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Antes que o elevador pudesse parar, ele me pressiona sobre o espelho, beijando meu pescoço. Sinto um fogo subir por minhas pernas. Mas vou me contendo. Ele é muito fogoso, se deixar que transar comigo na escada, no elevador. Até fiquei surpresa por não ter tentando nada no carro. Homens adoram transar no carro. Lembro de um namorado que tive com dezesseis anos. Queria de qualquer forma tirar minha roupa dentro do carro, depois daquela tentativa dele eu nunca mais quis vê-lo. E foi com Henry minha primeira vez. Penso que os homens têm fetiches um tanto ousados. Antes que eu entregue meu desejo, as portas do elevador se abrem. Salvando-me literalmente. Sinto ele me puxar pela cintura ligeiramente, me levando pelo corredor imenso. Abre a porta e me ergue no colo, empurrando a porta com o pé para fechá-la. Como é de se imaginar, penso em filme. Eu deveria ser romancista, sempre acho que minha vida parece um filme.

Ele vai me largando devagarzinho sobre a cama, tira meu sapato, vai subindo e para. Para exatamente onde eu não queria. Beija minha barriga toda e vai abrindo o botão da minha calça, que é apertada e ele não conseguem. Então eu mesma faço isso. Ele puxa minha calça devagar, até tirá-la por completo. Ao menos estou de calcinha. Sei que ele já viu tudo que podia ver. Mas ainda fico retraída com a luz acesa. Viro-me, e alcanço o abajur, desligando-o. Então consigo relaxar e aquela tensão toda vai embora. Passo minha mão por seus ombros e tiro sua camisa. O paletó ele mesmo tinha feito questão de tirar. Eu nunca sei o que fazer direito, então ele comanda.

- Você ta muito tímida. – sussurra, passando seu braço em volta de minha cintura e apertando, na intenção de me trazer para perto. Sinto o cheiro do seu corpo. Mistura de suor e de lavanda, que me leva as nuvens. Ele sorri pra mim calorosamente. Por fim esqueço-me de tudo que há lá fora.

- Ah, Samantha. Você me enlouquece. – ele me beija ofegante, ele segura em meu cabelo, ao mesmo tempo em que voraz também suave. E eu gosto daquela sensação que me invade inteira.

Então fizemos amor, como se fosse à primeira vez, com tanta intensidade. Que quando vimos já eram duas da madrugada. Ficamos ali, sem conseguir adormecer. Jogando conversa fora, abraçados, nada mais era preciso. Conseguia ouvir a batida do seu coração e sua respiração acelerada. Eu aperto meus braços, me deitando em seu peito. Fico quietinha, sem mexer um só músculo do corpo. Só memorizando os últimos acontecimentos.

Depois de alguns minutos, ele se senta, me olhando diz:

- Eu sei que não conversamos sobre isso, mas acho que está na hora de falarmos.

- O quê? – senti meu coração apertar.

- Se vamos mesmo casar. Temos que decidir onde iremos morar?

- Ai, é isso. – respirei aliviada.

- O que pensou que fosse?

- Num instante cheguei a imaginar que me deixaria.

Ele balança a cabeça negativamente.

- Por que a deixaria? Samantha. Pense qualquer coisa, menos isso. Pois jamais a deixarei. – seu olhar é crucial.

Ele tira meu cabelo dos olhos, beija meus lábios, e volta a falar.

- Eu quero que diga, onde quer morar? – ele me lança aquele olhar azul, indeciso.

Fico pensativa, fazendo certo suspense.

- E agora? – digo.

- Me diga, onde?

- Bem, você sabe que eu gosto da minha cidade...

- Sei. Mas aonde quer mesmo viver Samantha? – ele olha pra mim com apreensão.

Como não te AmarWhere stories live. Discover now