Capítulo 20 - Trevor Não Foi O Primeiro

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Bem, vamos ao capítulo:

Ao sairmos da Ômega Light, uma brisa fria atinge minhas bochechas e isso faz os pêlos da nuca eriçarem. O campus está estranhamente vazio. Todos parecem ter saído ao mesmo tempo.

Alyssa está um pouco à frente. Ela anda destemida em direção à norte e eu a sigo tentando alcançá-la, mas as sapatilhas deslizam na grama, me atrasando. Quando finalmente à alcanço posso ver também luzes vermelhas e azuis piscando por todos os lados.

Há pelo menos quatro viaturas de polícia, uma ambulância e um carro do necrotério. Também há duas vans da imprensa, uma delas é do noticiário local e a outra é de uma rádio.

A repórter do noticiário conversa com um policial enquanto o câmera grava a entrevista.

Não consigo ver muito bem o que está além da fita amarela pois há várias pessoas concentradas ao redor. Tento abrir caminho mas as pessoas soltam xingamentos quando passo por elas.

Consigo chegar próximo à fita amarela mas não o suficiente para ver o que está além dela. Tento ouvir algo mas só o que consigo escutar é o falatório das pessoas ao redor, o barulho de rádios comunicadores e das câmeras fotográficas da perícia que constantemente soltam um clarão de flash quando uma foto é tirada.

Sinto uma mão segurando meu braço e olho para ver quem é. Alyssa me puxa abrindo caminho para que eu possa chegar até a frente.

- Por favor, afastem-se. Não queremos contaminar a cena do crime. - ouço um policial dizer enquanto afasta os curiosos que ousam tentar ultrapassar a fita amarela.

Daqui consigo ter uma visão melhor de tudo. Há vários policiais espalhados pelo espaço marcado. Consigo contar ao menos doze. Vejo também o detetive Reynolds e Charles Frost. Eles estão de costas, privando-me de ter uma visão sobre o que está à sua frente.

Um carro cinza e aparentemente caro se aproxima estacionando próximo à ambulância. Dele sai um homem alto e esguio. Um policial se aproxima dele e lhe entrega um par de sapatos de papel, que são usados para não contaminar a cena do crime. O homem os calça sobre os próprios sapatos de couro marrom e caminha confiante até onde estão Charles e Reynolds. Pela sua maleta posso deduzir que é o patologista. Eles conversam durante um tempo e o homem se afasta caminhando para frente. Posso vê-lo se agachar e abrir a maleta, então suponho que ele está diante do corpo de Hugo.

Daqui não dá pra ver bem o corpo pois há alguns peritos próximos tapando a minha visão. Mas o que é possível ver, já é chocante o suficiente.

- Será que é mesmo o Hugo? - Alyssa pergunta mexendo nervosamente as mãos.

- Não sei. Vamos esperar para ver. - respondo olhando fixamente para o braço esquerdo exposto mas sei que é ele.

Um novo carro se aproxima. Este parece ser bem mais caro que o anterior. Pode-se dizer que é um carro de luxo. O motorista o estaciona atrás do carro do patologista e as portas se abrem. Dele saem um homem e uma mulher. Ambos parecem estar nervosos e alterados.

- São o sr e sra. Rayworth, os pais de Hugo. - diz Alyssa olhando-os.

A sra. Rayworth tenta passar pela fita amarela mas é barrada por um policial que faz menção para que ela fique. Nervosa ela começa a discutir com o policial mas este consegue convencê-la a esperar.

As Aparências EnganamWhere stories live. Discover now