Epílogo

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Era uma linda tarde

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Era uma linda tarde. Realmente linda. Eu olhava para fora da janela de minha casa, em direção ao céu. Até hoje me lembro do primeiro dia que havia me mudado para cá com Jack.

Economizei por meses de um trabalho como garçonete que havia conseguido para alugar esse pequeno espaço - porem acolhedor e muito aconchegante. Minha mãe se opôs fortemente a isso, mas eu não podia continuar dependendo dela. Mesmo que ela tenha sido como uma âncora para mim nos momentos difíceis que passei nos primeiros meses de vida de Jack , ainda me parecia... estranho ter uma mãe. Eu precisava me firmar, pelo menos uma vez na vida. E assim encontrei um lugar para mim mesma. Aceitei sem muito gosto os '' presentes'' disfarçados de ajudas mas meu orgulho não foi tão grande, eu sabia que iria precisar de ajuda.

Os momentos mais difíceis são quando me encontrava sozinha. Como agora. Jack está na escolinha e eu me seguro para não ir busca-lo mais cedo. Já havia feito isso demais, até a professora me olhava torto. Acho que eu era uma ''daquelas'' mães. Estar com Jack é o maior prazer da minha vida. Trabalho de manhã cedo e o deixo com a vó que fica mais do que contente de cuidar e mima-lo a cada momento até que chego ao final da tarde, hora que ele está quase saindo da escola. Esses trinta minutos de solidão são os únicos que tenho para mim.

Tiro uma mecha de cabelo de meus olhos.

Franzo o cenho. Está na hora de corta-los de novo.
Gosto de mante-lo curto. Uma das pequenas grandes mudanças que me proporcionei desde... Suspiro.

Não, eu não irei pensar sobre isso novamente. Não iria voltar novamente, por que se eu voltasse a pensar , tudo iria desabar. E a ultima vez foi a muito tempo atrás.

Eu determinei que irei seguir com minha vida; Sem mais lamentações.

O relógio na cozinha marca 17:00 , o que quer dizer que eu já podia buscar meu filho.
Sorrio automaticamente. Não vejo meu pequeno desde manhã e como todos os dias a saudade me consome totalmente. Saio de casa e me certifico de haver fechado a casa corretamente.
Cantarolando, vou a pé até a escolinha , não muito longe de minha própria casa . São uns bons 15 minutos de caminhada que eu faço de bom grado como uma maneira de ser um pouco mais ativa. Deus sabe como não tenho tempo para academia e afins.
Não que eu precise, admito que estou um pouco abaixo do peso mas isso sempre me foi normal. Até mesmo depois de algumas semanas de ter Jack eu havia recuperado meu peso antigo rapidamente. Não importa o quão grande tenha sido a vontade de minha mãe de eu '' por carne nos ossos ''. Acho que simplesmente pessoas deprimidas demais até para se levantar não se importam muito com o físico.

Ah, quem se importa, sorrio.
Eu estou contente com o que sou , e não é como se eu tivesse alguém para precisar por a carne. Com tanto trabalho em casa e fora dela, não havia tempo para namoro.

Pelo menos é isso que eu continuo a me dizer que é o único motivo.

Chego a escola e sou abordada por os sentidos. Sorrisos e risadas deliciosas inocentes das crianças que corriam para lá e para cá, brincando de pega pega, conversando animadamente com os coleguinhas. Como sempre me sinto feliz que Jack está em um lugar tão bom.

A Prisioneira de Jeff The Killer Onde as histórias ganham vida. Descobre agora