questionar como tudo culminava em Deus para mim e por que todo mundo que eu conhecia tinha essa inclinação por ele, mas nenhum era só como eu, eram todos de verdade e com raízes naquilo – à exceção de Gabi.
Só entendi algum tempo depois por que tudo isso acontecia. Meu pai sempre orou por mim, mas nem ele nem Deus não podiam mudar minha opinião, mas ao me aproximar de pessoas com o caráter parecido com o de Jesus, consequentemente eu me tornava mais parecida com ele e mais interessada. Entendi o valor da intercessão e como pode mudar uma vida, entendi o valor da amizade e como pode ser fundamental para mudar um curso.
