XXIX

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Jeff :

"E as manchas do meu sangue me dizem para voltar para casa " Seven nation army

Estou na floresta a caminho de casa.

Está chovendo violentamente. Pequenas gotas de água tão finas quanto adagas.

As árvores chacoalham com a força dos vendavais.

Continuo a jornada olhando para frente, sem temer a tormenta ao meu redor. Estou prestes a abrir a porta quando um trovão estoura ao céu, fazendo com que seu som estronde por toda a redondeza.

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Sarah :

Subo os degraus de dois em dois, e apressadamente tranco a porta atrás de mim. Nesse momento escuto o farfalhar de correntes. Arregalo os olhos assustada.

Não pode ser!

Olho para mim mesma e constato que ainda estou segurando o prato e o copo que servi a David. Além da chave.

Com o coração em disparada corro para a cozinha e sinto-me na cadeira colocando os objetos a minha frente desajeitada e a chave em meu bolso.

Nesse momento a porta se abre e Jeff entra, posso ouvir seus passos mas não me atrevo a olhar para trás ainda.

Nervosamente tiro parte da minha franja que caíra em meus olhos. Ao perceber que minhas mãos estão tremendo eu as coloco em meu colo.

Respiro fundo várias vezes enquanto Minha mente grita " Acalme-se! Você colocará tudo a perder... se acalma idiota! "

Jeff aparece a minha frente, seu corpo molhado da chuva. Seus olhos encontram os meus e ele abre a boca para falar algo mas eu não entendo.
Tudo que consigo imaginar é o quão perto ele esteve de me pegar no porão fazendo exatamente o que ele proibiu.

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Jeff :

--- Sarah...? - Pergunto mais uma vez

Ela está pálida como um fantasma e parece que vai desmaiar a qualquer momento.

--- O que houve? -

Ela parece sair de um transe e pisca várias vezes.

--- Oi, hmm, nada. Eu me assustei com o trovão e eu estava sozinha... - ela explica, mas eu não acredito que seja apenas por isso.

Sento-me na cadeira de frente a ela e a observo em silêncio. Ela abre um grande sorriso para mim, o que me faz levantar as sobrancelhas.

---- Senti sua falta... - ela diz

---- Eu também. O que você fez hoje? -

Seu rosto fica corado e ela parece se atrapalhar com as palavras.

--- Eu fiquei assistindo TV e desenhei um pouco. E você? - assim que ela diz isso ela arregala os olhos como se houvesse falado algo horrível

Ela nunca me perguntou o que eu faço quando eu saio e ela deve pensar que é algo proibido.

---- Comprei algumas coisas para a casa - aponto para o chão onde havia alguns sacos com a marca de supermercado - e fui dar uma volta- Respondo sem me alterar.

Finalmente me lembro do bichinha no porão e pergunto-me se é por isso que ela está agindo desse jeito.

A essa altura o filho da puta deve estar padecendo de fome.

--- Fez a comida? - olho para o prato vazio na frente dela.

--- Não... ainda não - ela olha para o próprio prato - quer dizer... não pra você. Desculpe eu irei agora -

Aceno.

Ela continua sentada olhando para longe.

Pigarreio.

--- Oh! Certo... - ela diz e se levanta em direção a geladeira.

Levanto os sacos e os ponho em cima da mesa. Comprei alimentos que faltavam. Leite, ovos, bife, bacon, biscoitos, e algumas cervejas.

Ela pega os ovos destraida e os leva para o balcão.

Me viro e a observo por um momento.
Ela está com uma blusa branca e um short que abraça sua bunda redonda perfeitamente.
Ambos dados por mim.

Estão um pouco gastos.

Franzo o cenho.

Está na hora de comprar-lhe novas roupas.

Imagens dela vestindo apenas uma lingerie vermelha acendem meu desejo.

Yeah. Da próxima vez que eu for na cidade irei trazer várias peças novas para ela.

~~~~~~~~~~~~~~

Sarah :

Sinto seus olhos sobre mim e meu estômago revira.

O que ele deve estar pensando? Se ele já souber...?

Tento me concentrar em preparar sua comida e por um momento acho que estou conseguindo.

Sirvo o seu prato e sento-me a sua frente.

Ele come em silêncio, as vezes me encara de um jeito que me deixa nervosa.

Quando ele termina já tenho de volta o controle de meus nervos.

--- Me espere no quarto - ele diz enquanto se levanta.

Percebo que ele está indo em direção ao porão.

Nesse momento um raio ilumina o céu.

Pulo da cadeira e seguro seu ombro

---- Jeff... - disparo. Ele se vira e eu tenho que pensar logo no que dizer.. --Por favor não me deixa sozinha de novo - minha voz está suplicante.

Me aproximo lentamente, mordendo os lábios. Jeff estreita os olhos.

Coloco minhas mãos em seu peito, estou tremendo mas não pelas razões que ele imagina.

--- Vamos para o quarto agora - sussurro, tentando parecer o mais sexy possível, mas até para meus ouvidos soou mais como uma pergunta.

As mãos dele vagam por minhas costas e alcançam minha cintura.

Fecho os olhos... rezando para que ele aceite.

Sinto seus lábios sobre os meus e suspiro mentalmente.

Retribuo o beijo com paixão desesperada, e o levo em direção ao seu quarto.

Quando atravessamos a porta, eu sei que consegui livrar David ... por hoje.

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Feliz dia dos namorados, pimpolhos❤

vcs irão aproveitar hj? Bem... Eu vou😈

Ah, se gostarem do Cap não esqueçam de comentar e dar a estrelinha 💕 Eh MT importante saber o que vocês acham para eu continuar a história

A Prisioneira de Jeff The Killer Onde as histórias ganham vida. Descobre agora