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Bem, vamos ao capítulo:
Ao sairmos da Ômega Light, uma brisa fria atinge minhas bochechas e isso faz os pêlos da nuca eriçarem. O campus está estranhamente vazio. Todos parecem ter saído ao mesmo tempo.
Alyssa está um pouco à frente. Ela anda destemida em direção à norte e eu a sigo tentando alcançá-la, mas as sapatilhas deslizam na grama, me atrasando. Quando finalmente à alcanço posso ver também luzes vermelhas e azuis piscando por todos os lados.
Há pelo menos quatro viaturas de polícia, uma ambulância e um carro do necrotério. Também há duas vans da imprensa, uma delas é do noticiário local e a outra é de uma rádio.
A repórter do noticiário conversa com um policial enquanto o câmera grava a entrevista.
Não consigo ver muito bem o que está além da fita amarela pois há várias pessoas concentradas ao redor. Tento abrir caminho mas as pessoas soltam xingamentos quando passo por elas.
Consigo chegar próximo à fita amarela mas não o suficiente para ver o que está além dela. Tento ouvir algo mas só o que consigo escutar é o falatório das pessoas ao redor, o barulho de rádios comunicadores e das câmeras fotográficas da perícia que constantemente soltam um clarão de flash quando uma foto é tirada.
Sinto uma mão segurando meu braço e olho para ver quem é. Alyssa me puxa abrindo caminho para que eu possa chegar até a frente.
- Por favor, afastem-se. Não queremos contaminar a cena do crime. - ouço um policial dizer enquanto afasta os curiosos que ousam tentar ultrapassar a fita amarela.
Daqui consigo ter uma visão melhor de tudo. Há vários policiais espalhados pelo espaço marcado. Consigo contar ao menos doze. Vejo também o detetive Reynolds e Charles Frost. Eles estão de costas, privando-me de ter uma visão sobre o que está à sua frente.
Um carro cinza e aparentemente caro se aproxima estacionando próximo à ambulância. Dele sai um homem alto e esguio. Um policial se aproxima dele e lhe entrega um par de sapatos de papel, que são usados para não contaminar a cena do crime. O homem os calça sobre os próprios sapatos de couro marrom e caminha confiante até onde estão Charles e Reynolds. Pela sua maleta posso deduzir que é o patologista. Eles conversam durante um tempo e o homem se afasta caminhando para frente. Posso vê-lo se agachar e abrir a maleta, então suponho que ele está diante do corpo de Hugo.
Daqui não dá pra ver bem o corpo pois há alguns peritos próximos tapando a minha visão. Mas o que é possível ver, já é chocante o suficiente.
- Será que é mesmo o Hugo? - Alyssa pergunta mexendo nervosamente as mãos.
- Não sei. Vamos esperar para ver. - respondo olhando fixamente para o braço esquerdo exposto mas sei que é ele.
Um novo carro se aproxima. Este parece ser bem mais caro que o anterior. Pode-se dizer que é um carro de luxo. O motorista o estaciona atrás do carro do patologista e as portas se abrem. Dele saem um homem e uma mulher. Ambos parecem estar nervosos e alterados.
- São o sr e sra. Rayworth, os pais de Hugo. - diz Alyssa olhando-os.
A sra. Rayworth tenta passar pela fita amarela mas é barrada por um policial que faz menção para que ela fique. Nervosa ela começa a discutir com o policial mas este consegue convencê-la a esperar.
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As Aparências Enganam
Mystery / Thriller'Até onde você conhece uma pessoa e sabe quem realmente ela é?' Cheryl Reeves levava uma vida tranquila na Geórgia com sua mãe Grace e seu melhor amigo Matt. Agora com o início da faculdade de direito, ela se muda para o campus da faculdade...