Denominações

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-- Estou atrasada!

Abri os olhos e me espriguicei devagar. Sarah já estava de pé, colhendo nossas roupas do chão, apressada, o cabelo curto se agitando sobre o rosto.

-- O que eu fiz? Eu tenho trabalho e deixar Jack na escola... - ela tagarela.

-- Você! -- Ela apontou para mim.

Levantei as sobrancelhas.

-- Deus, o que vou fazer com você? Você tem que sair ok? Jack não pode te ver aqui, tudo vai se complicar ainda mais...

-- Estou indo.

Levantei as palmas das maos para cima e me levantei com um salto.
Ela se avermelhou e desviou o olhar. Ah, é mesmo, eu estava sem roupa. Sorri sugestivamente e fui em direção a ela para pegar minha calça. Ela a entregou para mim ainda sem me fitar. Ela se envergonha do que fizemos? Ou está tímida de repente?
Quando minha nudez foi coberta pela calça, depositei um beijo na sua testa franzida.

-- Eu irei voltar - avisei como uma promessa, mas de acordo com a expressão dela, pareceu que eu fiz uma ameaça.

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Depois de me esgueirar da casa para que o garoto não me visse, -coisa que eu não vejo necessidade-
Mas que de algum modo era de suma importância para Sarah, então eu fiz, andei pela cidade, sem rumo.

Pela primeira vez em muito tempo eu pude simplesmente... andar para qualquer lugar sem ser observado ou usar um capuz.
Minha presença não trazia nenhum alarde ou comoção para as pessoas.
Era... estranho .

Estar de volta ao mundo dos vivos, ser visto, ser ouvido. Quatro anos se passaram desde a ultima vez.

Naquela noite, quando fui embora, estava decidido que nunca voltaria. 

E quando eu consegui voltar, algo dentro de mim mudou. Como também por fora, como descobriria minutos depois ao encontrar a ultima pessoa que pensei que veria novamente.

Sarah. Não mais uma garota solitária e frágil. Uma mulher, igualmente bela, diferente da que eu deixei para trás. Eu havia falhado com a jovem Sarah, mas dessa vez não.

Não haverá outra vez.
Há uma cota de chances que um homem pode ganhar na vida, e embora eu não merecesse nenhuma delas, eu irei me aferrar a esta com todas minhas forças.

Só preciso domesticar minha mente ferrada, para não destruir tudo mais uma vez.

E então eu finalmente serei o homem que Sarah merece.

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As horas pareciam que nunca iriam passar. Tentei tirar meu pensamento dele, servindo e limpando o máximo possível, mas o dia estava fraco e poucos clientes se encontravam na lanchonete e já levei uma reclamação por entregar um pedido errado. Mencionei as dezenas de ligações da minha mãe e mensagens interrogatórias de como foi a noite ?

Definitivamente não é meu dia de sorte. 

Suspirei. 

Como posso me concentrar em algo tão banal quando o caos dentro de mim me atormenta ?

Ontem...não era para ter acontecido. Ainda não posso acreditar na minha falta de controle. Um homem do seu passado que entrou em sua vida da pior maneira possível, derrubou todas as suas barreiras e te levou ao mais prescindível prazer e dor, virou totalmente seu mundo apenas para abandona-lo com nada menos que um filho -dele - e sumir da face da terra por quatro anos e sem explicação ou motivo aparente voltar dizendo que dessa vez não irá embora , o que você faz? 

A Prisioneira de Jeff The Killer Onde as histórias ganham vida. Descobre agora